Empresarialização dos HHs
Para CC «a gestão empresarial dos hospitais é uma velha aspiração do sistema e dos profissionais da saúde em Portugal.» link
«Já o Estatuto Hospitalar de 1968 (Decreto-Lei n.o 48357/68), no seu artigo 35.o, previa a organização e a gestão dos hospitais «em termos de gestão empresarial». No preâmbulo desse diploma escrevia-se que «a administração dos hospitais se tornou tarefa de profissionais com preparação cuidada e estatuto adequado.» CC, "hospital empresa: crónica de m nascimento retardado", revista ensp, jan/jun 2003.
Mas há quem veja neste processo, iniciado em 2002, muitas desvantagens: «a evolução para a empresarialização — que foi, é e há-de vir a ser apresentada como uma panaceia para todos os problemas do sistema público, aumenta a conflitualidade e diminui a coesão interna das organizações — o maior bem da gestão hospitalar, que demora anos a construir» —, na medida em que «coloca no terreno profissionais com diferentes vínculos ao hospital e potencia a destruição das relações hierárquicas clássicas».link
Será a adopção do modelo de gestão privada essencial, inevitável, para a obtenção de ganhos de eficiência do SPA da Saúde?
«O gerencialismo já conheceu melhores dias. Longe vão os tempos em que se pensava que a simples gestão privada da coisa pública resolveria os problemas de ineficiência da máquina estatal. Os Estados Unidos, o Reino Unido, a Austrália, entre outros, seguiram este caminho, com resultados mitigados.
Não é nas questões esotéricas nem nas danças de modelos de gestão que se joga a modernização do Estado. O principal desafio é ousar transformar a sua matriz de procedimentos, introduzindo-lhe mudanças profundas em áreas-chave a partir dos outputs pretendidos e, posteriormente, replicando as experiências bem sucedidas noutras funções. Na verdade, só as aproximações selectivamente radicais têm dado frutos, devendo-se-lhes a esmagadora maioria dos casos de sucesso inventariados à escala planetária.
Perante a óbvia constatação do esgotamento do modelo de administração da máquina pública, por que não se consegue pô-la a funcionar em moldes eficientes? A primeira dificuldade reside na aproximação sistémica a adoptar. A segunda, na estratégia para vencer os cinco tipos de constrangimentos de que padece a Administração Pública: políticos, jurídico-formais, processuais, técnicos e humanos. Os dois primeiros só podem ser ultrapassados por via de um claro desígnio governativo, onde a vontade de mudança seja acompanhada da clarividência, dos métodos e dos meios (internos e externos) necessários. Os três últimos são função da capacidade mobilizadora dos dirigentes e do grau de absorção de novas técnicas e procedimentos pelo conjunto da Administração Pública.
Ora, não se vê na actual matriz governativa um propósito modernizador ou um projecto consistente de mudança e de progresso, mas somente um intuito rápido e obsessivo de corte nas despesas. As novas regras que aí vêm para a função pública – o regime de contratos individuais de trabalho nas novas admissões, a mobilidade profissional dos funcionários ou a introdução de novos sistemas de avaliação de desempenho – são mecanismos incontornáveis de gestão corrente. Acontece que a opção do Governo tem um selo exclusivamente financeiro – a redução pura e dura do défice público – e uma profunda marca de autismo social. O resultado é a ruptura dos canais de comunicação com a função pública e o esmorecimento dos seus quadros mais dedicados.
Sabemos que os tempos não são fáceis e que importa ser-se realista e eficiente na gestão da coisa pública. Sabemos que alguns dos privilégios do funcionalismo público terão de ser sacrificados. Mas também sabemos que nada se consegue sem a participação empenhada do mais escasso e precioso dos recursos – as pessoas. E estamos hoje conscientes de que só haverá mudança efectiva com uma profunda re-engenharia nos processos e nas estruturas orgânicas do Estado. » Luís Nazaré
Este texto dá-nos algumas deixas sobre as principais dificuldades do processo em curso. A incompetência de um elevado número de responsáveis constitui o problema mais grave de ultrapassar num país onde os serventuários são muito apreciados.
«Já o Estatuto Hospitalar de 1968 (Decreto-Lei n.o 48357/68), no seu artigo 35.o, previa a organização e a gestão dos hospitais «em termos de gestão empresarial». No preâmbulo desse diploma escrevia-se que «a administração dos hospitais se tornou tarefa de profissionais com preparação cuidada e estatuto adequado.» CC, "hospital empresa: crónica de m nascimento retardado", revista ensp, jan/jun 2003.
Mas há quem veja neste processo, iniciado em 2002, muitas desvantagens: «a evolução para a empresarialização — que foi, é e há-de vir a ser apresentada como uma panaceia para todos os problemas do sistema público, aumenta a conflitualidade e diminui a coesão interna das organizações — o maior bem da gestão hospitalar, que demora anos a construir» —, na medida em que «coloca no terreno profissionais com diferentes vínculos ao hospital e potencia a destruição das relações hierárquicas clássicas».link
Será a adopção do modelo de gestão privada essencial, inevitável, para a obtenção de ganhos de eficiência do SPA da Saúde?
«O gerencialismo já conheceu melhores dias. Longe vão os tempos em que se pensava que a simples gestão privada da coisa pública resolveria os problemas de ineficiência da máquina estatal. Os Estados Unidos, o Reino Unido, a Austrália, entre outros, seguiram este caminho, com resultados mitigados.
Não é nas questões esotéricas nem nas danças de modelos de gestão que se joga a modernização do Estado. O principal desafio é ousar transformar a sua matriz de procedimentos, introduzindo-lhe mudanças profundas em áreas-chave a partir dos outputs pretendidos e, posteriormente, replicando as experiências bem sucedidas noutras funções. Na verdade, só as aproximações selectivamente radicais têm dado frutos, devendo-se-lhes a esmagadora maioria dos casos de sucesso inventariados à escala planetária.
Perante a óbvia constatação do esgotamento do modelo de administração da máquina pública, por que não se consegue pô-la a funcionar em moldes eficientes? A primeira dificuldade reside na aproximação sistémica a adoptar. A segunda, na estratégia para vencer os cinco tipos de constrangimentos de que padece a Administração Pública: políticos, jurídico-formais, processuais, técnicos e humanos. Os dois primeiros só podem ser ultrapassados por via de um claro desígnio governativo, onde a vontade de mudança seja acompanhada da clarividência, dos métodos e dos meios (internos e externos) necessários. Os três últimos são função da capacidade mobilizadora dos dirigentes e do grau de absorção de novas técnicas e procedimentos pelo conjunto da Administração Pública.
Ora, não se vê na actual matriz governativa um propósito modernizador ou um projecto consistente de mudança e de progresso, mas somente um intuito rápido e obsessivo de corte nas despesas. As novas regras que aí vêm para a função pública – o regime de contratos individuais de trabalho nas novas admissões, a mobilidade profissional dos funcionários ou a introdução de novos sistemas de avaliação de desempenho – são mecanismos incontornáveis de gestão corrente. Acontece que a opção do Governo tem um selo exclusivamente financeiro – a redução pura e dura do défice público – e uma profunda marca de autismo social. O resultado é a ruptura dos canais de comunicação com a função pública e o esmorecimento dos seus quadros mais dedicados.
Sabemos que os tempos não são fáceis e que importa ser-se realista e eficiente na gestão da coisa pública. Sabemos que alguns dos privilégios do funcionalismo público terão de ser sacrificados. Mas também sabemos que nada se consegue sem a participação empenhada do mais escasso e precioso dos recursos – as pessoas. E estamos hoje conscientes de que só haverá mudança efectiva com uma profunda re-engenharia nos processos e nas estruturas orgânicas do Estado. » Luís Nazaré
Este texto dá-nos algumas deixas sobre as principais dificuldades do processo em curso. A incompetência de um elevado número de responsáveis constitui o problema mais grave de ultrapassar num país onde os serventuários são muito apreciados.
Um pouco mais de PS neste governo não deixaria de ajudar ao processo...
13 Comments:
Constant 'restructuring' and the running of hospitals by financially driven managers has shifted the emphasis away from care which has resulted in a culture of despair. The NHS is not a business; let's put the running of hospitals back into the hands of those who have the knowledge to care for patients.
guardian 10.12.07
PSD PROMETE PROPOSTAS ALTERNATIVAS A PARTIR DE JANEIRO E PREVÊ CRISE PARA SÓCRATES DEPOIS DA PRESIDÊNCIA DA UE
"O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, prometeu apresentar propostas concretas para as áreas da economia, saúde, educação e descentralização, a partir de Janeiro. Nessa altura, e uma vez terminada a presidência portuguesa da União Europeia, Menezes espera que José Sócrates comece "a governar a sério o país".
Contudo, afirmou o presidente do PSD, quando tiver de enfrentar os problemas reais, o primeiro-ministro poderá ser confrontado com uma grave crise no Governo, tal como aconteceu com António Guterres.
"A partir de Janeiro, cá estamos para demonstrar que somos diferentes na economia, na saúde, na educação, na segurança social e na forma como vimos a descentralização do Estado", prometeu Menezes..."
in Público, Maria José Santana, 10.12.2007.
O problema não se confina a modelos, nem a timings. Quer sejam de organização, de admnistração, de gestão, orçamentais, etc.
O problema é político.
De definição política, de consistência ideológica. Da necessidade do abandono de malabarismos para tentar sobreviver não sendo carne, nem peixe.
Se acreditamos nas histórias da carochinha que por aí vão sendo debitadas, privatizamos em massa os equipamentos sociais e, aparentemente, resolvemos a crise.
Mais, arranjamos um bode expiatório: a incompetência do sector público para administrar.
Depois, é cair em cima de Administração Pública, sem que antes lhe dê a mínima oportunidade.
Quando, apesar de tudo o sector público ainda consegue sobreviver e, penosamente, à mingua, funciona, começa a "gritaria" pelas virtudes do mercado. A concorrência vai regular o mercado dos serviços (incluindo os sociais e públicos) e tudo vai ficar mais barato, mais acessivel, mais fácil.
Foi isto que ontem, em digressão partidária, Luís Filipe Menezes, anunciou quando disse que ia apresentar, em Janeiro, como um "impulso reformador" do PSD para a polítca portuguesa.
Nele, incluía a concorrência público/privada, como redentora dos problemas na área da Saúde...
As PPP's já não chegam...
Finalmente, parece que caminhamos para a hora da verdade.
A necessária clarificação não poderá ser, pelo PS, eternamente, escamoteada.
Quando digo - eternamente - refiro-me até às próximas legislativas...
Não vai ser possível passar a vida a falar em impetos reformafores, modernizações a pontapé, revoluções tecnológicas à fartazana, e ... no fim - ter milhões com uma mão cheia de nada e, ao lado, a viver no mesmo País, um grupelho elista, concentrado e restricto a meia dúzia de mandarins do sector financeiro, enfartados, padecendo de apetites insaciáveis.
Sr. 1º. ministro:
Não estamos deslumbrados com a grandiosidade da Cimeira UE-África, nem com a próxima assinatura do "Tratado de Lisboa".
Estamos, sim, preocupados com as coisas (comezinhas?) que se vivem cá dentro.
porque não motivar a concorrência entre HHs SPS , HHs EPE , HHs PPP ?
Porque a decisão política é privatizar a Saúde.
O mesmo defende o LFM.
Se o projecto fosse sério tinham dado meios indispensáveis a um grupo de HHs SPA para poderem desenvolver ganhos de eficiência e poder concorrer com os HHs SA/EPE.
Ou seja, o caminho mais acertado teria sido fazer replicar a experiência de sucesso do Hospital de Vila da Feira.
Porque se empresarializou o Hospital de Vila da Feira?
Precisamente para que não destoasse no movimento de empresarialização (privatização) dos HHs do SNS.
O resto são expedientes políticos.
E nem tinham muito que inventar(arriscar) se estivessem atentos ao que se tem passado no reino unido com o NHS.
Passada a euforia dos primeiros anos de governação Sócrates, aproximam-se os tempos verdadeiramente difíceis de combate político.
Porque a economia (sempre a economia) a isso obriga.
(...) o arrefecimento instala-se na Europa, estimulado pelos ventos gelados do mercado americano. As economias mais desenvolvidas estão mais expostas à crise do ‘subprime’ do que Portugal; justifica-se, portanto, que sofram golpes mais profundos e directos. No entanto, este ambiente adverso poderá ter consequências deste lado da fronteira: Portugal exporta mais de 80% dos seus produtos e serviços para dentro da UE... Tudo isto é ainda mais verdade em relação a Espanha, para onde segue 25,9% de tudo o que vendemos. Com Espanha a baixar pela primeira vez dos 3% de crescimento desde 2003 (a OCDE prevê um crescimento de 2,5% em 2008, contra 3,8% este ano), então o desafio de Sócrates e das empresas portuguesas fica ainda mais difícil. Não é fácil vender a quem já não quer comprar. Vai ser duro.
André Macedo, DE 10.12.07
Uma comissão executiva composta por autarcas e entidades dos dois lados da fronteira vai tentar a recuperação da linha férrea Pocinho Barca de Alva (28 Kms)encerrada em 1987 .
Exactamente o que vai acontecer daqui a uns anos em relação ao SNS, destruído pelas políticas liberais de LFP e CC.
Lanço também a interrogação do Ochoa.
Porque é que a experiência de sucesso do Hospital de Vila da Feira não foi replicada ?
Estou um pouco confuso.
O Hospital de Vila da Feira não é uma EPE?
Les professionnels de santé doivent se réapproprier les valeurs de l’hôpital
public
La tradition humaniste de l’hôpital et l’approche techniciste de la médecine
moderne sont à réconcilier. La primauté du soin sur l’économique doit être
réaffirmée. Pour cela, au-delà du débat parlementaire sur le projet de loi de
financement de la Sécurité sociale, un vaste débat public doit avoir lieu sur les
choix d’allocations de ressources que la Nation est prête à consacrer au système de
santé. Ce débat doit être conduit dès maintenant par tous les partis politiques, les
partenaires sociaux et les représentants de la société civile.
Les missions du service public hospitalier sont à redéfinir et à clarifier autour
de trois valeurs cardinales, à évaluer périodiquement : garantir l’accès de tous à des
soins de qualité, respecter l’équité, et promouvoir l’efficience.
Le besoin de reconnaissance des personnels de santé et des bénévoles doit
être mieux pris en compte, par le renforcement des fonctions d’écoute et
d’accompagnement des personnels soignants comme des usagers, et le
développement du bénévolat sur le modèle des soins palliatifs.
L’HOPITAL PUBLIC EN FRANCE : BILAN ET PERSPECTIVES »(Etude)
O Hospital São Sebastião de Vila da Feira arrancou no tempo da ministra Maria de Belém/Sakellarides com estatuto SPA mais flexível que desde logo deu frutos.
Com o LFP foi alterado para SA e posteriormente, com CC, para EPE.
A questão posta pelos nossos colegas comentadores (segundo julgo) seria a de saber se não teria havido vantagem em manter o estatuto do hospital na sua formula original.
Julgava o É-Pá um expert em tudo o que dizia respeito a este hospital.
Um abraço.
Caro Xavier:
O que eu não entendia era... manter ou replicar o quê:
- a situação presente?
Daí a minha (incrédula!) interrogação.
Hoje sei pouco, muito pouco, sobre o H S. Sebastião. As amenas conversas que me permitiam estar (em algumas questões) update, foram sendo interrompidas, ou por "deslocalizações", ou por licenças sem vencimento.
É a vida.
O sector privado tem assumido um papel complementar ou alternativo ao SNS, mas demonstrando sempre ser mais eficiente, controlando os custos sem deixar de investir na modernização dos seus serviços.
Por outro lado, uma participação mais qualificada dos operadores privados de saúde no SNS levará a mais eficiência do mesmo, o que possibilitará melhor acesso aos cuidados de saúde e disponibilizará recursos financeiros adicionais para a modernização e requalificação dos recursos do SNS.
Para as populações, é irrelevante se a entidade que lhe assegura os cuidados de saúde é pública ou privada – o que qualquer doente deseja é ser tratado adequadamente.
A maior participação dos operadores privados da saúde no SNS permite que seja elevada a qualidade do serviço público de saúde, por força da sua concorrência que se pode gerar no sistema de saúde mediante a efectivação da liberdade de escolha pelos doentes, e, também, que o Estado assuma apenas um papel de financiador e de regulador do sistema de saúde.
Luís Vasconcelos administrador dos HPP
Tudo isto apesar dos enormes investimentos em TI (alert, pacss, etc.)
…” As estatísticas, sim, falam dos portugueses com objectividade (vigésima-nona posição - uma abaixo da do ano passado-,
com 0,89 no índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas - , Islândia à frente com 0,96). Mas são estatísticas.
Mais confirmam (eventualmente, teses opostas) do que dizem. Uma manhã na ortopedia do Hospital Egas Moniz (cinco horas de espera, cinco minutos de consulta) diz mais. (Reabram-se os parênteses: pega-se uma senha - era a 18 - e espera-se. Chamada a senha, entrega-se no balcão A o cartão de utente, o papel com a marcação da consulta e o dinheiro que a paga, recebe-se o recibo
e espera-se ser chamado - agora já pelo nome.
Chamado o nome, recebe-se um papel e a indicação da radiologia, 4° andar. No balcão do 4°andar, entrega-se o papel entregue pela ortopedia, -paga-se o raio X, recebe-se um ou dois papéis que já nem se sabe o que são e espera-se ser chamado. Chamados, somos conduzidos a um corredor com salas de Raio X e lá esperamos ser chamados. Chamados, somos radiografados, descemos à ortopedia com os papéis da radiologia e esperamos ser chamados. Chamam-nos. Era só para confirmar que o Raio X estava feito. Esperar ser chamado outra vez.
Chamado pela 6ª vez, 5 horas depois de ter apanhado a senha número 18 e de com ela abrir uma série de trocas de papéis, com uma radiografia pelo meio, foram 5 minutos de consulta).
Se nos acontece uma catástrofe... somos capazes de abolir os papéis e atender melhor do que muito povo organizado que há por aí (em alguma coisa é preciso acreditar).
In Jornal Negócios de 10/12/2007, Divagar e sempre , Mário Negreiros
Segundo a actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) hoje divulgada pelo governo, o Executivo estima uma economia de 396 milhões de euros até 2011 possibilitada por medidas adoptadas na área da saúde.
De acordo com os cálculos da agência Lusa, o impacto orçamental das medidas de contenção da despesa de saúde será de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o que se traduz em 396 milhões de euros, uma poupança que se divide igualmente entre os produtos vendidos em farmácia e os meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica.
Contudo, os cálculos incluem medidas como a revisão dos medicamentos comparticipados, as convenções celebradas pelo Serviço Nacional de Saúde, a redução dos preços máximos nas compras de produtos farmacêuticos e de materiais clínicos e os ganhos de eficiência associadas à empresarialização dos hospitais.
DE 10.12.07
Resultante da propalada eficiência dos prestadores privados (PPP e convenções) empresarialização dos hospitais do SNS ?
O desinvestimento público na Saúde vai continuar como forma de favorecer o negócio privado.
a) Sector privado mais eficiente;
b) participação dos privados mais qualificada
c) melhoria de qualidade em função da concorrência e livre escolha dos utentes.
A resposta a estas questões poderá ser encontrada na experiência de gestão privada do Hospital Amadora Sintra.
Maior eficiência?
Neste ponto impõe-se uma pergunta: porque não são conhecidas as contas do Amadora Sintra?
Participação mais qualificada?
Mas onde foi formado a maioria do pessoal médico, técnico e de enfermagem do Amadora Sintra, Hospital da Luz, Hospital da Trofa, Hospital do Alto dos Moínhos?
Concorrência entre privados?
Livre escolha dos doentes?
Quando será isto exequível?
É ver o que tem acontecido com as medidas visando este objectivo do NHS do Reino Unido.
Livre concorrência num sistema de preços prefixados pelo Estado ?
De doentes adstritos a áreas de influência geográficas?
O Estado reduzido a mero regulador e financiador seria óptimo para o negócio privado.
Será necessário o Estado adquirir novas competências de molde a desenvolver uma intervenção eficaz de supervisão e fiscalização dos contratos.
E aqui é que a porca torce o rabo.
Como exigir a um prestador sofrível que se transforme num fiscalizador exemplar?
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