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Este pessoal ainda anda a ver o que lhe aconteceu
A ministra da Saúde, Ana Jorge, foi informada da confissão pública que o coordenador nacional da Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP), Luís Pisco, fez sobre a sua "incapacidade" em fazer avançar a reforma.
"Numa reunião geral da Missão, realizada no passado dia 7 de Abril, Luís Pisco não só declarou sentir-se incapaz de levar para a frente a tarefa da reconfiguração dos centros de saúde" como especificou, "por culpa própria", não ter "condições para ir ao encontro da implementação dos agrupamentos dos centros de saúde", lê-se nas cartas que os ex-responsáveis pela reforma enviaram a Ana Jorge, onde referem também que "ficou clara a divergência de fundo entre o coordenador e o resto da equipa". Estranham por isso que a ministra não tenha avaliado a importância das informações que lhe chegaram, optando por manter à frente da MCSP o coordenador que publicamente disse ser "incapaz". JP 08.05.08
A ministra da Saúde, Ana Jorge, foi informada da confissão pública que o coordenador nacional da Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP), Luís Pisco, fez sobre a sua "incapacidade" em fazer avançar a reforma.
"Numa reunião geral da Missão, realizada no passado dia 7 de Abril, Luís Pisco não só declarou sentir-se incapaz de levar para a frente a tarefa da reconfiguração dos centros de saúde" como especificou, "por culpa própria", não ter "condições para ir ao encontro da implementação dos agrupamentos dos centros de saúde", lê-se nas cartas que os ex-responsáveis pela reforma enviaram a Ana Jorge, onde referem também que "ficou clara a divergência de fundo entre o coordenador e o resto da equipa". Estranham por isso que a ministra não tenha avaliado a importância das informações que lhe chegaram, optando por manter à frente da MCSP o coordenador que publicamente disse ser "incapaz". JP 08.05.08
joaopedro
Etiquetas: joão pedro
6 Comments:
PROFISSIONAIS DAS TECNOLOGIAS DE SAÚDE DOS HOSPITAIS EPE ESTÃO MAIS DESMOTIVADOS.
Há "uma degradação do estado psicológico dos trabalhadores" dos hospitais-empresa, o que poderá provocar "a perda
de qualidade e humanismo"
A maior parte dos profissionais das tecnologias de saúde a exercer nos hospitais empresarializados acredita que, na generalidade dos casos, a sua situação piorou ou pelo menos não melhorou com esta nova modalidade de gestão, concluiu o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS), num estudo ontem divulgado.
Os resultados deste inquérito, a que responderam 10 por cento dos profissionais desta área a exercer no Serviço Nacional de Saúde (SNS), foram comparados com os de um estudo semelhante levado a cabo há quatro anos. As conclusões provam que nos hospitais-empresa (EPE) há "uma degradação do estado psicológico dos trabalhadores", o que poderá provocar "a perda de qualidade e humanismo" na relação com os utentes, defende o sindicato. A "reforma do SNS não está a atingir os seus objectivos", pelo menos a crer nas percepções subjectivas dos trabalhadores, reforça Almerindo Rego, presidente do SCTS. A reforma começou no final de 2002, com a constituição dos primeiros hospitais públicos com gestão empresarial.
O sindicato quis avaliar os efeitos destas mudanças em curso no SNS ao nível da prestação de cuidados de saúde e do estado psicológico dos profissionais, em Março de 2004, e agora decidiu repetir o estudo. As conclusões são "devastadoras", enfatiza Almerindo Rego. "Os hospitais-empresa perdem quando comparados com os hospitais e os centros de saúde do sector público administrativo (SPA)", afirma, sublinhando que de um total de 24 indicadores avaliados, só em três é que os EPE apresentam melhores resultados. "Há uma grande desmotivação e começa a sentir-se o alheamento das pessoas", diz. Um exemplo: se em 2004 a percentagem de inquiridos dos EPE para quem a motivação piorara ou estava igual ascendia a 49 por cento, neste ano subiu para 63 por cento. E só um por cento acha que melhorou. Os profissionais das tecnologias de saúde dizem ainda que a sua situação piorou ou está igual ao nível da autonomia profissional, da participação em projectos ou iniciativas de equipa e das facilidades de serviço para a formação contínua. A qualidade da relação com os superiores também se deteriorou, à semelhança das expectativas profissionais para o futuro.
Pelo contrário, no grupo dos trabalhadores dos centros de saúde e dos hospitais que permanecem no sector público administrativo, a situação melhorou, quando comparada com os resultados de há quatro anos. "A melhoria dos indicadores do sector público administrativo espantou-nos", admite Almerindo Rego, concluindo assim que "não é o estatuto jurídico dos serviços que determina a obtenção de melhores resultados". Nos EPE, concede, há uma melhoria a registar em três indicadores - sobretudo a quantidade e em menor escala a qualidade do serviço produzido e "as iniciativas visando gastar menos com a mesma qualidade". Mas "não se pode ter apenas uma visão economicista. Este é um aviso sério. Confirma que desde há sete anos não há políticas de recursos humanos na saúde", diz.
Ao inquérito deste ano responderam 798 trabalhadores, menos meia centena do que em 2004. Os resultados foram enviados para o primeiro-ministro, o Ministério da Saúde e a Comissão Parlamentar de Saúde.
O sindicato representa profissionais de 18 áreas, nomeadamente análises clínicas, anatomia patológica, audiologia, fisioterapia, higiene oral, medicina nuclear, radiologia e radioterapia.
63%
dos inquiridos que trabalham em hospitais EPE responderam que a motivação está pior ou igual. Só um por cento acha que melhorou .
JP; 09.05.2008, Alexandra Campos.
EM CAIXA ANEXA:
Há quem esteja a emigrar para o Reino Unido e a Dinamarca
A degradação da situação percepcionada nos hospitais--empresa está a provocar o saída do Serviço Nacional de Saúde dos profissionais mais qualificados. Este fenómeno não se circunscreve apenas aos médicos, diz o presidente do Sindicato da Ciência e Tecnologias de Saúde, Almerindo Rego. Há profissionais das tecnologias da saúde, "os melhores", que estão a sair para as áreas do ensino, para o sector privado. E há outros que estão a emigrar, sobretudo para o Reino Unido e a Dinamarca, diz o sindicalista. Ainda que o número não seja muito elevado - "serão entre dois a três por cento do total" dos trabalhadores de todas as áreas representadas pelo sindicato -, o problema é que os que saem são "normalmente profissionais já com responsabilidades no ensino e na investigação". Trabalhar no SNS "não é apelativo".
A.C.
COMENTÁRIO:
A acompanhar a fragilidade do SNS, começam os indícios do desmoronamento profissional, em termos actuais, isto é, global.
Até aqui eram os médicos que "entregavam" ao sector privado.
Hoje, ou melhor, já há muito tempo, que sabemos que os problemas de recursos humanos do SNS são de motivação, incentivos, satisfação profissional, progressão profissional e técnica (carreiras), remunerações, etc.
Nada foi feito desde há 10 anos pelos recursos humanos no sector da Saúde. Deixou-se apodrecer a situação.
Primeiro, surgiu o sector privado com capacidade de captar as frustações mais profundas e mais sensíveis que, sejamos, directos, dizem respeito ao sector médico.
Depois vão os técnicos.
Os AH foram, com toda a evidência, dos primeiros a desertar. Os mais expeditos ou mais bem encostados politicamente, ficaram pelo MS e apêndices.
Sem nada para fazer, descortinaram a culpa perene dos médicos que praticavam o pecado da promiscuidade público-privada, e como penitência, criaram os pontómetros. Os logo a seguir, rumaram para o sector privado.
Finalmemnte, uma grande parte ficou, muitos em comissão de serviço, e relegados para funções de certo modo distanciadas das estratégias dos CA.
Enfim, como nos versos de Adriano:
Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão.
Galiza, ficas sem homens
que possam cortar teu pão
Tens em troca, órfãos e órfãs
tens campos de solidão
tens mães que não têm filhos
filhos que não têm pai.
Coração, que tens e sofre
longas ausências mortais
viúvas de vivos mortos
que ninguém consolará.
(Adriano Correia de Oliveira)
Como é do conhecimento geral, os profissionais das USF têm vindo a apontar falhas graves ao programa Alert P1, linkque custou ao
Estado 7.863.450,00 euros, correspondente a 525 licenças da aplicação informática ALERT P1 (14.978,00 euros por licença), através de ajuste directo. A este valor acresce ainda a despesa anual de manutenção que, em 2007, totalizou 463.182,75 euros. link
Para tentar ultrapassar os problemas surgidos com o Alert P1,a "Alert Life Sciences Computing", SA, contratou recentemente como assessor um dos elementos da MCSP para colaborar no desenvolvimento de software da área dos CSP.
Ficámos todos muito felizes, ao ter conhecimento desta contratação, pois se esta “colaboração for bem sucedida todos teremos a ganhar, muito particularmente os nossos pacientes.” …
A contratação referida dará certamente bons resultados. Aliás à semelhança da contratação recente de um ex-Ministro para CEO de uma grande empresa!
Isto foi muito bem manobrado de forma a atirar este pessoal borda fora.
O Pisco pode fazer-se de vítima mas não é parvo.
A Saúde é afinal e ao cabo um grande negócio.
Esta de um dos missionários ser consultor "Alert Life Sciences Computing",SA,já não deve ferir a susceptibilidade de ninguém.
O senhor missionário recebe os proveitos de um contrato principesco e os doentes é que ganham.
Ganhamos todos.
E os contribuintes?
Afinal... pagamos todos para este regabofe.
TAMBÉM QUERO!...
...Não posso?! ...
Ah, não sou missionário...
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