Prá História
das entrevistas
Semanário Expresso (SE): E com Sócrates, já teve alguma conversa?
Vasco Pulido Valente (VPV): Nem me lembro de o ter visto em pessoa.
SE: É um político que ficará na história?
VPV: O Sócrates?! Não. É de uma pavorosa mediocridade. Pior: é um homem que tem uma linha de pensamento convencional. Que assenta em todos os lugares-comuns deste tempo e reproduz de uma maneira tosca esses mesmos lugares-comuns.
SE: Mas é um Governo com impulso reformador.
VPV: A mim não me parece. Estas coisas do ensino e da investigação não levam a nada. Qualquer pessoa que tenha passado umas semanas numa genuína universidade não pode olhar para isto senão com tristeza.
Entrevista VPV, expresso 17.11.07
Vasco Pulido Valente (VPV): Nem me lembro de o ter visto em pessoa.
SE: É um político que ficará na história?
VPV: O Sócrates?! Não. É de uma pavorosa mediocridade. Pior: é um homem que tem uma linha de pensamento convencional. Que assenta em todos os lugares-comuns deste tempo e reproduz de uma maneira tosca esses mesmos lugares-comuns.
SE: Mas é um Governo com impulso reformador.
VPV: A mim não me parece. Estas coisas do ensino e da investigação não levam a nada. Qualquer pessoa que tenha passado umas semanas numa genuína universidade não pode olhar para isto senão com tristeza.
Entrevista VPV, expresso 17.11.07
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No domínio do emprego – o principal campo de batalha político no próximo ano – o juízo do poeta é certeiro. O Governo tem assumido a formação dos portugueses como uma prioridade, mas os números mostram o crescimento do desemprego entre os licenciados e a perda de 167 mil postos de trabalho com maiores qualificações.
O país tenta transformar-se, dar o salto em frente na cadeia alimentar das economias mundiais com iniciativas como o Plano Tecnológico, mas no espelho está o retrato do costume – é nas profissões menos qualificadas (serviços de limpeza, restauração, ‘call centers’, etc.) que se está a criar emprego em Portugal. Há pouco mais de um ano, Olivier Blanchard, um prestigiado economista do MIT e conhecedor da realidade portuguesa, voltou a manifestar a sua incredulidade perante a ideia de orientar o país para a tecnologia e afins. Para Portugal, que não tem recursos nessa área, serão precisos muitos anos e investimento para ver resultados, disse. Melhor seria aproveitar o que existe (como o clima) e apostar no turismo e na saúde. A frieza dos números mostra que, por enquanto, Blanchard tem razão.
DE 19.11.07
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