CC, mister post man
Vão longe os tempos em que CC era campeão dos meios de comunicação. Hoje, mais recatado, aparece, a espaços, a propósito das inaugurações ou lançamento de projectos.
Domingo esteve na entrega de computadores, no âmbito do Programa "Novas Tecnologias", no Centro de Formação Profissional de Viana do Castelo.link link
«Não terão cinco ministros e 13 secretários de Estado mais que fazer do que vestir a pele de carteiros condenados a entregar computadores e placas 3G pelo país fora?» (MC, JP 01.09.07).
Sócrates, a quanto obrigas!
Domingo esteve na entrega de computadores, no âmbito do Programa "Novas Tecnologias", no Centro de Formação Profissional de Viana do Castelo.link link
«Não terão cinco ministros e 13 secretários de Estado mais que fazer do que vestir a pele de carteiros condenados a entregar computadores e placas 3G pelo país fora?» (MC, JP 01.09.07).
Sócrates, a quanto obrigas!
3 Comments:
Quando olho para este programa "Novas Oportunidades", fico estarrrecido e, devo confessar, tenho, por vezes, associações bizarras, quase indecorosas.
Sócrates mais o séquito de ministros e SE's, que o rodeiam, na pertinaz deambulação pelo País, fazem-me lembrar o "Paulinho das feiras".
A política em portugal vive à volta do picaresco. Provavelmente viveu sempre nesse enquadramento, desde os tempos aúreos da cavalaria.
Por isso o "quixotismo", ou talvez, o "quixotesco" (D. Quixote de La Mancha será o paradigma do romance picaresco) é tão apreciado em Portugal.
Mas, para além da catadupla de feiras de distribuição, não posso deixar de me interrogar para que servem estes computadores.
Vão, ao que parece, ser entregues mais de 200.000 unidades...
Uma vez nas mãos dos seus destinatários qual o uso a dar-lhe?
Bem, para sermos comedidos, vamos aceitra que a partir daí os usurários vão ter acesso a uma brutal quantidade de informação.
Fico outra vez preocupado. É que informação não é tecnologia e muito menos conhecimento. Uma elevada percentagem de informação que circula na net é, pura e simplesmente, lixo.
Será que as dezenas de milhares de professores ameaçados pelo desemprego não podiam enquadrar estes felizes contemplados com computadores?
O País não ganharia com isso?
Os utentes destes computadores não ganhariam também?
Não se ajudava a resolver o drama social e profissional onde os professores e educadores estão metidos.
Para mim, a imagem residual de toda esta manobra publicitária é:
parece que estão a distribuir pacotes de "Farinha Amparo".
Ninguém me tira isto da cabeça!
Ah! de súbito caíiu-me nas mãos o famoso PRACE.
Reproduzo o 1º objectivo:
- "a promoção da cidadania,..."
Qual a diferença entre este paleio oficial de pacotilha e as investidas contra moinhos de ventos?
Dão-se alvíssaras...
Em parte partilho das "preocupações" do é-pá.
E discordo do aproveitamento que o governo está a fazer desta medida.
Pior ainda: o Governo quer convencer-nos de que, com computadores portáteis nas mãos de alunos e professores passamos a ser um país desenvolvido. E o Governo sabe que não é assim e tem consciência disso mas...como sempre fazem os governos...há que tirar dividendos políticos desta e doutras coisas.
Mas sou dos que entendem que algum contributo pode e deve ser dado pelo acesso de maior número de cidadãos às tecnologias da informação e comunicação. Simpleemente, parece-me que se estão a confundir "NOVAS TECNOLOGIAS" com informática e internet.
E, seja como for, a maioria não deixará de ter dificuldades em pagar 15 euros por mês (já que o 1º escalão abrangerá um reduzido número de alunos).
Por outro lado, as empresas (parceiros) neste projecto têm aqui mais uma oportunidade de potenciar os seus negócios e em boa verdade estão a beneficar de uma campanha publicitária a baixo custo.
E o que verdadeiramente precisamos é de técnicos qualificados nos diversos ramos de actividade (indústria, comércio, serviços) que nos permitam melhorar o desempnho e ser competitivos.
E para que aquele desígnio se cumpra o país tem que apostar fortemente no ensino técnico-profissional.
Ainda há dias, numa aldeia, um jóvem de 16 anos trabalhava no campo. Perguntei-lhe se andava a estudar. A resposta foi: agora não. Porquê, insisti. E nova resposta: não gosto. O jóvem fez o nono ano, apesar de tudo.
Ora a questão fundamental, para mim, é esta: o que leva os jóvens (como este há milhares) a não gostar de estudar?
Será que este jóvem daria a mesma resposta se tivesse frequentado uma escola técnico-profissional e aprendendo uma profissão do seu agrado?
E mesmo que, como no passado, ficassem com um curso de "regente agrícola", "montador-electricista"; "serralheiro-mecânico"; "contabilidade"; (e outros que hoje devem ser ministrados, com acesso a novas tecnologias e a elas adpatados), não teria sido preferível a ter um nono ano mas não ter uma "profissão"?
É esta, para mim, uma questão fulcral do desenvovimento sócio-económico do país. Sem uma resposta a este problema, de pouco valerão os milhares de computadores e o acesso à internet.
Um bom exemplo de novas oportunidades (pelo menos para Mister Ségio é o Despacho 19816/2007 de 13 de Agosto que nomeia um obscuro enfermeiro (boy pela certa; no minimo atento, venerador e cbrigado!)como CHIEF NURSING OFFICIER (!!!).
Ver o Diário da República (PORTUGUESA !!!) da passada 6ª feira.
Cordiais saudações.
António Ventura
www.emgestaocorrente.blogs.sapo.pt
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