HLA
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Notícias de Sines (NS) - O SADU de Santiago fechou, o encerramento do SAP de Grândola está a ser negociado. Que infl uência tem este cenário na unidade?
Adelaide Belo (AB) - Até agora (13 de Abril), como esperava, não tem grande influência. O SADU (Serviço de Atendimento a Doente Urgentes) era essencialmente um local de passagem de receitas, espero que aquelas horas sejam ocupadas naquilo que os médicos de família devem fazer: consultas de medicina geral e familiar. A organização de um sistema de saúde não pode basear-se na urgência. O nosso sistema tem-se ‘sapizado’ (SAP – Serviço de Atendimento Permanente), isto é horrível, é mau. Em nenhum país é assim. O ter acesso a médico não é igual a ter acesso ao serviço de urgência. Por isso é que temos que nos organizar, não a fazer SAP’s, mas a melhorar a resposta dos centros de saúde.
Adelaide Belo (AB) - Até agora (13 de Abril), como esperava, não tem grande influência. O SADU (Serviço de Atendimento a Doente Urgentes) era essencialmente um local de passagem de receitas, espero que aquelas horas sejam ocupadas naquilo que os médicos de família devem fazer: consultas de medicina geral e familiar. A organização de um sistema de saúde não pode basear-se na urgência. O nosso sistema tem-se ‘sapizado’ (SAP – Serviço de Atendimento Permanente), isto é horrível, é mau. Em nenhum país é assim. O ter acesso a médico não é igual a ter acesso ao serviço de urgência. Por isso é que temos que nos organizar, não a fazer SAP’s, mas a melhorar a resposta dos centros de saúde.
NS - Qual é o balanço actual do serviço de urgências?
AB - A nossa urgência tem um padrão idêntico à média do país: 60 por cento das vindas são não urgentes, isto é, são ‘verdes’ e ‘azuis’. Como em todos os hospitais do país, há picos em que as urgências têm mais gente, que é de Dezembro a Março, devido aos nossos velhinhos. Aumentámos a média de vida e isto tem um preço para a sociedade. Nesta região temos muitas dificuldades de apoio social, isso sim. Cai aqui tudo porque isto está aberto 24 horas. Depois o ‘verde’ reclama porque esperou quatro horas, mas a minha preocupação é se o ‘laranja’ esperou quinze minutos quando deve esperar dez, porque essa é a missão do serviço de urgências. Devo dizer também que a urgência é o sítio mais mal concebido do hospital. Assim que pudermos temos que fazer obras ali porque a parte estrutural física tem reflexo nos circuitos. E isso, para mim, é a pior coisa deste hospital.(...)
AB - A nossa urgência tem um padrão idêntico à média do país: 60 por cento das vindas são não urgentes, isto é, são ‘verdes’ e ‘azuis’. Como em todos os hospitais do país, há picos em que as urgências têm mais gente, que é de Dezembro a Março, devido aos nossos velhinhos. Aumentámos a média de vida e isto tem um preço para a sociedade. Nesta região temos muitas dificuldades de apoio social, isso sim. Cai aqui tudo porque isto está aberto 24 horas. Depois o ‘verde’ reclama porque esperou quatro horas, mas a minha preocupação é se o ‘laranja’ esperou quinze minutos quando deve esperar dez, porque essa é a missão do serviço de urgências. Devo dizer também que a urgência é o sítio mais mal concebido do hospital. Assim que pudermos temos que fazer obras ali porque a parte estrutural física tem reflexo nos circuitos. E isso, para mim, é a pior coisa deste hospital.(...)
1 Comments:
O HLA pode queixar-se do SU, eventualmente com alguma razão.
Contudo, dispõe de um dos hospitais com a tecnologia mais sofisticada que neste pequeno país existe, nada de nada rentabilizada, sem capacidade para fixar recursos humanos e sem capacidade para usufruir do que foi posto ao seu dispôr.
Um desperdício. Verdadeiramente.
E... pasme-se: ainda querem um Hospital no Seixal!... Tenham dó! E juízo.
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