Melhorou a comunicação
Persistem os problemas!
Bem. Toda esta agitação à volta dos CPS, mostram que existem problemas de base que não foram ultrapassados. link
Assim:
a) o pagamento das remunerações estabelecidas no regime jurídico das USF que segundo o SIM não está a ser cumprida;
b) os incentivos extensivos a todos os profissionais – médicos, enfermeiros e funcionários administrativos, serão, segundo revelou a ministra, "diferenciados".
c) O SEP não aceita esta diferenciação e ameaça frontalmemnte as USF's com o abandono dos enfermeiros.
De resto, depois de ouvir o Dr. Eduardo Barroso falar sobre incentivos, sobre valores dos mesmos, sobre ser juiz em causa própria, etc, esta questão dos legados, dos óbulos, das oferendas, corre o risco de vir a incendiar as instituições de Saúde.
Em alguns HH's do País, as questões relativas à audição do Dr. Eduardo Barroso na CP da saúde da AR, já começaram a fazer mossa... não tinham passado 24 horas, alguns CA estariam a ser confrontados com sérios problemas.
Agora, nas USF's, onde parece que o regime jurídico aprovado não está a ser aplicado, fala-se de incentivos e lança-se a confusão.
Vamos desenhar uma caricatura:
o processo remuneratório dos profissionais da saúde consta de um ordenado-base que obriga a por o dedo no indentificador biométrico à entrada e à saída. E acaba aqui o seu compromisso.
Tudo o que bulirem a partir daí teremos de ver se está ou não incluído nos regimes de incentivos, compensações, óbulos, prebendas.
Se não, vai haver problema.
O problema são os vencimentos base. Em Portugal sempre gostamos da política de abonos. Gostamos de ser abonados, de ter suplementos de ordenados, ninguém nos tira isto da cabeça. E os incentivos poderão ser as "novas horas extraordinárias" da Saúde.
Eduardo Barroso, na CP de Saúde da AR disse que não era um "mercenário" da Medicina. Ele de facto não recebe incentivos. Ele recebe prebendas (10 intervenções/ano é isso que significa).
Mas o Dr. Barroso não falou em mercenários, por acaso.
Citou os mercenários, porque não havendo possibilidades de avaliar a qualidade do trabalho produzido nos diferentes sectores da Saúde, poderemos estar a caminhar para constituirmos um batalhão de legionários, impressionantes em ordem unida, ultradisciplinados, cujos feitos se contabilizam pelos despojos.
Todavia, sem pátria, como o dinheiro.
De onde podemos concluir que para além de uma boa comunicação, suave, apaziguadora, doce, algumas nuvens ensombram a primeira "passeata" da Srª. Ministra.
Problemas estruturais, sem dúvida, alheios à sua vontade, mas remanescentes (ia a dizer crónicos) do MS.
Assim:
a) o pagamento das remunerações estabelecidas no regime jurídico das USF que segundo o SIM não está a ser cumprida;
b) os incentivos extensivos a todos os profissionais – médicos, enfermeiros e funcionários administrativos, serão, segundo revelou a ministra, "diferenciados".
c) O SEP não aceita esta diferenciação e ameaça frontalmemnte as USF's com o abandono dos enfermeiros.
De resto, depois de ouvir o Dr. Eduardo Barroso falar sobre incentivos, sobre valores dos mesmos, sobre ser juiz em causa própria, etc, esta questão dos legados, dos óbulos, das oferendas, corre o risco de vir a incendiar as instituições de Saúde.
Em alguns HH's do País, as questões relativas à audição do Dr. Eduardo Barroso na CP da saúde da AR, já começaram a fazer mossa... não tinham passado 24 horas, alguns CA estariam a ser confrontados com sérios problemas.
Agora, nas USF's, onde parece que o regime jurídico aprovado não está a ser aplicado, fala-se de incentivos e lança-se a confusão.
Vamos desenhar uma caricatura:
o processo remuneratório dos profissionais da saúde consta de um ordenado-base que obriga a por o dedo no indentificador biométrico à entrada e à saída. E acaba aqui o seu compromisso.
Tudo o que bulirem a partir daí teremos de ver se está ou não incluído nos regimes de incentivos, compensações, óbulos, prebendas.
Se não, vai haver problema.
O problema são os vencimentos base. Em Portugal sempre gostamos da política de abonos. Gostamos de ser abonados, de ter suplementos de ordenados, ninguém nos tira isto da cabeça. E os incentivos poderão ser as "novas horas extraordinárias" da Saúde.
Eduardo Barroso, na CP de Saúde da AR disse que não era um "mercenário" da Medicina. Ele de facto não recebe incentivos. Ele recebe prebendas (10 intervenções/ano é isso que significa).
Mas o Dr. Barroso não falou em mercenários, por acaso.
Citou os mercenários, porque não havendo possibilidades de avaliar a qualidade do trabalho produzido nos diferentes sectores da Saúde, poderemos estar a caminhar para constituirmos um batalhão de legionários, impressionantes em ordem unida, ultradisciplinados, cujos feitos se contabilizam pelos despojos.
Todavia, sem pátria, como o dinheiro.
De onde podemos concluir que para além de uma boa comunicação, suave, apaziguadora, doce, algumas nuvens ensombram a primeira "passeata" da Srª. Ministra.
Problemas estruturais, sem dúvida, alheios à sua vontade, mas remanescentes (ia a dizer crónicos) do MS.
É-pá
Etiquetas: E-Pá
2 Comments:
Incentivos...
Um dos membros da CATPRU tendo na sua equipa e no seu hospital três níveis de desempenho no atendimento em consulta de urgência (falsas urências?)- baixo, médio e alto - propôs como forma de incentivar os médicos que, por cada consulta adicional, a cada médico fôsse pago um X. Assim, tanto o médico com uma anormalmente baixa produtividade como o de média e alta produtividades passariam a ganhar mais para trabalhar mais. E o incentivo - por doente observado - era igual para todos.
Ou seja: o profissional que nem sequer produzia o mínimo exigìvel, passaria a ter incentivo independentemente desse mínimo (média pessoal de utentes observados).
Questionado se não devia ser fixado um número médio de doentes observados (dito normal para um médico diligente) mínimo a partir do qual se daria o incentivo, foi-lhe pedida uma proposta. Que se saiba a proposta nunca foi apresentada. Porquê?
Isto pode levar a pensar que os "responsáveis" muitas vezes não são capazes de exigir a colegas mínimos de produtividade (no caso havia profissionais que nem o ordenado base - acrescido dos suplementos de urgência - justificavam). Será porque os próprios "dirigentes/chefes" nem sempre são bons exemplos a seguir?
Durante uma eternidade - quase todo o tempo - foi passada a mensagem de que o fecho das Urgências não era o problema. O problema era a falta de comunicação. Como se os casos cómico-trágicos que foram conhecidos tivessem a ver com "comunicação"?!
Ou seja, fomos solicitados a pensar que, como diz o ditado: "todo o burro come palha, é preciso é saber-lha dar!
Desenganem-se os que assim pensam. O Povo não é burro e, portanto, quando sentir que continua a ser enganado e desrespeitado nos seus direitos, por mais comunicação e simpatia que possa ter a nova Ministra da Saúde, não deixará de usar do seu "direito á indignação". E voltará a manifestar-se.
O Governo que se cuide.
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