quarta-feira, maio 23

Financiamnento SNS, discussão adiada


Quanto ao resto, a principal diferença reside no tipo de leitura (esta depende do posicionamento ideológico) e na ênfase e no significado a atribuir aos números (estes não devem ser meras estatísticas).
Não podemos andar a comparar mortalidade infantil (onde estamos bem) com a Europa e, os AVC's (onde estamos mal) com Portugal alguns anos atrás (onde estavamos péssimos).
Aliás, os números em Saúde, absolutamente necessários, precisam de ser escrutinados - não pelo governo (que poderá triar) ou organismos governamentais sofrendo das mesmas peias, mas por organismos credíveis, autónomos.
Temos, como exº., o caso recente do conflito em evolução entre o Sindicato dos Enfermeiros e a Administração do Hospital de S. João. Segundo o sindicato são devidas a seus associados que aí prestam serviços - 50.000 horas de trabalho extraordinário. O HSJ vem dizer que são só 20.000 h. O sindicato retorquiu que são 50.000 e não saímos disto.
Entretanto a administração do HSJ faz pressão para que parte dessas horas em dívida (desde há 2 anos?) deverão ser substituidas por ... folgas compensatórias!
E o filme vai continuar.
De qualquer maneira, eu que estou de fora, tenho o direito de me interrogar:
1. Mesmo que fossem "só" 20.000 h, porque estão em atraso?
2. Como podemos confiar nas contas apresentadas por EPE se diferem pagamentos?

Este pequeno exemplo mostra a "perversão" do sistema.
Boas contas não é só diminuir os custos, conseguir ganhos de eficiência, etc. É, também, para a maioria dos portugueses, pagar a tempo e as horas - 1 cêntimo ou 1M €'s.

Finalmente, quanto à sugestão de discussão sobre o financiamento (ou a sustentabilidade) da Saúde. Todos estamos interessados nisso...
Mas...
Desconheço se os dados do famoso relatório estão acessíveis em algum recanto do MS, se vão sair em folhetim no DE, ou se serão fragmentados em meetings, conferências, entrevistas, etc...
Mas, para o comum dos mortais, é assim:
"Tudo como dantes, no quartel-general em Abrantes"... ou, na Av. João Crisóstomo (não escrevo o nº.) .
É-Pá

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3 Comments:

Blogger tambemquero said...

sO Ministério da Saúde (MS) pretende contratar 150 médicos estrangeiros, para integrar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e serem destacados para zonas de maior escassez.

Depois de escolhidos, os 150 profissionais deverão integrar um curso específico criado pela Fundação Calouste Gulbenkian e serão posteriormente remetidos para regiões que tenham menores condições de saúde para oferecer às populações.

A cobertura dos CSP está e vai melhorar mais .
Os cépticos passarão a desiludidos.

1:05 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

Com as devidas aspas, porque o escrito pertence ao http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/

"Entre as medidas equacionadas pelo Ministro da Saúde conta-se, nomeadamente, a possibilidade de acabar com a isenção de taxas moderadoras para todas as crianças até aos 12 anos. Correia de Campos garantiu que o SNS vai continuar a ser tendencialmente gratuito, mas admite que os utentes venham a ter de contribuir para a sustentabilidade do sistema, sendo que essas contribuições suplementares deverão estar dependentes do rendimento das famílias. «Não vamos criar um pagamento no ponto de encontro porque sabemos que um pagamento no ponto de encontro é a coisa mais injusta dos serviços de Saúde, por isso preferimos criar contribuições compulsivas, temporárias, por níveis de rendimento».
In Diário Digital
Vá à Merda Sr. Ministro. Tendencialmente gratuita uma ova. O que está a fazer é a transformar o SNS num sistema pago, até para as crianças. Mais, a roubar a quem já o paga nos seus impostos, preferindo “ criar contribuições compulsivas, temporárias”. Isto é, chama “contribuições” a mais um imposto, “compulsivo” porque a isso seremos obrigados e enganosamente “temporário”, afinal já os conhecemos bem e aquilo que realmente está a acontecer é que nos vão sacar o dinheiro do bolso para continuar a “reestruturação” em direcção à sua privatização. Não só está a matar o SNS como nos está a fazer pagar essa morte. Vá à merda Sr. Ministro. Estou farto de si, do auto-proclamado Engenheiro, do seu governo e da mentira. Quer acabar com o Serviço Nacional de Saúde? Assuma-o, diga-o, não se esconda por detrás de sustentabilidades mentirosas. E tu, Teixeira dos Santos, grande mago do défice, que vais acabar com os benefícios fiscais para os Seguros de Saúde e substitui-los por mais um imposto, continua. Quanto mais fome e miséria criares neste país menor será a piedade daqueles que um dia se revoltem contra a vossa prepotência. Ladrões de merda.
__________________
Agora sou eu a falr:


A moderação do recurso ao SU, por parte dos compulsivos e incautos, não me parece ter qualquer aplicabilidade no caso. Nenuma criança vai ao Su porque "lhe apetece".
Mas era previsível. O diploma das taxas colidia com o das isenções.

11:59 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Há alguns dias dizia o Senhor Ministro da Saúde que a situação financeira do SNS já não era tão preocupante.
Agora, escassos dias depois, já aponta para a necessidade de aplicar contribuições compulsivas aos utentes do SNS, numa medida que tão fortemente foi contestada pelo actual partido do governo quando foi, apenas, ventilada por Luís Filipe Pereira.
Quando da aplicação das taxas de punição o Senhor Ministro para minorar os seus impactos negativos junto do POVO, utilizou o níumero das isenções para demonstrar a bondade das taxas. E usou também o argumento de os menores até aos 12 anos estarem isentos.
Aqui no Saúde SA escrevi como se poderia aplicar a isenção a um menor, filho de pai rico, e não a aplicar a outros em situação de maior carência (para lá das palavras foi esta a ideia que expressei num dos meus comentários).
Digamos que em princípio até concordo que tais isenções sejam abolidas (discordo das taxas em geral) mas o que me parece pouco séria é esta forma de governar: em que o que hoje é verdade amanhã pode já não o ser.
Quando se manifesta o Senhor Presidente da República em defesa do "Direito à indignação?"

12:52 da manhã  

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