Do it !
That's the Problem!
«A manutenção do modelo de gestão clínica e construção nos concursos públicos para os hospitais de Cascais, Braga, Vila Franca de Xira e Loures deverá poupar ao Estado quase 800 milhões de euros. link
De acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde, o Estado gastaria 2.926 milhões de euros se construísse e gerisse estes hospitais, mas os privados que foram aos concursos públicos públicos garantem que conseguem fazer o mesmo por 2.149 milhões. »
MB, DE, 03.04.08
De acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde, o Estado gastaria 2.926 milhões de euros se construísse e gerisse estes hospitais, mas os privados que foram aos concursos públicos públicos garantem que conseguem fazer o mesmo por 2.149 milhões. »
MB, DE, 03.04.08
O texto de MB, merece os seguintes comentários:
a)- I Hope So.
b)- Publicidade, actividade profissional dedicada à difusão pública de ideias associadas a empresas, produtos ou serviços, especificamente, Propaganda comercial . Wikipédia
c)- Os custos administrativos com a gestão na vigilância de um contrato [com um privado] são enormes. O Estado não só tem dificuldades em fazer o contrato para a gestão privada do hospital, como ainda tem problemas em vigiar o cumprimento de todos os pormenores estipulados nesse contrato".
Entre a gestão pública e privada dos hospitais "há uma importante diferença nos interesses: ambos são legítimos, mas um defende os interesses públicos e outro defende os interesses privados". A partir de 2009, "todos os utentes do Hospital Amadora-Sintra saberão que a gestão será regida pelo interesse público". José Sócrates, AR, 19.03.08
Entre a gestão pública e privada dos hospitais "há uma importante diferença nos interesses: ambos são legítimos, mas um defende os interesses públicos e outro defende os interesses privados". A partir de 2009, "todos os utentes do Hospital Amadora-Sintra saberão que a gestão será regida pelo interesse público". José Sócrates, AR, 19.03.08
d) - Infelizmente, o mesmo não poderão dizer os utentes dos Hospitais de Cascais, Braga, Loures e Vila Franca.
e)- Quanto vale a defesa do interesse público?
hospitaisepe
Etiquetas: hospitaisepe
4 Comments:
JUST DO IT
or
STOP AND GO
A mistura ( a caldeirada) de contas entre a construção e a gestão de Hospitais, não é um acaso da divina providência.
É que os grupos privados que não têm experiência nem de uma nem de outra, o Estado por sua parte é o que conhecemos. Não sabe construir, apreendeu a gerir - principalmente na era pós-Guterrez - pelo a abertura de uma janela de negócio conjugada, é uma novo jardim da Janelas Verdes , sobranceiro ao Tejo.
Todavia, em pequenas unidades como o Centro de Reabilitação do Sul (S. Brás de Alportel), foi suficiente para verificar as dificuldades e a inexperiências quer das ARS quer dos Grupos Privados.
Na grande e pesada construção civil, penso que o Estado, no campo das Obras Públicas, quer seja em HH's, quer seja em Expo's, quer seja em Casa da Música etc, tem um extenso e complexo currículo pejada neo liberalismos, subsidiários do livre custo, recorrências e polémicas pelo será uma atitude prudente alienar a sua execução directa, ou por empreitada, da construção do espaço físico, a terceiros.
Na prática, neste País, à sombra deste modelo no temos uma das maiores e mais desastrosas experiências de "derrapagens orçamentais". Esta é, de facto, a grande lição que podemos tirar, a inevitável experiência a colher, da participação do sector privado na construção de edifícios públicos.
Ninguém parece que esclarecer se os propalados “custos públicos comparados” são passíveis das mesmas distorções que os vulgares concursos para obras públicas.
Se me é permitido recordar :
“No concurso de adjudicação do novo Hospital Universitário de Braga PPP, o consórcio Escala Braga, formado pela José de Mello Saúde (JMS), Somague e Edifer, apresentou uma proposta inicial de 1.019 milhões de euros, 14.1% abaixo do Custo Público Comparável (CPC) de 1.186 milhões de euros. link Na 2.ª fase do concurso (negociação) o consórcio Escala Braga baixou aquele valor para 794 milhões de euros (menos 225 milhões, ou seja, 22% abaixo do CPC), conseguindo, assim, bater o melhor preço apresentado pelo outro concorrente, o consórcio liderado pela Espírito Santo Saúde (843 milhões de euros)”.
Isto, para quem costuma viajar pelo Norte de África à procura de aventura (e problemas) é um mercado berbere.
Alias, num artigo do Jornal de negócios de 3 de Abril 2008, consegui ler: o custo público comparável (quanto custaria ao Estado construir e gerir os hospitais por sua conta) é de 2,93 mil milhões de euros, mas as melhores propostas apresentadas pelos grupos privados de saúde ficaram em média 27% abaixo desse valor….
Fico espantado quando se projectam em Saúde custos de gestão com um horizonte temporal projectável para 10 anos (apesar de renegociáveis todos os anos….). Outra forma de alterações e “deslizamentos” orçamentais. De certo modo, o H. Amador-Sintra, ensinou-nos isso.
Neste momento estou de acordo com a atitude avisada da Engº. Isabel Vaz diz que:
“O Estado deve dar-se por satisfeito por haver grupos concorrentes interessados e persistentes em construir hospitais públicos.”
…construir! – tudo bem!
Sócrates devia agradecer-lhe uma vez que esse facto possibilita o lançamento de novos empreendimentos públicos (antes de 2009).
Por outro lado, humildemente, devem continuar a pensar que este interesses do Grupo BES, do Grupo Mello, da CGD- HPP, GPS, etc. no “mercado da saúde” é uma, moderna sedutora e apelativa, vertente filantrópica da actividade bancária…. Trouxe ao fechado mundo financeiro, que vive nas citys, o charme de uma actividade social. Quase de mecenato (se não existissem esses custos públicos comparados).
Sabe, Engª Isabel, tornamo-nos uns mal agradecidos.
Mas para o Sr. Salvador Mello somos uns ingratos, uns pulhas. Ao fim de 30 anos de gestão pública com altos e baixos – quando essa gestão se encontra optimizada – cometemos o despautério de dispensar o seu contributo, o seu conhecimento e as suas performances em gestão hospitalar…
Amuado tirou férias na Ásia. Fez bem! O Tribunal de Contas terá tempo e oportunidade de estudar o cumprimento deste tão referenciado contracto de gestão privada para uma entidade pública, arredio em apresentar contas públicas.
Dizia Sartre: “Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem.”
Em Saúde não será bem assim!
Os pobres morrem mesmo antes das guerras. Pouco tem a perder, as guerras continuam a ser negócios dos outros….
Em dez anos de gestão clínica privada destes pobres hospitais do SNS, muita coisa irá acontecer:
a)- quantos conflitos insanáveis?
b) quantos tribunais arbitrais?
c)-quantos serviços de urgência vão entrar em colapso?
d) quantos doentes vão ser "desviados" para outros hospitais da rede?
e)- quantos trabalhadores do estado vão ser lançados na mobilidade?
f)-quantos orçamentos irão derrapar?
g) - quanto irão pagar a mais os contribuintes ?
h)- quantos consórcios adjudicatários passarão a ser liderados por empresas estrangeiras?
Nos próximos meses, já vai dar para confirmarmos como vai evoluir este imbróglio.
Hoje, durante a tarde, assaltou-me o espirito um dantesco pesadelo.
Só andamos a pensar no Sector da Saúde e esquecemos outras áreas:
- SERÁ QUE O NOVO AEROPORTO DE LISBOA SERÁ UMA PPP?
- E OS SERVIÇOS DE HANDLING E LOGÍSTICO INTEGRAM ESSA PARCERIA?
À atenção da Ministra da Saúde!
O Estado não tira o melhor partido das PPP por ineficiente caracterização e ineficaz controlo do risco
O Estado tem problemas no planeamento e na contratação...
As modificações contratuais, as alterações legislativas, alterações de projecto, não obtenção prévia de declarações de impacte ambiental. São muitos as razões que têm permitido às concessionárias avançar com pedidos de reequilíbrio financeiro, logo nos primeiros anos da entrada em vigor da concessão, e que são, segundo o TC, umas das provas de que o contrato não obedeceu à estabilidade necessária e desejável. As Scut são o melhor exemplo. "Por incorporarem desde o início uma forte vertente política, não podiam deixar de ter associada uma acentuada probabilidade de instabilidade contratual, o que se desvia dos princípios económicos subjacentes à contratação em PPP. Foi, assim, admitida, desde início, uma contratação em PPP, com efeitos financeiros e outros, em grande parte, indeterminados, o que, do ponto vista técnico, é pouco ortodoxo", diz o TC.
... não sabe acompanhar e monitorizar...
A multiplicidade de agentes que interferem no ciclo de vida das PPP tem trazido ineficiências, ineficácias e diluição de responsabilidade, alerta o TC. A Estradas de Portugal é a entidade que tem maior intervenção; porém, revela ter uma estrutura desadequada - a começar pela sua Área de Coordenação de Concessões que não tem um único jurista. O Estado e a EP reconhecem a fuga de quadros para o sector privado e o recurso ao outsourcing é uma constante. Só no período entre 2006 e até Maio de 2007, os custos com o outsourcing atingiam já cerca de um milhão de euros respeitantes à assessoria jurídico-financeira".
O TC alertou para uma "acentuada assimetria de informação entre concedente e concessionárias, desfavorável para o Estado", bem como para a "ausência de um sistema integrado e eficaz de reporte público". E constatou que até Outubro de 2007 não havia sido aplicada qualquer multa por incumprimento contratual, "o que revela bem a fraqueza da posição negocial do Estado".
... e não resolve os problemas da melhor maneira
O historial demonstra que os montantes reclamados pelas concessionárias estão, de início, substancialmente inflacionados - a relação entre montantes pedidos e aceites chega a ser de 5 para 1. Muitas vezes, o Estado opta por prolongar o prazo de concessão, "não por motivos de serviço público, mas por ter sido concebida e concretizada uma contratação inicial deficiente, cujos efeitos financeiros negativos não se pretende orçamentar ou pagar".
JP 05.04.08
Depois não digam que o TC não avisou e não foi bonzinho!
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