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1 Comments:
Os Relatórios e os Estudos - para não falar dos processos judiciais -têm, em Portugal, uma bizarra forma de um orelha (especie de "orelhão" brasileiro) onde foi cuidadosamente implantado um chip, contendo um sofisticado telemóvel.
A partir daí, é a devassa, quando não a sua utilização política de modo "cirúrgico".
Os dados saiem quando os orgãos de informação acham oportuno. E raras vezes sabemos o "homem" ou os "homens" que e como o acham, ou melhor, quais são os critérios de oportunidade, os critérios jornalísticos e o dever de informar.
Recentes declarações do PGR num periódico e depois na AR, confirmam estas suspeitas.
Anda meio Mundo a espiar o outro.
Perante tal drama colectivo e, ao que parece, insanável o melhor é cultivar a transparência.
Toda a gente sabia (ou pelos menos suspeitava) da existência de uma enorme lista de espera para consultas da especialidade. O próprio PNS, ao fixar metas de crescimento (elevadas) para 2010, já indiciava o facto.
O MS tem toda a legitimidade em anunciar que vai realizar esses estudos, quanto mais não seja para ir monitorizando a execução do PNS.
Outra coisa é o timing para revelar o que os estudos vão produzindo. Este tem sido quase sempre "conturbado" - até pelas constantes antecipações da comunicação social, que muitas vezes "alarmistas", antecipam a sua divulgação (parcial ou total), quando não provocam desmentidos caricatos.
Outras vezes estes trabalhos são mal geridos políticamente - o anúncio das 400 farmácias "ilegais" na semana anterior a entrada em vigor da Lei que regula a nova propriedade das farmácias - é desastroso, pela quantidade de questões paralelas que levanta.
Mas, o grande problema tem sido a incapacidade de explicar, de modo compreensível e sem expedientes, à população, a necesidade e a utilidade dos estudos que se vão mandando realizar.
Porque, esta falta de explicitação conduz muitas vezes à ineficácia de boas propostas e, eventualmente, conclusões. E um ensurdecedor alarido à sua volta em que se ouve de tudo um pouco, menos as razões do MS.
Finalmente, um vício nacional. Os estudos e relatórios devem ser elaborados por técnicos qualificados. Deste trabalho saíem "produtos" técnicos que necessitam de ser arrecadados das curiosidades informativas e muitas vezes especulativas até sofrerem um "tratamento" político prévio à sua divulgação.
Depois, a divulgação deve ser equitativa e não em crónicos folhetins de jornais mais ou menos especializados ou, pior, em boutades repentistas dos responsáveis do MS.
Se houver toda esta "cascata de transparências" o cofre pode ser devolvido, p. exemplo, à "Fábrica de Chaves do Arieiro" (passe a publicidade - não sou sócio!)
Porque, caro Xavier, deixe, por uma vez, um médico insinuar a um AH que a "sugestão" do cofre poderá um desperdício! Por uma vez...!
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