JS, propõe mais cortes
Jorge Simões defende que se debata o fim dos sub-sistemas públicos de saúde, como a ADSE, e se faça uma revisão do universo de portugueses isentos de taxas moderadoras na Saúde, que actualmente corresponde a quase metade da população . Entrevista à RR, 11.05.07
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Perante o adiamento da discussão pública, tem sido o missionário presidente Jorge Simões responsável por fazer uma discussão pública em lume brando, semeando aqui e acolá mais uma ou outra inquietação.
A isenção de mais de 50% da população serviu ao ministro da saúde para justificar a introdução das taxas de punição. Aprovadas as mesmas vem agora o JS lançar a necessidade da sua revisão. Parece-me que todo este processo do lançamento/congelamento da discussão sobre o modelo de financiamento do SNS muito pouco honesto.
Expurgar os remediados do universo dos isentos para os lançar no mercado dos seguros de saúde (a crescer 10% ao ano) e das prestações privadas dos novos hospitais.
Mais uma medida para reduzir o sector público da saúde aos clientes pobrezinhos, de menor qualidade em consonância com a incapacidade do estado em investir em nova tecnologia.
Jorge Simões repetiu esta entrevista à RFM.
Este péripto radialista obedecerá certamente a um programa concertado com o ministro da saúde de divulgação das novas medidas proposta pelo grupo de trabalho encarregado por CC de estudar alternativas ao modelo de financiamento do SNS.
Uma nova fórmula política de divulgação das medidas que o ministro pretende implementar a curto prazo.
Trata-se de uma nova fórmula de discussão camuflada sem diálogo.
1.º - Fim dos subsistemas públicos como a ADSE
2.º -Revisão do universo de isenções de taxas moderadoras.
3.º - Revisão do regime de deduções fiscais em despesas com a saúde.
4.º - Selecção económica e clínica não só dos medicamentos mas de todos os equipamentos hospitalares incluídos em áreas de inovação tecnológica.
Um conjunto de medidas já esperadas.
Falta ver como vão mexer nas isenções.
Os responsáveis das companhias de seguros esfregam as mãos de contentes.
Caros
Até parece que não ouviram a entrevista. O que foi dito e que o relatóro confirmará é que os 10% dos portugueses que recorrem aos seguros, fazem-no apenas de uma forma complementar, muito complementar. Será que não vale a pena discutir o regime de isenções? Que faz com que 50% de nós estejamos isentos! Não valerá apena discutir o facto de 90% dos portugueses não terem acesso a cuidados de medicina dentária? Não valerá a pena discutir o regime de deduções fiscais que beneficia as classes médias e altas em detrimento dos mais pobres que estando isentos de IRS não podem descontar as despesas privadas, nomeadamente os gastos com consultas das especialidades, medicina dentária, óculos e medicamentos? Para quem não saiba JS falava no final de uma Conferência organizada pela ARS Algarve e Universidade do Algarve realizada no campus de Gambelas/Faro semelhante a uma anterior realizada em Braga. Quanto aos seguros esperem pelo relatório porque ele confirmará a "fraca cobertura das apólices de seguros". Os dados revelados pelo relatório apontam para um gasto público da ordem dos 80% e não dos 70 e picos fornecidos pela OCDE.
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