terça-feira, maio 15

HLA

Adelaide Belo, Presidente do Conselho de Administração do Hospital Litoral Alentejano link, um novo H1 com quase três anos de funcionamento, em entrevista ao Notícias de Sines (NS). link

Notícias de Sines (NS) - O SADU de Santiago fechou, o encerramento do SAP de Grândola está a ser negociado. Que infl uência tem este cenário na unidade?
Adelaide Belo (AB) - Até agora (13 de Abril), como esperava, não tem grande influência. O SADU (Serviço de Atendimento a Doente Urgentes) era essencialmente um local de passagem de receitas, espero que aquelas horas sejam ocupadas naquilo que os médicos de família devem fazer: consultas de medicina geral e familiar. A organização de um sistema de saúde não pode basear-se na urgência. O nosso sistema tem-se ‘sapizado’ (SAP – Serviço de Atendimento Permanente), isto é horrível, é mau. Em nenhum país é assim. O ter acesso a médico não é igual a ter acesso ao serviço de urgência. Por isso é que temos que nos organizar, não a fazer SAP’s, mas a melhorar a resposta dos centros de saúde.

NS - Qual é o balanço actual do serviço de urgências?
AB - A nossa urgência tem um padrão idêntico à média do país: 60 por cento das vindas são não urgentes, isto é, são ‘verdes’ e ‘azuis’. Como em todos os hospitais do país, há picos em que as urgências têm mais gente, que é de Dezembro a Março, devido aos nossos velhinhos. Aumentámos a média de vida e isto tem um preço para a sociedade. Nesta região temos muitas dificuldades de apoio social, isso sim. Cai aqui tudo porque isto está aberto 24 horas. Depois o ‘verde’ reclama porque esperou quatro horas, mas a minha preocupação é se o ‘laranja’ esperou quinze minutos quando deve esperar dez, porque essa é a missão do serviço de urgências. Devo dizer também que a urgência é o sítio mais mal concebido do hospital. Assim que pudermos temos que fazer obras ali porque a parte estrutural física tem reflexo nos circuitos. E isso, para mim, é a pior coisa deste hospital.(...)

1 Comments:

Blogger naoseiquenome usar said...

O HLA pode queixar-se do SU, eventualmente com alguma razão.
Contudo, dispõe de um dos hospitais com a tecnologia mais sofisticada que neste pequeno país existe, nada de nada rentabilizada, sem capacidade para fixar recursos humanos e sem capacidade para usufruir do que foi posto ao seu dispôr.
Um desperdício. Verdadeiramente.

E... pasme-se: ainda querem um Hospital no Seixal!... Tenham dó! E juízo.

12:14 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home