terça-feira, agosto 21

Combate à Infecção hospitalar

HUC




A taxa de Infecção do Hospital de São João, registou uma diminuição (05/06) superior a 30%.
Isto foi conseguido através do desenvolvimento de um conjunto de acções e de procedimentos rigorosos, que vão passar a ser auditados regularmente com vista à detecção de práticas incorrectas, susceptíveis de procedimento disciplinar.

Em relação a este problema, penso que é necessário ir tão longe quanto possível. Procedimentos obrigatórios susceptíveis de procedimento disciplinar. Financiamento para as remodelações arquitectónicas indispensáveis. Publicação regular de dados comparativos sobre a infecção dos hospitais do SNS. Criação de um sistema de incentivos de forma a premiar os hospitais que apresentem melhores indicadores.


The Centers for Disease Control and Prevention estimates that patients develop 1.7 million infections in hospitals each year, and it says those infections cause or contribute to the death of 99,000 people a year — about 270 a day.

(...) Dr. Richard P. Shannon, who championed a program to reduce catheter infections at Allegheny General Hospital in Pittsburgh, was able to show administrators that the average infection cost the hospital $27,000. He demonstrated that reimbursement payments for weeks of extended treatment were not keeping pace with actual costs. “I think it was assumed that hospitals didn’t mind treating these infections because they were getting paid for it,” Dr. Shannon said. link

A major emphasis at the Pittsburgh hospitals has been hand hygiene. Studies have consistently shown that busy hospital workers disregard basic standards more than half the time. At the veterans hospital, where nurses have taken to pushing elevator buttons with their knuckles, annual spending on hand cleaner has doubled.
State governments, which reimburse hospitals for infection-related costs through Medicaid and other insurance programs, have taken notice and are beginning to impose new mandates.
Eighteen states now require hospitals to publish their infection rates. Last month, legislatures in New Jersey and Illinois approved bills that would make those states the first to require hospitals to screen all intensive-care patients for MRSA.

4 Comments:

Blogger saudepe said...

Entre as principais acções que permitiram atingir esta redução destacaram-se "o incentivo à higienização das mãos com soluções alcoólicas dos profissionais de saúde, a introdução de um sistema de drenagem fechado que produziu efeitos na diminuição significativa da taxa de infecção urinária (redução de 56%) e o controlo rigoroso da água".
JN

A algaliação dos doentes parece constituir um dos principais procedimentos de risco.
Lavagem das mãos, utilização criteriosa de material disposable, isolamento de doentes, são algumas das medidas mais eficazes.
O investimento no controlo da infecção compensa largamente na redução dos custos de exploração (redução da demora média e utilização de antibióticos).

11:06 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Taxa de tuberculose no São João assusta

O Hospital de São João no Porto, apresenta a maior taxa de incidência de tuberculose entre profissionais de saúde a nível nacional. Por cada cem mil funcionários, existem 260 casos, um valor seis vezes superior à média.

O Programa Nacional de Luta Contra a Tuberculose calcula que o risco de os profissionais de saúde contrairem a doença é 1,5 vezes superior ao da restante população. A taxa de incidência no Hospital de São João (HSJ) devia ser de 68 e não de 260 casos por cem mil, mesmo estando situado no Porto, o distrito com maior número de doentes do país, segundo revela o JN.

O director do Serviço de Saúde Ocupacional (SSO) do HSJ, Torres da Costa, garantiu ao diário que este é o único que « tem um programa » de combate, embora afirme desconhecer a realidade das outras instituições. O plano consiste num rastreio regular aos funcionários para detectar os casos de tuberculose latente, em risco de passar a activa.

Das 4172 pessoas analisadas, 1694 obtiveram testes de tuberculinam positivos. Isto significa que 40 por cento dos funcionários deste hospital ou teve contacto com o bacilo da tuberculose por infecção assintomática; tem tuberculose activa, ou recebeu recentemente a vacina do BCG (que deixa vestígios no organismo durante cinco a dez anos).

De acordo com Torres da Costa, o número não é preocupante pois, desses, apenas 12 correm risco significativo de contraírem a forma activa da patologia.

Dos restantes 2478, cerca de metade tem prova de tuberculina negativa e 1280 vão ser sujeitos a um teste rigoroso

4:51 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

:)
Muita luta e muita resistência. Luta por parte de quem se acha no dever de pôr cobro a tal situação; resistência por parte dos visados. Chegou-se ao cúmulo ridículo de dizer: "tau-tau para quem não lavar as mãos".

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Mas ainda falta muito caminho.
Por exemplo:
- Desinfectar o estetoscópio entre cada doente observado;
- usar batas descartáveis;
- ter sanitários adequados;
- distância "apropriada" entre camas;
- diferenciação de "doenças" e "públicos".

O problema é demasiado sério. Tão sério como o da resistência aos antibióticos...

(tão sério que é o problema, que, ao menos, houve, quem tivesse proposto soluções - que ainda não chegam, claro - ).

4:59 da manhã  
Blogger e-pá! said...

Valeria a pena discutir a operacionalidade das Comissões de Controlo de Infecção (CCI), existentes nos HH's, que, como todos vemos, lutam com uma pungente falta de meios: para agir, para informar, para educar.

Punir nunca foi sinónimo de erradicar. Válido, também, para as infecções nosocomiais.

11:20 da manhã  

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