Luís Pisco, entrevista ao JMF
(...) E a tutela?
Desde o início do processo, que o anterior ministro da Saúde, Prof. Correia de Campos confiou em nós, dando-nos um apoio incondicional. Também temos mantido uma boa colaboração com as Administrações Regionais de Saúde (ARS). Já quanto à restante estrutura central do Ministério, o mínimo que se pode dizer é que não se envolveu da mesma forma inequívoca que o Ministro.link
Ou seja, se não fosse o ministro…
Se não fosse o ministro a impor a sua vontade e a remar contra a maré, as coisas não teriam alcançado a velocidade que alcançaram, apesar das críticas de lentidão que nos fazem.
O ministro Correia de Campos participou, inclusivamente, em algumas reuniões com profissionais…
A meu ver, o Ministro até “correu alguns riscos” que não é muito habitual que um governante corra. Temos que reconhecer a coragem com que deu a cara em reuniões de 700 profissionais, absolutamente sem rede, em que tudo poderia ter acontecido… Correia de Campos foi ao terreno, liderou reuniões com as ARS e Sub-regiões. Sem esse apoio, muito claro e inequívoco, a MCSP não teria tido condições para fazer o seu trabalho. (...)
Desde o início do processo, que o anterior ministro da Saúde, Prof. Correia de Campos confiou em nós, dando-nos um apoio incondicional. Também temos mantido uma boa colaboração com as Administrações Regionais de Saúde (ARS). Já quanto à restante estrutura central do Ministério, o mínimo que se pode dizer é que não se envolveu da mesma forma inequívoca que o Ministro.link
Ou seja, se não fosse o ministro…
Se não fosse o ministro a impor a sua vontade e a remar contra a maré, as coisas não teriam alcançado a velocidade que alcançaram, apesar das críticas de lentidão que nos fazem.
O ministro Correia de Campos participou, inclusivamente, em algumas reuniões com profissionais…
A meu ver, o Ministro até “correu alguns riscos” que não é muito habitual que um governante corra. Temos que reconhecer a coragem com que deu a cara em reuniões de 700 profissionais, absolutamente sem rede, em que tudo poderia ter acontecido… Correia de Campos foi ao terreno, liderou reuniões com as ARS e Sub-regiões. Sem esse apoio, muito claro e inequívoco, a MCSP não teria tido condições para fazer o seu trabalho. (...)
Desacordo esse que se prende com a questão dos incentivos. Esse é um ponto em que o SIM insiste…
A questão dos incentivos está associada à do pagamento pela qualidade do desempenho. Enquanto que no caso dos médicos já dispomos de oito anos de experiência nesse regime de retribuição e uma ferramenta fundamental para o poder fazer, as normas da Direcção-Geral da Saúde (DGS), para os enfermeiros e administrativos isso não existe. Não quer dizer que, se no futuro, esses critérios existirem, não possamos vir a ter também um sistema de retribuição semelhante para essas duas classes profissionais.Repare que esta não é tanto uma questão política, mas antes uma questão técnica. O trabalho dos enfermeiros e administrativos não pode ser avaliado da mesma forma que o dos médicos.Ora o que aconteceu foi que o SIM – quem tem um excelente advogado – pegou neste “pormenor” jurídico e está a fazer aquilo que lhe compete. No entanto, é bom que se refira, que a MCSP não está nem a enganar, nem a roubar ninguém!
Entrevista de Luís Pisco ao JMF
Entrevista de Luís Pisco ao JMF
Etiquetas: Entrevistas
14 Comments:
O Sr. Dr. Luis Pisco está a faltar á verdade...e como coordenador da estrutura que está incumbida de ser provedora dos Médicos de Familia, o que lhes fez para obter a pacificação dos enfermeiros...quiçá em conivência com um sindicato de enfermeiros, o SEP, que é o 2º maior pagante para a CGTP ( e é ver quem na MCSP tem ligações politicopartidárias encapotadas)? Ao negar aos médicos a possibilidade de usufruir de incentivos financeiros está a sonegar-lhes proventos. O mesmo não fez o tal sindicato dos médicos - SIM quando deu o seu acordo a um Decreto Lei, o DL das USFs que separa em capítulos diferentes remunerações e incentivos. E que diz, preto no branco que os incentivos são para todos os profissionais. Pois reclama...parece que não é só ter um bom advogado tb tem a razão da verdade...Mais: como é que se explica que nestes tais incentivos os enfermeiros vão ganhar mais, mas muito mais, do que os administrativos? Oh Sr. dr. Luis Pisco: não tente comer-nos por lorpas!
Não havia incentivos finançeiros para os enfermeiros e pessoal administrativo das USF. Acabou por não haver para o pessoal médico. Se for assim que incentivos institucionais poderão incentivar osmédicos de família?
Este projecto, como tudo em Portugal, há-de encalhar nalguma coisa. Com a reconhecida falta de médicos de família...Estão a pedí-las...
As USF’s vivem na antecâmara do Olimpo onde habitualmente confraternizam os deuses. Portanto, caí, um pouco, na especulação filosófica.
O SNS está cada vez mais filosófico...
Tudo nasceu bem. De "baixo para cima".
Ergueu-se!
Em esquemas de auto-organização e governação…
Até que um dia – a inevitável expansão horizontal – levantará os primeiros problemas.
Longe de termos uma estrutura suficiente, estruturada, ou sequer numericamente significativa para responder aos desafios dos Cuidados Primários, começaram os problemas.
Não é difícil adivinhar com que – com o dinheiro (os ditos incentivos).
Não vale a pena olhar para o lado e pensar que tudo continuará a correr bem.
Perde-se a equipa enquanto estrutura orgânica e adquire-se o somatório de múltiplos interesses sindicais e outros.
O Dr. Luís Pisco não pode olhar para o lado e fazer de conta que as questões levantadas pelo Sindicato Independente dos Médicos e andar a correr a resolver os problemas dos SEF.
A baralhada chegou ao Olimpo….
Agora, vem os ACS.
Bem, poderá ser o enterro do Dr. Pisco.
A complacência e o apoio do Dr. Correia de Campos nesta questão das USF’s, em que se exibe ad nauseaum durante toda a entrevista, levantam a suposição de extensos acordos prévios.
Um deles: o fim das sub-regiões. A proliferação das ACS, onde os AH’s vão fazer a sua entrada triunfal como agentes de contratualização. A partidarização, praticamente atomizada, de uma enorme estrutura intermédia da administração da Saúde.
Política de saúde ma pouco “à papo seco”. Se acaso houver regionalização mantém-se este esquema?
Coloco aqui as minhas mais profundas reticencias.
Finalmente, o que me impressionou na entrevista foi a extrema dependência, a intensa gravitação, deste projecto do apoio pessoal de Correia de Campos.
Com outro ministro – embora defendendo a continuidade do projecto – vão surgir os obstáculos.
Porque, mesmo pertencendo ao mesmo patido, mesmo tendo aceite participar numa onda política "soft", pouco conflituosa, abrangente, todos temos:
Identidade(s),
Pertença(s)
Representaçõe(s)
interpretações
Discurso(s),
subjectividade(s)
alteridade(s).
LinguagensCultura(is) em (inter)acção.
UM OUTRO SER, UM OUTRO MUNDO.
É incrível que ainda digam que enfermeiros e administrativos foram beneficiados...
Comparem as remunerações, depois acrescentem-lhe os incentivos financeiros e verão que continua a haver uma discrepância brutal entre os incentivos totais, e tenham o exercício mental de comparar o rendimento máximo que cada classe profissional pode ter e depois falem em injustiças ou em vitórias de sindicatos. Como poderiam ver até, os enfermeiros foram os profissionais que menos ganharam ao entrar para as USF, facto por demais já conhecido, estando isso patente numa análise feita por um grupo de trabalho da associação portuguesa de economia da saúde.
Podem lê-lo aqui se o desconhecerem:
http://www.mcsp.min-saude.pt/NR/rdonlyres/E60BD62C-B64F-4BDF-986B-ECDEE9AC32DB/6616/Relat%C3%B3rioAPES2.pdf
O JN publicou há dias um trabalho sobre o Hospital da Anadia que passou mais ou menos desapercebido. A agenda mediática marca outras prioridades e o Hospital José Luciano de Castro já não é notícia. Mas penso que vale a pena transcrever alguns parágrafos do JN:
"Se é para ter uma urgência como antes, sem exames a partir das 22 horas, nem cirurgia, e com os médicos que lá havia, deixem estar a consulta aberta, que temos bons médicos até à meia noite!"
Lançada assim, no meio da rua, a frase dificilmente identifica o sítio, Anadia o concelho onde o encerramento das urgências motivou mais protestos e que terá ajudado a fazer cair o ex-ministro da Saúde.
Minutos antes, a mesma pessoa perguntava ao líder do Movimento "Utentes pela Saúde" qual o calendário dos protestos. A população diz-se "melhor" atendida mas a luta continua por uma "porta aberta". "Dêem-lhe o nome que quiserem", admite José Paixão, o sindicalista e dirigente do PCP que tem dado a cara à reivindicação, numa guerra que assume também ser política.
As próximas eleições autárquicas são em 2009 e o presidente da autarquia, o social-democrata Litério Marques, foi intermitente nos protestos pela saúde no concelho.
E o que tem, hoje, Anadia? O que tinha antes? Foi isso que o JN se propôs analisar, decorridos dois meses e meio sobre o encerramento da urgência e a sua substituição por uma "consulta aberta" a cargo do centro de saúde local. O que tem, olhando friamente os números, é a mesma coisa, em melhor no atendimento, garantem os utentes com quem falámos.
"A consulta aberta está a mandar menos gente para Coimbra do que a urgência antiga", garante-nos fonte ligada à saúde concelhia. Prefere, como todos os profissionais de saúde, calar o nome.
É, desde logo, muito triste ler que os profissionais de saúde, ouvidos pela repórter, preferem calar o nome. Que razões determinam, neste caso, a auto censura dos profissionais? Quem lhes mete medo? Eis uma questão que seria interessante esclarecer.
Relativamente à Urgência do Hospital da Anadia havia uma enorme discrepância entre a qualidade da infra-estrutura e os serviços prestados. Paulo Portas fez questão de mostrar às televisões as boas instalações físicas, para atacar o Governo por não as utilizar.
Só que pôs o problema ao contrário. O que está errado, neste caso, é o investimento realizado naquele SU. Tanto quanto se percebe, ter-se-á tratado duma decisão casuística sem qualquer respaldo num plano estratégico de desenvolvimento do Hospital, pensado como elemento da rede hospitalar.
Se esse plano existe, e foi aprovado, deveria ser conhecido, para se tentar perceber as determinantes dessa decisão.
A Senhora Ministra tem aqui oportunidade para avaliar a forma como se está - ou não está - a desenvolver a função planeamento no Ministério da Saúde.
Para já, para já, vão ganhando um grupo de profissionais de Saúde que, para fazerem isto ou aquilo, têm incentivos legalmentre consagrados...
Xavier: Haverá estudos sobre os benefícios dos utentes directamente derivados de incentivos?
Foi alguma vez possível aperceber-se de alguma melhoria de qualidade de cuidados e melhores resultados?
Com os mesmos profissionais, com as mesmas tecnologias, com as mesmas barreiras, com os mesmos sistemas operativos, como os mesmos ou modernos condicionalismos, vai haver muita "qualidade desapercebida".
O problema é a dimensão do que pode ficar "desapercebido"?
Isto é, os incentivos podem ser autênticos icebergs...
O trabalho dos missionários, apesar de esforçado, peca por ser demasiado centrado nos profissionais, sobretudo nos médicos, e pouco nas verdadeiras necessidades dos cidadãos, enquanto utentes e contribuintes. E chutar a responsabilidade para outros, quando se tem uma postura de "nós é que sabemos, porque nós é que somos os experts", não me parece muito honesto.Primeiro erro crasso da Missão foi definir as USF enquanto equipas multiprofissionais de médicos, enfermeiros e administrativos. Como nenhuma classe profissional quer ficar em minoria estão a constituir-se USF com o mesmo n.º de médicos, de enfermeiros e de administrativos. Alguém tem noção do que isto representa em termos de gestão de recursos humanos? No resto do Centro de Saúde a situação normal é um adminitrativo e um enfermeiro por cada médico (havendo muitas situações ainda piores...). A generalização desta regra de paridade vai exigir a contratação de um elevado número de enfermeiros e administrativos. É isto que se pretende? Ou como me disse um médico integrante de uma USF: "Se isto fosse o modelo C (cooperativa de profissionais, por exemplo), só queira aqui 2 administrativos e 2 enfermeiros! Não precisava de mais, mas como não sou eu a pagar são 5 de cada!" Segundo erro crasso da Missão: o voluntarismo de todo o processo, sobretudo no que diz respeito ao processo de contratualização com as USF, com demasiada interferência da Missão no trabalho dos Departamentos de Contratualização. Uma trapalhada do principio ao fim, em que só para dar um exemplo elucidativo, alguns do indicadores que constitutem o tronco comum da avaliação para todas as USF, ao fim de uma ano e meio ainda não são passiveis de monitorização! Outro exemplo: alguns indicadores deste mesmo tronco comum, são calculados de modo diferente em cada Região de Saúde. Terceiro erro crasso deste processo: as instalações e equipamentos das USF quando comparadas com o que existe no resto dos Centros de Saúde. Neste caso, verificam-se coisas simplesmente obscenas e que deviam fazer corar de vergonha os vários responsáveis. Por exemplo, enquanto as USF escolhem todo o material do bom e do melhor (chegando a gastar-se dinheiro em secretárias e cadeiras que dava para equipar um Centro de Saúde), no mesmo Centro de Saúde, existem pessoas que não têm pc, impressoras e onde cadeiras para os utentes estão partidas ou não existem. Para isto, segundo os responsáveis, não há dinheiro!na verdade, montam-se verdadeiras clínicas privadas dentro dos Centros de Saúde, passando, claramente, a existir utentes com um atendimento de primeira e outros, ali ao lado, a serem recebidos em condições sofríveis. Quarto erro crasso da Missão, que nos vai custar muito caro a todos: o diploma que regula os incentivos para os profissionais das USF é um verdadeiro atentado ao bolso dos contribuintes! Só para termos uma ideia, um médico passa a ganhar cerca de 3.500 euros de ordenado e depois todo o seu trabalho é pago à parte. Consultas de Saúde Materna, Saúde infantil, Planeamento Familiar, Idosos? Tudo pago! Domicilios? Tudo pago a 30 euros cada, com um limite de 600 euros mensais(suspeito que agora os domicilios vão começar a aparecer...)!Orientadores de internos? Claro, a 540 euros por mês cada interno (quando a malta dos hospitais exigir isto vai ser bonito...)! Coordenador da USF? Claro que sim, por 920 euros por mês, isto é, uma vez e meia o ordenado base do administrativo da USF - só para coordenar! Feitas as contas, e eu já as fiz por dever profisisonal, não vai andar longe dos 8 mil euros mensais. Nada mau. Em Espanha, com 40 horas semanais trabalhadas no duro, um médico de familia recebe cerca de 4.500 euros, tudo incluído. Mas isso são os espanhóis, que são pobres! Nós somos um país de ricos e, além disso, há que manter a dignidade profissional! Para tal, nada melhor do que ter um vencimento superior ao Presidente da República. Em suma, uma boa ideia muito mal operacionalizada e que se vai traduzir em custos muito elevados para o SNS e cuja generalização não é financeiramente sustentável. Então e não há ganhos para os utentes? Claro que há, sobretudo em termos de acesso - sobre a prática clínica tenho algumas dúvidas, dado que as pessoas são as mesmas. Mas não podiam ser obtidos através de uma melhor optimização dos recursos? Podiam e deviam - o contribuinte agradecia. Quanto aos ACS, para já direi apenas que é outra desgraça financeira pré-anunciada.
Caro é-pá!
Gerir é atingir objectivos através de pessoas (trabalhadores).
A forma como se remuneram as pessoas é muito importante para cumprimento dos objectivos traçados para a empresa.
Nos HHs um dos objectivos importantes é a melhoria contínua da qualidade. Estabelecer incentivos em função do cumprimento deste objectivo beneficiará, naturalmente, os utentes.
Um abraço.
Caro Brites,
Excelente!
Extremamente oportuno o texto do seu comentário. Um trabalho notável da jornalista do JN.
Que eu já havia lido e arquivado sem o ter trazido aqui à saudesa. Uma falha lamentável.
O cerne do questão rlativa ao H. de Anadia está aqui:
«O que está errado, neste caso, é o investimento realizado naquele SU. Tanto quanto se percebe, ter-se-á tratado duma decisão casuística sem qualquer respaldo num plano estratégico de desenvolvimento do Hospital, pensado como elemento da rede hospitalar.»
Muitos dos nossos colegas confundem boa gestão com a execução de investimentos estapafúrdios, sem nexo, só para dar nas vistas.
Em conversa com o semisericórdia, por mais de uma vez, abordámos este caso, no sentido em que é tratado no texto do JN.
Um abraço
A coisa complica-se.
O movimento das populações deu em atirar em tudo o que mexe!
«As comissões de utentes do Litoral Alentejano opuseram-se hoje à intenção do Governo de sediar em Alcácer do Sal um Agrupamento dos Centros de Saúde da região, alegando que o projecto «afasta» os serviços das populações
«Um simples reembolso referente a um transporte terá de ser resolvido em Alcácer do Sal em vez de ser tratado na localidade onde o utente reside».
A intenção de agrupar na mesma unidade os serviços «burocráticos» resultará num «afastamento dos serviços das populações» dos cinco concelhos da sub-região (Odemira, Sines, Santiago do Cacém, Grândola e Alcácer do Sal), «abrindo as portas aos privados».
As comissões preparam-se para contestar a medida através da colocação de cerca de 50 faixas nos principais pontos e distribuição de sete mil panfletos pelas populações do Litoral Alentejano.
As acções, que contam com o apoio financeiro das autarquias de Sines e Santiago do Cacém (CDU), vão desenvolver-se entre quinta-feira e sábado, prevendo-se para sexta-feira a distribuição de documentos junto às instalações do Hospital do Litoral Alentejano (HLA).
«Vamos manifestar-nos contra a instalação do Agrupamento em Alcácer, contra a privatização dos serviços de saúde e a falta de médicos e enfermeiros».
No Alentejo Litoral, as comissões manifestam-se ainda receosas quanto às implicações da instalação de um Serviço de Urgência Básica (SUB) em Alcácer do Sal, temendo que «acabem por ir buscar médicos e enfermeiros a outros centros de saúde da região».
«Afigura-se o encerramento de alguns serviços, como as extensões de saúde de S. Bartolomeu e S. Francisco da Serra (Santiago do Cacém), quando o que nós pedimos é a abertura e o reforço de outros».»
semanário o Sol, 02.04.08
Comentário enviado para o meu mail:
Olá boa tarde
Queria comentar , mas como não aceita anónimos e eu também não me quero expor, se o quiser publicar, omitindo o meu nome , agradeço.
“Tanta incompreensão nestes comentários. è típico dos portugueses a resistência à mudança. Ora porque se ganha muito, ou se ganha pouco, ora porque isto , ora por aquilo, entretanto também se vai criticando o status quo, mas quando aparecem as alternativas , aparecem as críticas, não para a melhoria do sistema, mas para a defesa de interesses materiais e corporativistas. Em todos os comentário s ninguém falou da nova forma de trabalhar, da nova forma de organizar a assistência, da humanização, de tudo aquilo que as USF PODEM E DEVEM TRAZER.
TENHO DITO, PORRA!”
Caro Xavier:
Completamente de acordo com a sua concepção de gestão...
O problema - não só da gestão como também das pessoas - levanta-se quando ficarmos na ignorância (ou na dúvida) de que o objectivos propostos podem não ser atingidos ou os esforços para aí chegarem terem consumido e esgotado a capacidade e as reservas técnicas e humanas.
Depois, surgem os atritos externos. Tenho os maiores receios sobre as ACS. Pode ser que seja uma injustificada reserva mental (....todos as temos).
Mas a existir chegamos à inviabilização do projecto.
Não é?
De qualquer modo, neste momento, começam a aparecer discretas fissuras - mas a atitude prudente é: esperar para ver!
Uma importante vitória da ministra da saúde
A ministra da Saúde assinou, esta quinta-feira, o acordo com sindicatos dos médicos, enfermeiros e Administração Publica que prevê incentivos para quem trabalha nas unidades de saúde familiares.
tsf 03.04.08
O(a) TENHO DITO PÔRRA aborda aqui um aspecto deveras curioso e que é revelador...penso eu de que...
Como é que médicos que não tinham consultas com hora marcada, que não tinham atendimento específico para Saúde Infantil e Saúde Materna, agora descobrem que isso existe quando integram uma USF? Como é que médicos muito pouco zelosos da sua assiduidade passam agora a ter disponibilidade para o seu cumprimento? Como é que médicos( e outros profissionais ) que não recebiam os doentes com um sorriso passam agora a fazê-lo? Porque é que brotam verbas para dotar gabinetes e salas de espera de aparelhos de climatização e mobiliario confortavel e acolhedor mas não em todos os CS independentemente do seu modelo organizativo? Porque é que nuns locais a informatização é um dado adquirido e noutro é uma miragem?
Será que é um dos milagres por intervenção do último Papa, um dos dois que falta ( parece que já há 1 atribuido) para ser aberto o processo da sua canonização e ser guindado aos altares?
Vitória da Senhora Ministra? Com apenas um dos sindicatos médicos, com apenas um dos sindicatos de enfermagem, com apenas uma das frentes sindicais da administração pública...será mesmo uma vitória? Ou será um mal menor?
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