sábado, maio 10

CTAPRU

A Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências (CTAPRU) pediu à ministra da Saúde a sua extinção, por considerar que estão cumpridos os objectivos. link

Exemplar. Até a sair de cena.

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2 Comments:

Blogger tonitosa said...

Diria que este é um pedido inédito. Certamente apanhou a própria Ministra da Saúde de surpresa!
Creio que os membros da CTAPRU não eram remunerados por essas funções e pode explicar-se , por aí, o seu desprendimento dos cargos.
Mas a sua decisão, como aliás transparece das declarações de LC, teve muito a ver com discordância do rumo que as coisas estão a levar. Mas esse rumo vinha já do tempo de CC e as críticas agora feitas de forma tão clara, bem podiam ter sido feitas há muito tempo. Por quê só agora?!
Será por discordância com afirmações recentes de Ana Jorge, sobre o encerramento (precipitado) das maternidades e de SU?

1:44 da manhã  
Blogger e-pá! said...

As esclarecidas, explicitas e recentes declarações da CTAPRU, sobre os erros que vinham sendo praticados por CC na re-estrtuturação da urgências, provocaram o auto-suicídio da anterior equipa ministerial.

Quando Luís Campos, membro da CTAPRU, esclareceu:

"A Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências (CTAPRU) pediu esta terça-feira à ministra da Saúde a sua extinção, por considerar que cumpriu os seus objectivos, apontando «problemas» na forma como esta reforma foi implementada.
«Houve problemas de comunicação na forma como a reforma foi explicada ao público e problemas na forma como foi implementada. Poderia ter havido algum cuidado ao nível da abertura de serviços de urgência antes do encerramento de outros. Isso era responsabilidade política e acabámos por sofrer com isso».

Mostrou:

1.) que alguém distanciou, nos momentos mais críticos, a CTAPRU do Minisitério, prescindindo arrogantemente da qualidade técnica e da isenção da dita Comissão, tão necessária à requalificação das urgências (nomeadamente dos SUB);

2.) fundamentou, de certo modo, a decisão política na arbitrariedade, e na prepotência, como foi visível no caso de S. Pedro do Sul.

3.) Hoje, sabemos que, para além do discurso de circunstância, não se cuidou com rigor e investimento, da retaguarda desta requalificação das urgências. Estou a referir-me à MCSP que levou o Ministro a promover com desmedido entusiasmo as USF's, quando por detrás existiam, desde Setembro/Outubro passados, problemas que se mostraram fracturantes (e comprometedores).

4.) O ministro sabia que, sem o apoio e a cobertura dos CSP, a requalificação das urgências tornava-se, no terreno, num projecto de vontades e não numa realidade.
Mais, apresentava o apressado fecho dos SAP's como um equivoco e num incontornável factor de descrédito para o SNS.

Enfim, havia muito lixo debaixo do tapete, escondido.

Mas houve, teve de haver, gente com responsabilidade política que, incitou o Ministro a avançar, e a "comprar" uma desastrosa guerra com o poder autárquico e com a ala esquerda do PS, bem como os outros partidos à Esquerda.
Essa gente onde está?
Continua no MS, regressou aos HH's em Comissão de Serviço, retomou funções na ENSP, ou actualmente vegeta à volta de Constantino Sakellarides?

A saída da CTAPRU de cena (exemplar), e a forma elegante como foi anunciada por Luís Campos, deixa caminho aberto a Ana Jorge para resolver a situação nos CSP e da requalificação dos SU?s que, como vemos diariamente nos media, continua a conhecer dias e situações, difíceis.

A alusão da Ministra de que não é só o nº. de partos /ano que determmina o fecho e abertura de Maternidades (referindo-se a Beja?), mostra que há vontade de resolver a situação com novas políticas, nomeadamente, de tomar em linha de conta uma política de saúde de proximidade. Fundamental para a estratégia de presença e afirmação do SNS, no terreno.

4:11 da manhã  

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