Pacotão PPP
(...) Ainda assim, importa referir que não há evidência de que as PPP sejam uma mais valia para o Estado do ponto de vista da gestão de cuidados de Saúde. Pelo contrário. O sector privado tem enormes dificuldades em gerir e rentabilizar, como é seu objectivo natural, hospitais generalistas. As experiências europeias recomendam a concentração do papel dos privados nas estruturas e nas tecnologias de diagnóstico, no sentido de libertar recursos do Estado, ou na gestão de unidades especializadas. Este é um caminho para garantir uma evolução harmoniosa dos SNS e que tem sido adoptado em vários estados europeus desde os anos de 1980. link
PKM, DE 04.07.07Neste ponto estou inteiramente de acordo com o PKM. Nós, portugas inconcientes, decidimos pelo pacotão PPP (uma brilhante ideia do anterior ministro LFP, seguida por CC), ou seja, o quatro em um: projecto, construção, financiamento e gestão. O futuro próximo confirmará mais esta burrada.
Etiquetas: Parcerias da Saúde
4 Comments:
PKM aborda esta matéria com pertinência. O Homem não é assim tão "ignorante". Antes pelo contrário. Defende as suas ideias e delas todos podemos discordar.
Quanto às PPP acho que têm o seu lugar no SNS. E o(s) modelo(s) não têm que ser único(s). A experiência de outros (internos e externos) pode e deve ser aproveitada e devidamente adaptada ao país e ao momento.
O que considero importante é a coexistência do público com o privado, devidamente regulamentada.
Infelizmente a ERS parece viver em hibernação!
Eu diria mesmo que uma coexistência em concorrência, em que o Estado atribua total autonomia administrativa aos hospitais públicos, avaliando-os pelos resultados.
Na sequência do comentário do Tonitosa, dois pontos importantes:
A falta de capacidade do Estado na supervisão e fiscalização destes contratos excepcionalmente complexos.
O facto destes contratos englobarem também a gestão.`Não havia necessidade. Corre-se desnecessariamente um risco demasiado elevado.
O Hospital de Cascais vai à frente.
Há que estar atento ao que vai acontecendo: cumprimento de prazos contratuais; processo de integração dos funcionários públicos; garantia da qualidade dos cuidados; o que vão fazer aos doentes de Hiv/Sida e oncologia.
Tal como Paulo Mendo,Correia de Campos e outros que tais...PKM ainda há-de ser Ministro. Então não era o Eça que dizia que «em Portugal de folhetim em folhetim se chega a S. Bento?» (in A Ilustre Casa de Ramirez)
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