sexta-feira, agosto 31

HHs EPE

Afinal, já há informação de 2007 (31 de Junho) dos 35 HHs EPE link:
Resultado Líquido: –127,9 milhões euros; Resultado Operacional: -145,1 milhões euros; Proveitos: acréscimo de 11,5% e Custos: cresceram 0,5%, relativamente a 2006.

HHs com Resultado Líquido do exercício positivo:

Digno de registo a performance do Hospital de São João. A liderança do Professor António Ferreira: um verdadeiro caso sério.

8 Comments:

Blogger SNS said...

O DE já tinha publicado os resultados dos HH EPE na semana passada...
Inexplicavelmente parece que ninguém leu.....

1:38 da manhã  
Blogger xavier said...

A aquisição do DE on line por vezes não funciona.
É necessário criar alternativas à aquisição do DE .

1:51 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Hospital S. João do Porto melhora lucro com redução de gastos com medicamentos
O Hospital São João (HSJ), no Porto, registou o melhor desempenho económico dos 35 hospitais Entidades Públicas Empresariais (EPE) no primeiro semestre do ano, devido essencialmente à redução de custos com medicamentos, afirmou hoje fonte da unidade à agência Lusa.

Cristina Barreto

O administrador executivo do HSJ, Duarte Araújo, afirmou à Lusa que "a despesa baixou substancialmente nos medicamentos e houve um crescimento zero dos custos com pessoal".

O Hospital de São João registou uma das recuperações financeiras mais significativas, tendo passado de um prejuízo de 61,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2006, para um lucro de 9,6 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano.

Esta melhoria dos resultados deve-se também ao aumento das receitas, nomeadamente nas áreas das consultas externas e internamentos, apesar do hospital contar neste momento com menos 100 camas, devido às obras de reestruturação e renovação de alguns espaços em curso.

Um relatório divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, a que a agência Lusa teve acesso, refere que dos 35 hospitais EPE apenas cinco saíram do prejuízo e passaram a registar lucros no primeiro semestre de 2007.

O desempenho económico dos hospitais EPE mostra que 20 instituições de saúde reduziram o seu prejuízo no primeiro semestre do ano, face ao período homólogo de 2006, mas não conseguiram ainda atingir um resultado positivo.
DE 30.08.07

2:10 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Hospitais EPE com resultado mais negativo que o previsto


Ivete Carneiro

Os 35 hospitais com gestão empresarializada (EPE - Entidade Pública Empresarial), no seu conjunto, fecharam o primeiro trimestre deste ano com um saldo negativo de 127,9 milhões de euros, quase o dobro do que estava orçamentado (71,3 milhões). E apenas oito das 35 unidades apresentam resultados positivos, três das quais já tinham dado lucro no ano passado . Um número que o Ministério da Saúde já disse que queria ver chegar aos 25 no prazo de dois anos.

O resultado negativo - ainda que represente uma franca melhoria (menos 57,4%) face ao primeiro semestre de 2006, em que o saldo foi de 300,3 milhões de euros negativos - deve-se à falta de cumprimento dos objectivos no tocante às receitas. Os proveitos cresceram 11,5% (para 1761,1 milhões), mas ficaram 134 milhões aquém dos 1895 milhões previstos e acabaram por não ser compensados pela poupança nos custos. Apesar de terem crescido 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado, as despesas (1889 milhões) ficaram 77, 5 milhões abaixo do que estava orçamentado (1966,5 milhões).

Défice é estrutural

Convidado a comentar estes dados, Manuel Delgado, da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, explica a falta de equilíbrio absoluto das contas com o facto de as receitas serem ainda insuficientes, "apesar de haver mais racionalização, mais eficiência e mais economia de meios".

Mas não era a gestão empresarializada o segredo para equilibrar as contas? "Há défices de curto prazo que uma boa gestão pode resolver, mas depois há um problema estrutural - de recursos, horários, falta de resposta dos centros de saúde - mais difícil de solucionar". Acabar com o défice negativo passará por "limpar os hospitais da procura inadequada", ou, "se o sistema se conformar com esta situação, reforçar os orçamentos". Com os actuais, "é impossível". Mas Manuel Delgado encara a redução do défice face a 2006 como sinal de que se está "no bom caminho".

No entanto, se a análise incidir sobre os custos operacionais (antes das amortizações e provisões, cuja contabilização alterada influenciou o valor do aumento dos custos), verifica-se que apenas subiram 0,1% em relação ao mesmo período de 2006, com melhores resultados do que os previstos nos orçamentos (1773 milhões, contra o orçamentado de 1858 milhões, ou seja, menos 4,6%). Estes são, para os autores do relatório de evolução dos elementos económico-financeiros dos hospitais EPE, os números mais relevantes, justamente por reduzirem o efeito das amortizações e provisões.

Os dados esta semana disponibilizados pela Administração Central do Sistema de Saúde dão contudo conta de variações muito grandes entre as várias unidades. Dos 35 hospitais EPE, apenas o S. João (Porto), o IPO/Porto, os hospitais da Feira, Vale do Sousa, Viseu, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e o IPO/Coimbra conseguiram fazer pender a balança das contas para o lado positivo. Do outro lado da escala estão o Centro Hospitalar de Lisboa Central, a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, o Hospital do Barreiro e o Centro Hospitalar do Nordeste.

Ranking que Manuel Delgado prefere desvalorizar, como o faz com toda a análise exclusivamente económico-financeira do desempenho dos EPE. "Gosto de comparar com desempenhos na podução, que contam tanto ou mais do que a análise financeira e que a afectam negativamente".

O administrador lembra que cada hospital tem características e um passado próprios e condicionantes. Grandes hospitais têm resultados positivos porque levam, "à partida, uma maior margem de progressão. É mais fácil gerir 300 milhões do que 50 ou 60". A comparação é, para Manuel Delgado, "injusta".

Aveiro com pior performance

Uma análise hospital a hospital permite perceber que alguns dão cartas na contenção de custos com consumos, enquanto outros conseguem melhores resultados na aquisição de serviços externos, ou nos gastos com pessoal. Apesar de não ser dos que mais prejuízo deram, o Hospital D. Pedro, em Aveiro, é, com sete milhões negativos, o que apresenta a pior performance todas as rubricas estão em crescimento, quer em relação a 2006, quer ao valor que previra gastar. As despesas com serviços externos dispararam 87,5% face a 2006 e 13,2% em relação ao orçamentado. Nos consumos, contava descer e acabou com mais 6,1% do que no ano passado (mais 14% do que o orçamentado). Finalmente, gastou mais 13,6% com pessoal do que em 2006, desviando-se 4,6% do orçamento. Mas o certo é que tinha um orçamento irreal de 9160 euros, do que se desviou negativamente 76316%.

Os melhores resultados
Hospital de S. João, no Porto, com 9,6 milhões de euros positivos, e IPO/Porto, 9,2 milhões

Os piores
Centro Hospitalar de Lisboa Central (23,5 milhões negativos) e Unidade Local de Saúde Norte Alentejano (23,3 milhões)

Gastos em consumos
Subiram 2,8% para 549,5 milhões. Gastou-se mais 2,2% em medicamentos (347 milhões) e 3,6% em produtos farmacêuticos (403,8 milhões). No campo dos serviços externos, a factura reduziu-se 8%

Gastos com pessoal
Cresceram 1% (958 milhões). Desceram a remuneração de base (0,5%), os suplementos de remuneração (2,5%) e o trabalho extra (6,2%), mas subiram 12% outras despesas com pessoal.
JN 30.08.07

2:20 da manhã  
Blogger SNS said...

Obviamente que não estava a falar do DE online, que são copy paste da Lusa!
Refiro-me ao artigo do DE que saiu na passada quinta-feira, dia 23 de Agosto. Ninguém lê??

11:31 da manhã  
Blogger e-pá! said...

Hoje, o Público - em artigo de opinião (suplemento de economia pg. 6) - da autoria de Kenneth Rogoff, prof. da Univ. Havard, debruça-se sobre as despesas da saúde e a sua incidência sobre o PIB, bem como uma acutilante análise prospectiva para o ano de 2030.
A ler...

Tenho dificuldades (devido a minha falta de formação nesta área) em interpretar os resultados do exercício dos HH's EPE, recentemente publicados no Portal da Saúde (...parece que antes no DE).

No entanto, não me coíbo de deixar duas notas sobre o assunto.

1.) É preciso salvaguardar o risco (a tentação) de começarmos a escorregar para os badalados "rankings" (neste caso económicos, financeiros de gestão).

2.) Sobre os "desempenhos" (tanto os excepcionais como os medíocres) sou visceralmente céptico. Mandaria fazer auditorias externas selectivas, i.e., tanto aos excepcionais como aos desastrados.

E ficava à espera...
Para já guardava os foguetes!

5:06 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Adenda:

Ainda a propósito (by-the-bye) dos publicitados relatórios dos HH's EPE's, tive a vaga lembrança de um remoto poema (necessitei de revê-lo) escrito por TS Eliot (Stories of the Human Spirit - Opening Stanza from Choruses), onde interroga:
...
"Where is the wisdom we have lost in knowledge?
Where is the knowledge we have lost in information?"
...
in "The Rock" (1934).

6:35 da tarde  
Blogger helena said...

Vivemos uma época de muita informação e pouco estudo.

12:13 da manhã  

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