segunda-feira, outubro 8

Mais, mais médicos

O numerus clausus que vigorou entre 1985 e 1996 foi o grande responsável pela falta de pessoal médico que ainda hoje se vive no SNS .
CC entregou hoje (08.10.07) diplomas aos primeiros 52 alunos da escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho .
Esta cerimónia foi pretexto para CC pedir mais médicos. link O ministro quer 2.000 alunos nas escolas médicas nos próximos anos. A tempo de suster a inflação de salários do pessoal contratado que grassa país fora.

4 Comments:

Blogger Peliteiro said...

CC parece que está no seu primeiro ano como Ministro da Saúde.

É óbvio que as barreiras à entrada nas carreiras médicas teriam como consequência a diminuição da oferta. É óbvio que assim nenhum Ministro faz o que quer que seja contra uma classe com efectivos escassos.

CC devia ter pensado nisso em 79, quanto muito em 2001. CC até irrita de tão pouco perspicaz.

12:11 da manhã  
Blogger tonitosa said...

É verdade, caro MSP.
Correia de Campos que, segundo a notícia, criticou os anteriores governos por terem "impossibilitado a existência de vagas nos cursos de Medicina que permitissem responder ao crescimento demográfico" parece ter má memória.
Será que ele nunca esteve em anteriores governos?! Será que, ele, nunca foi antes Ministro da Saúde?!
Há um spot na rádio TSF onde se ouve Jorge Coelho dizer que "os políticos têm fraca memória...".
Isto aplica-se, que nem uma luva, a Correia de Campos. Mas aplica-se também ao Senhor Primeiro Ministro quando parece esquecer-se do drama dos 7,5% de desemprego que serviu de bandeira na sua campanha e até agora mais não fez do que conduzir o país para a maior taxa de desemprego dos últimos 20 anos, sendo ainda uma das mais altas da União Europeia.
E, infelizmente, este tipo de actuação não é exclusivo dos actuais governantes.

11:00 da manhã  
Blogger e-pá! said...

SOBRE OS MÉDICOS

Vamos lá ver se nos entendemos:

"O meu desejo é que todos aqueles que de facto têm intenção de sair o façam o mais depressa possível. Outros tomarão o seu lugar, pois há excelentes profissionais, em segunda linha, à espera de uma oportunidade"
Correia de Campos, "Acção Socialista", edição 1289 de 17.09.07.

"O facto é que o SNS dispõe de excelentes profissionais com as mais diversas idades e é sobretudo isto que importa realçar e sublinhar."
Idem.

"Correia de Campos criticou os anteriores governos por terem, alegadamente, "impossibilitado a existência de vagas nos cursos de Medicina que permitissem responder ao crescimento demográfico".
Correia de Campos, JN de 09.10.2007.

"As previsões dizem-nos que as actuais 1400 vagas anuais para cursos de medicina em Portugal não são suficientes a curto e médio prazo"
Correia de Campos, Expresso on line, 08.10.2007. Universidade do Minho, Escola de Ciências da Saúde.

"O Governo quer alargar de 1400 para dois mil o número de vagas em Medicina, anunciou hoje o ministro da Saúde, António Correia de Campos, sem avançar um prazo para atingir o objectivo."
Correia de Campos, JPúblico , 08.10.2007

"O ministro diz que se trata de uma «meta paulatina», para cumprir passo a passo, e lembra que foram precisos 12 anos para criar mil novas vagas."
Correia de Campos, TSF on line, 09.10.2007, na cerimónia de entrega dos prémios Pfizer.

ASSIM:
- Quem tem médicos em "carteira (em 2ª. linha) à espera de oportunidades?
- Quem tem médicos "com as mais diversas idades" e fala do envelhecimento deste grupo profissional?
- Quem nunca pertenceu a Governos anteriores ?
- Quem quer meter 600 novos alunos a todo o vapor?
- Quem, pára momentaneamente para reflectir, e volta a falar em "metas paulatinas" a prazo, "passo a passo"?
- Quem, de súbito, se recorda que foram necessários 12 anos para criar 1000 novas vagas nas Faculdades de Medicina?

Já chega ou esperamos pela próxima?

10:28 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

A próxima talvez seja a resposta a isto: «A CESPU, a maior cooperativa de ensino de Saúde em Portugal, recordou hoje, um dia depois do ministro Correia de Campos ter alertado para a falta de vagas em Medicina, que aguarda desde 2004 pela autorização para criar essa licenciatura». Que afinal não se justifica uma faculdade privada e assim como assim o melhor é continuarem a matricular-se em Compostela, Praga ou Londres e que nas urgências se deve continuar a ouvir falar com sotaque espanhol, ucraniano, cubano, angolano...

CC até irrita de tanta falta de espinha dorsal.

10:52 da tarde  

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