Mais Saúde
A reestruturação da rede de urgências foi debatida no programa “Mais Saúde”, emitido na RTP-N, este sábado (28.04.07) às 22.45h.
Além da Marina Caldas, o debate contou com a participação de Luís Campos, membro da comissão responsável pela Proposta da Rede de Urgências; Cunha Ribeiro, presidente do INEM; João Varandas, director da urgência do Hospital S. José e Manuel Delgado, presidente do CA do Hospital Curry Cabral
Luís Campos voltou a sublinhar a necessidade de requalificação da rede de urgências, apesar da compreensível resistência das populações e que “os SAP não são serviços de urgência, nem têm capacidade para sê-lo”. No que diz respeito à proposta de despromoção de 32 hospitais, tal desqualificação deve-se ao facto das unidades não demonstrarem casuística que justifique a sua permanência enquanto serviços de urgência.
Cunha Ribeiro, presidente do INEM, frisou que apesar da ênfase que se dá à distância geográfica, o tempo é que é determinante para o sucesso de um serviço de urgência. “A distância não conta nada, o tempo é que é a métrica fundamental.” O presidente do INEM lembrou que os recentes casos de mulheres que deram à luz em ambulâncias, dois aconteceram no centro de Lisboa, bem perto das unidades hospitalares. Cunha Ribeiro considera que é necessário desmistificar o problema das urgências: “as pessoas têm de saber que aquilo que tinham não eram serviços de urgência mas interpostos de passagem”.
João Varandas, director da urgência do Hospital S. José, defendeu que “as pessoas não vão às urgências só porque lhes apetece” e que muitas vezes essa não é a solução mais próxima. A questão é muito séria, pois prende-se com o legitimo direito das populações aos cuidados de saúde, cuja resposta deve ser dada a tempo. João Varandas defendeu que acima de tudo é uma questão de organização e que o fecho de unidades de urgência não é solução.
Manuel Delgado, referindo-se ao problema cultural subjacente, afirmou que “o país tem tantas deficiências que as urgências se tornaram o centro da questão”. Há um excesso de procura nas urgências, procura essa que deveria ter resposta noutra sede. Por outro lado, admitiu que “não faz sentido retirar serviços de urgência às populações sem antes resolver os problemas de base”. Para Manuel Delgado trata-se de um problema com mais de trinta anos e que “os governos têm tratado os sintomas, mas mantêm a doença”.
Edite Espadinha (resumo)
Além da Marina Caldas, o debate contou com a participação de Luís Campos, membro da comissão responsável pela Proposta da Rede de Urgências; Cunha Ribeiro, presidente do INEM; João Varandas, director da urgência do Hospital S. José e Manuel Delgado, presidente do CA do Hospital Curry Cabral
Luís Campos voltou a sublinhar a necessidade de requalificação da rede de urgências, apesar da compreensível resistência das populações e que “os SAP não são serviços de urgência, nem têm capacidade para sê-lo”. No que diz respeito à proposta de despromoção de 32 hospitais, tal desqualificação deve-se ao facto das unidades não demonstrarem casuística que justifique a sua permanência enquanto serviços de urgência.
Cunha Ribeiro, presidente do INEM, frisou que apesar da ênfase que se dá à distância geográfica, o tempo é que é determinante para o sucesso de um serviço de urgência. “A distância não conta nada, o tempo é que é a métrica fundamental.” O presidente do INEM lembrou que os recentes casos de mulheres que deram à luz em ambulâncias, dois aconteceram no centro de Lisboa, bem perto das unidades hospitalares. Cunha Ribeiro considera que é necessário desmistificar o problema das urgências: “as pessoas têm de saber que aquilo que tinham não eram serviços de urgência mas interpostos de passagem”.
João Varandas, director da urgência do Hospital S. José, defendeu que “as pessoas não vão às urgências só porque lhes apetece” e que muitas vezes essa não é a solução mais próxima. A questão é muito séria, pois prende-se com o legitimo direito das populações aos cuidados de saúde, cuja resposta deve ser dada a tempo. João Varandas defendeu que acima de tudo é uma questão de organização e que o fecho de unidades de urgência não é solução.
Manuel Delgado, referindo-se ao problema cultural subjacente, afirmou que “o país tem tantas deficiências que as urgências se tornaram o centro da questão”. Há um excesso de procura nas urgências, procura essa que deveria ter resposta noutra sede. Por outro lado, admitiu que “não faz sentido retirar serviços de urgência às populações sem antes resolver os problemas de base”. Para Manuel Delgado trata-se de um problema com mais de trinta anos e que “os governos têm tratado os sintomas, mas mantêm a doença”.
Edite Espadinha (resumo)
2 Comments:
A posição do director da urgência de São José é elucidativa das dificuldades à mudança e do quanto que é preciso fazer no terreno para cativar mais profissionais da saúde para o processo.
( "O presidente do INEM lembrou que os recentes casos de mulheres que deram à luz em ambulâncias, dois aconteceram no centro de Lisboa, bem perto das unidades hospitalares." - Onde é que ele foi buscar estes casos??? - Não que não aconteçam com uma grande frequência. Mas... refere-se ao noticiados? ... Haja rigor!)
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