quinta-feira, abril 26

Centro de Atendimento do SNS


Começou a funcionar a partir de hoje (25.04.07) em fase piloto até meados de Maio, o serviço Saúde 24 (808 24 24 24), o novo centro de atendimento do Serviço Nacional de Saúde.
O Saúde 24 funcionará em instalações especialmente equipadas para o efeito, em Lisboa e Porto e contará, na fase inicial, com a colaboração de 260 enfermeiros, 16 Supervisores Clínicos e 40 Assistentes de Atendimento

10 Comments:

Blogger naoseiquenome usar said...

Da experiência anterior, a ser levada em conta: o "dói-dói-trim, trim", tem funcionado bem. Ponto prévio: depende dos utilizadores e do que são capazes de transmitir a quem está do lado de lá da linha.
Normalomente ApARARECEM-NOS UNS ENFERMEIROS SIMPÁTICOS. Após a anamnese, decidem ou não se é necessário ir para um Hospital.
Caso seja, são eles que mandam um fax ao hospital de referencia.

Assim, os utentes utilizadores da linha, quando chegam ao hospital, são prioritariamente atendidos.

12:27 da manhã  
Blogger Peliteiro said...

As Farmácias fazem, há anos, de uma forma gratuita, esse atendimento, com «triagem, aconselhamento, encaminhamento, assistência em saúde pública e informação geral de saúde».

12:33 da manhã  
Blogger João Pessoa said...

Caro naosequenome usar,
Concordo com o que diz, no entanto, preferia que os enfermeiros fossem reconhecidos também pelo seu profissionalismo, para além da simpatia.

Caro Mário de Sá Peliteiro,
Como já disse no comentário no seu blog as farmácias em Portugal funcionam muito bem e o profissionalismo dos farmacêuticos é reconhecido por todos, nomeadamente no aconselhamento na área da saúde. Aproveito para dizer, relativamente à liberalização da propriedade: para quê mudar uma coisa que funciona bem? Isto do ponto de vista da qualidade do serviço prestado; relativamente à livre concorrência não tenho opinião acabada.Relativamente ao Compromisso com a Saúde, não me causa pruridos a administração de vacinas nas farmácias, até porque como todos sabemos isso acontece há já muitos anos, e de facto as farmácias estão mais próximas do cidadão que os CS. A gestão e administração das vacinas do PNV são feitas por enfermeiros com bons resultados, e isso é do conhecimento geral. No entanto, não me parece que seja uma medida para afastar os doentes dos enfermeiros, mas sim para lhes dar a oportunidade de optar pela proximidade. Assim: também, não me parece que o objectivo da linha saúde 24 seja afastar os doentes dos médicos. Mas sim, colocar um recurso, de proximidade, ao dispor das pessoas e ajuda-las a decidir a sua saúde de forma informada.

10:39 da manhã  
Blogger e-pá! said...

Caro Mário Sá Peliteiro:

O atendimento nas farmácias, a que se refere, nada tem a ver com o novo "call center".
Este, é (era) um passo inádiavel e indispensável na estrutura da rede de urgência pré-hospitalar.
É aí que deve ser colocado.

12:48 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

O objectivo principal de um "Call Center em Saúde" é o de oferecer ao público em geral um ponto de acesso alternativo ao sistema de saúde bem como o de proporcionar ao indivíduo a capacidade de poder tomar decisões, com ajuda, relacionadas com a sua saúde (Sakellarides & Barbosa, 2001). Este serviço pode se apresentar de diversas formas, de acordo com a sua estrutura e objectivos. Assim, as possibilidades são muitas e podem englobar serviços complexos como promoção e educação para a saúde, aconselhamento e informação sobre doenças e tratamentos até a simples serviços de encaminhamento para cuidados de saúde e apoio psicossocial.
OPSS

1:43 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

O centro de atendimento telefónico Saúde 24 deverá reduzir entre 1,3% a 2% a ida às urgências e os atendimentos não programados nos centros de saúde. No primeiro dia de funcionamento, foram atendidas mil chamadas.


De acordo com Filomena Parra, subdirectora-geral da Saúde, o total de idas às urgências evitadas por este novo serviço, entre 13 mil a 20 mil por mês, representa uma gota no oceano da procura dos serviços de emergência hospitalar e dos atendimentos de recurso nos centros de saúde.

Segundo noticia o jornal Público, no primeiro dia de funcionamento, o call center (808 24 24 24) recebeu um total de mil chamadas, desde as 00h00 até ao final da tarde.

Em 2005, os hospitais registaram cerca de 6,3 milhões de entradas nas urgências, e nos Centros de Atendimento Permanente (SAP), 5,6 milhões de consultas não programadas. Deste total, os peritos estimam que entre 40% a 45% serão falsas urgências, ou seja, que os sintomas evidenciados não justificam a ida a estes serviços de saúde.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, refere que, «se o call center foi criado como um serviço complementar ao sistema de saúde, é uma boa medida», adiantando que «infelizmente não é isso que, aparentemente, está a acontecer. Há sítios onde as pessoas, em vez de terem um médico, passam a ter um telefone. E os doentes não se observam pelo telefone».

O bastonário admite que a procura das urgências é muito elevada em Portugal, mas salienta que esse fenómeno é explicado pela fraca acessibilidade aos atendimentos de rotina. «As pessoas têm onde ir», mas com o progressivo encerramento dos SAP, cada vez terão menos, salientou.

Pedro Nunes diz ainda que o facto de o modelo do call center ter sido baseado no serviço britânico é uma má medida, dado que este país é «o pior exemplo». No Reino Unido, há um médico por cada 700 habitantes, enquanto que em Portugal existe um médico para 300 pessoas, explicou o responsável.


Pedro Nunes como o Zé Urtigão a dispara contra tudo e contra todos em todas as direções.
O bastonário da OM não padecerá de qualquer problema de saúde?

1:50 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

Um 'call center' a partir do zero



O Centro de Atendimento da Saúde (CAS), que visa melhorar o acesso aos serviços de saúde, através de um call center, foi adjudicado em 2004 e deverá entrar em funcionamento no segundo semestre deste ano. Embora considere a iniciativa - herdada do anterior Governo - uma forma de tornar o País pioneiro nesta área, o Observatório Português dos Sistemas de Saúde considera que o Estado deveria ter tido em conta a experiência do Contact Center Saúde 24 (CC24), que dera já provas de sucesso. Mas "nada disso foi feito". Dos três candidatos a concurso público para criar o CAS, só um tinha experiência na área o que desenvolvera o CC24. Mas a escolha coube a outra candidatura, que oferecia "preços mais baixos".

1:54 da tarde  
Blogger Clara said...

De outra forma seria de admirar.

Reorganização arranca aos solavancos

Os primeiros passos da reorganização da rede de Urgências foram dados ontem, com a entrada em funcionamento do call center da saúde e a alteração das normas de funcionamento nos serviços de alguns hospitais e centros de saúde. Mas a reorganização parece ter arrancado aos solavancos.
Se em alguns sítios as regras foram alteradas, como estava previsto nos protocolos assinados entre o Ministério da Saúde e as autarquias, em outros foi difícil perceber se sim ou não. O PÚBLICO tentou ligar para vários centros de saúde na Região Norte que deviam ter alargado ontem o seu horário de funcionamento até às 22 horas, nomeadamente os de Santo Tirso, Trofa, Negrelos, Chaves, mas ninguém atendia o telefone. Tentou de seguida perceber se estavam ou não abertos telefonando para o call center, mas sem sucesso. "Não temos essa informação disponível", foi a resposta.
Em contrapartida, no Centro de Saúde de Amarante estava já em funcionamento a consulta aberta das 8h00 às 20h00 (das 8h00 às 22h00 nos dias de semana) para compensar o encerramento do atendimento nocturno. E a Urgência do hospital local terá passado ontem para o estatuto de serviço básico, tal como aconteceu no Hospital de Santo Tirso, ainda que os médicos se escusassem a confirmar a alteração. "É melhor ligar para o serviço de Relações Públicas da câmara", ironizou um clínico de Amarante, notando que o protocolo foi assinado com a autarquia local, não com o hospital. O Hospital de Vila do Conde aguarda por obras para alterar as regras, enquanto nos centros de saúde do distrito de Bragança a mudança foi adiada para amanhã, depois de ter estado prevista para ontem. Aqui, os SAP mantêm-se abertos de noite, com um enfermeiro, mas o médico fica em casa, em regime de prevenção.
JP 26.04.07

3:38 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

Este trim-trim não passa de uma tentativa para afastar os doentes dos médicos.
O sucesso logo no primeiro dia demonstra as enormes carências de cuidados de saúde dos Portugueses.

10:39 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

MSP:
quase sou tentada a dar razão incondicional a CC quando diz que o interior está bem melhior servido que o Litoral.

Sabe? Uma significativa parte das pessoas deste país, não tem médico (de família, ou outro) e daí que por uma diarreia corra aos SU's. Quer quei8ramos quer não, os médicos são hoje um bem escasso. E... para piorar, aqueles que hoje estão nos 55-60, cerca de 30%, dentro em breve vão deixar de estar "ao serviço".
É um problema estrutural. Não meramente conjuntural, muito menos um evento (conceitos da história).

Assim, este serviço, é benéfico!
Quando muito não aproxima os cidadãos dos médicos. ... porque tal não seria possível. Mas... sabendo-o, proporciona-lhes um serviço alternativo!!!

Eu diria: NUNCA PIOR!

12:16 da manhã  

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