terça-feira, abril 3

Liberalização das Farmácias(2)


Não é preciso ser um grande especialista em Direito ou Economia para perceber que a porta das redes de farmácias foi aberta. link link Facilmente será possível o estabelecimento de redes de farmácias, formais ou informais. Neste contexto, o mercado da Distribuição Farmacêutica tal como o conhecemos (que actualmente vive de margens estreitíssimas, que chegam a ser chocantes para analistas habituados a outros sectores de actividade) tenderá a colapsar, pois as redes inevitavelmente terão distribuição própria. As consequências serão inevitáveis: menor número de entregas diárias, mais medicamentos esgotados e durante mais tempo, maior aposta em acordos directos farmácias/indústria, descontos orientados para determinados princípios activos, inequidade no acesso ao desconto (que naturalmente estará indexado ao consumo), etc.
Nunca pensei ver um governo dito de esquerda fazer uma destas! Pior: nunca pensei ver um governo dito de esquerda fazer uma destas com o apoio da própria esquerda!
De facto, com uma esquerda destas, quem precisa da direita?
Vladimiro Jorge Silva

2 Comments:

Blogger Vladimiro Jorge Silva said...

Soube hoje que em Inglaterra a Boots tem o exclusivo de distribuição de medicamentos da Pfizer. É este o problema das cadeias de farmácias e pelos vistos os aspectos que referi serão apenas os primeiros sintomas de males maiores...

11:58 da tarde  
Blogger Unknown said...

A autoridade da concorrência lá do sítio abriu processo de investigação... como irá terminar este caso?

12:39 da manhã  

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