quarta-feira, novembro 28

O ruim sou eu !




O espantoso é que num Blog frequentado por Administradores Hospitalares, não haja quem faça um pouco de história. E que não se lembre da forma como os Hospitais portugueses foram governados nos últimos 30 anos. Orçamentos hsitóricos, gestão pouco eficiente, ausência de inovação na gestão, ausência de especialização e modernização nas funções de suporte logístico, aprovisionamento, gestão de pessoal, compras, etc. Acontecesse o que acontecesse, o OGE mais tarde ou mais cedo tapava o buraco. Foi necessário esperar por 1996, um Governo PS, lembram-se, para se decidir, diz o tão respeitado OPSS " que todos os hospitais deveriam adoptar novas formas de gestão, mais flexível e autónoma. De 1996 a 1999 3 novos hospitais adoptaram novas formas de gestão... Desde 1997 que o método clássico de financiamento retrospectivo dos hospitais foi parcialmente alterado para incorporar elementos de financiamento prospectivo, relacionado com actividade baseados nos Grupos de Diagnóstico Homogéneo (GDH). Se anteriormente as contas eram faz de conta, passaram a ser agora menos faz de conta, mas muito atamancadas. Vieram os Hospitais SA, e independentemente da bondade do modelo, a empresarilização manteve-se, a contratualização toma novos moldes, é criada uma equipa de missão para acompanhar a modernização da gestão. Em 2005 retoma-se a contratualização, são retomados os contratos-programas, voltamos a ter na ACSS e na contratualização afamados Administradores Hospitalares, é feito um esforço de contenção da despesa e na melhoria dos instrumentos de gestão dos Hospitais.
O TC vem agora criticar as contas, e aqui alguns dos protagonistas, AH desde há muitos anos, quais virgens ofendidas, gritam agarra que é ladrão.
Caros tive oportunidade de participar nos últimos meses na preparação de um plano para a empresarialização de um Hospital SPA, em que participou uma dessas empresas de consultadoria espanhola, foi aí que percebi o que já suspeitava, estão a milhas da gente, quanto à participação dos nossos gestores de carreira, lamentável estão a anos de luz do que se passa na vida real.
Bem fez a Margarida Bentes e foi trabalhar para a Iasist Portugal. Há falta de melhor invoca-se o TC e o Prof. Martelo. Caros mesmo que não tenham sido ml's ou maoístas um pouco de auto-crítica não vos fica mal.
Como diria o outro: "burro sou eu!!"
haquim avicena
"Portugal consegue a qualificação e o burro sou eu? O ruim sou eu? E Portugal qualificou onde? Na baía das almas? Ou vocês estão mal acostumados ou então não sei"...
scolari

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