quarta-feira, março 12

Reformas, stop


À semelhança do que acontece com a reforma da rede de urgências
O Ministério da Administração Interna (MAI) suspendeu o encerramento de 110 postos da GNR em todo o país. A medida devia ter sido iniciada em Janeiro, mas foi abandonada depois de algumas das principais estruturas associativas da Guarda se terem manifestado contra. Para o Governo, esta foi uma hipótese de travar uma onda de impopularidade que começava a aumentar entre os militares, já descontentes com a reestruturação nos serviços de saúde, a qual deixou de fora os respectivos familiares. link

4 Comments:

Blogger tambemquero said...

O significado laboral desta “manif” foi pois incompreensível para a população em geral. O mesmo não se pode dizer do significado político. Esta “manif” estava escrita no destino desde que Sócrates dispensou Correia de Campos. O país percebeu a mensagem: se existirem muitos protestos, o ministro cai. Portanto, era óbvio que os professores, que são uma corporação organizada, iam fazer o teste. Ora vamos lá a ver se a ministra resiste, era essa a mensagem da “manif”. Fazer pressão sobre o elo mais fraco é sempre uma boa estratégia. Eles não desciam a Avenida por causa das avaliações, mas sim para despachar a ministra. Ainda não conseguiram, mas vão continuar a tentar.
link
Domingos Amaral, DE 12.03.08

1:39 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Este govermo está tentado a transformar-se num "vendedor de ilusões"...
foi assim que um dos musicais com maior suessso na Broadway, nos anos 60, deixou os palcos e transformou-se num popular num filme:
"The Music Man"

De maneira que daqui até ao final de 2009 ...o Homem só nos vai dar música...

Quer seja na GNR, na Justiça, na Saúde, na PSP, nos Professotres, ...
Há esquecia-me da reforma da administração pública que vai dar raia "de criar bicho"...

Em minha oponião, no último sábado bateu-se no fundo.
Cavaco, pelo que vimos no caso da Saúde, está muito atento à rua. Há anos, pela ninharia da ponte sobre o Tejo, meteu água por todos os lados...

Claro que vão aparecer os heróis de pacotilha, a fazer e a acontecer, sem medo de ninguém, etc...
Venham eles...! Quantos são?

1:59 da tarde  
Blogger tambemquero said...

PS fala em “esquizofrenia dos recuos"

Quando se faz a avaliação da actuação do Governo

A Comissão Política Nacional do PS reuniu, ontem à noite, para fazer a análise a três anos de governação socialista.
No final, o porta-voz do PS, Vitalino Canas, considerou existir "uma esquizofrenia dos recuos", quando questionado sobre a eventualidade de o Governo fazer cedências depois de ter sido confrontado com uma manifestação de protesto de cerca de cem mil professores.

"Se há flexibilidade fala-se em recuos, se não há [flexibilidade], então [o Governo] é arrogante e autoritário. Devemos ultrapassar essa esquizofrenia", declarou o porta-voz do PS.

Segundo Vitalino Canas, "quem esteve atento" às posições assumidas pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, "sabe que a avaliação é para ser aplicada com flexibilidade e em dois anos".

"Este ano apenas cerca de sete mil professores vão ser avaliados", declarou, e o modelo de avaliação dos docentes "será afinado à medida que for progredindo".

O porta-voz do PS declarou também que a direcção do partido "soube ler" as consequências políticas da manifestação de professores do passado sábado, mas frisou: "em democracia não se governa de acordo com os resultados das manifestações, mesmo que nelas se revelem interesses legítimos".

Vitalino Canas disse ainda que "todos os objectivos a que o PS e o Governo se propuseram foram alcançados”, nomeadamente a consolidação das contas públicas ou a criação de novos empregos, "94 mil nestes últimos três anos".

Sobre o que correu mal, o porta-voz socialista desdramatizou. "Quando se fazem balanços é, certamente, para realçar aquilo que se fez bem. E, foram tantas as coisas que fizemos bem, que não temos de perder tempo com o que fizermos mal", sublinhou.
JN 12.03.08

2:10 da tarde  
Blogger tambemquero said...

A degradação dos serviços prestados pelo regime de Assistência na Doença dos Militares (ADM) das Forças Armadas está na origem de um novo encontro de protesto, agendado para o próximo dia 18 na Casa do Alentejo, em Lisboa.

O novo protesto é organizado pela mesma Comissão de Militares (COMIL) que realizou os dois últimos "passeios de descontentamento" na baixa de Lisboa, um em Novembro de 2006 e o último - chamado Encontro pela Justiça e pela Lei - em Novembro passado, cuja adesão, ao contrário da anterior, redundou num relativo fracasso face ao que eram as expectativas dos organizadores. O objectivo da acção da próxima semana, que vai ser explicado hoje em conferência de imprensa junto ao Hospital Militar Principal (na Estrela, em Lisboa), é "protestar contra a situação da saúde dos militares e suas famílias, cuja degradação se acentuou significativamente nos últimos meses", informou o porta-voz da COMIL, comandante Fernandes Torres, num comunicado enviado às redacções. A situação é vista como grave entre os reformados, que viram aumentar significativamente as suas despesas de saúde com as alterações feitas pelo Executivo nessa área. Recorde-se que os subsistemas de ADM de cada ramo foram integrados num único, gerido pelo Instituto de Acção Social das Forças Armadas.

Para a COMIL, "o objectivo do Governo é claro: degradar de tal forma o sistema de saúde [militar] que uma eventual extinção e passagem para a ADSE seriam vistas pelos militares e suas famílias como um alívio."

Os "inaceitáveis atrasos no pagamento das comparticipações" com a compra de medicamentos, ou a impossibilidade de muitos dos militares não poderem descontar este ano, em sede de IRS, grande parte das despesas de saúde feitas em 2007, são razões apontadas para justificar o protesto. "A degradação dos serviços prestados pela ADM, a sua incapacidade em assegurar uma igualdade de tratamento com o resto da população no respeitante aos descontos das despesas de saúde em sede de IRS, os inaceitáveis atrasos no pagamento das comparticipações, foram o resultado da desarticulação deliberada do antigo sistema de saúde dos militares que, apesar de um funcionamento algo deficiente, vinha assegurando os cuidados de saúde dos militares e suas famílias com alguma dignidade", referiram os organizadores do protesto.

A COMIL disparou também para dentro das Forças Armadas: "Infelizmente, alguns sectores no interior da instituição militar que ao longo dos tempos se têm destacado na defesa das posições governamentais, já nos vêm falar na passagem para a ADSE, como sendo benéfica para a família militar. Apontam soluções individuais, tais como a subscrição de seguros, que, além de não resolverem o problema (não há seguros depois dos 64 anos), o encaminham para os privados (...). Não podemos aceitar essa possibilidade".
JN 12.03.08

2:15 da tarde  

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