Sem resposta
Frankfurt, 2 de Junho
Para assinalar o décimo aniversário do Banco Central Europeu, os Ministros das Finanças da Zona Euro reuniram na sede do BCE, em Frankfurt, na Alemanha. Mas sem razões para celebrar. Há poucos meses todos eles falavam em retoma da economia e sucesso da estratégia europeia, agora buscam respostas para uma crise que nenhum soube prever.
Sem ideias, Jean-Claude Juncker e Joaquín Almunia limitaram-se a reafirmar a confiança na receita do Pacto de Estabilidade e Crescimento: controlar os gastos públicos, interferir o menos possível no funcionamento dos mercados, manter a inflação controlada (o BCE já deu sinais que não vai baixar as taxas de juro até ao final do ano).
Mas nesta altura, face à crise, dizem, também são necessárias medidas para ajudar os mais desfavorecidos e aqueles que mais sofrem com a crise económica.
- Quais, pergunta-se na sala.
- Não sabemos ainda, vamos estudar, respondem.
Seguiu-se o habitual cocktail dos momentos felizes.
Pedro Moreira
Para assinalar o décimo aniversário do Banco Central Europeu, os Ministros das Finanças da Zona Euro reuniram na sede do BCE, em Frankfurt, na Alemanha. Mas sem razões para celebrar. Há poucos meses todos eles falavam em retoma da economia e sucesso da estratégia europeia, agora buscam respostas para uma crise que nenhum soube prever.
Sem ideias, Jean-Claude Juncker e Joaquín Almunia limitaram-se a reafirmar a confiança na receita do Pacto de Estabilidade e Crescimento: controlar os gastos públicos, interferir o menos possível no funcionamento dos mercados, manter a inflação controlada (o BCE já deu sinais que não vai baixar as taxas de juro até ao final do ano).
Mas nesta altura, face à crise, dizem, também são necessárias medidas para ajudar os mais desfavorecidos e aqueles que mais sofrem com a crise económica.
- Quais, pergunta-se na sala.
- Não sabemos ainda, vamos estudar, respondem.
Seguiu-se o habitual cocktail dos momentos felizes.
Pedro Moreira
Etiquetas: PM
4 Comments:
Este pessoal está aqui para ganhar mais algum, passear pela UE e fazer uma festarolas.
Puxar pela cabeça está pelas ruas da amargura e ainda por cima dá chatices.
Na maioria dos casos também não há cabeça para puxar.
Parece haver mais "vontade" da parte das Nações Unidas que têm a seu cargo (felizmente) os países mais pobres.
Mas todas as ajudas são escassas. É preciso "ensinar estes povos a pescar". Ou seja, investir na «resolução de problemas estruturais da agricultura, assegurando o investimento em pequenos produtores nos países em desenvolvimento e promovendo infra-estrturuas rurais. Eliminar os subsídios que distorcem os mercados,na transformação do sistema económico».
(…) Lembrando que esta crise poderá acrescentar mais 100 milhões de pessoas aos 850 milhões que já passavam fome, Ban Ki Mon anunciou algumas das primeiras recomendação do grupo de trabalho criado no seio da ONU para responder à crise alimentar. O primeiro passo, disse, é permitir o acesso a alimentação por parte das pessoas mais vulneráveis o que passará por aumentar a ajuda alimentar, expandir programas de protecção social e incrementar a produção agrícola dos pequenos produtores através da doação de sementes e fertilizantes de forma a que possam plantar ainda este ano. link
Além disso, continuou, há que ajustar as políticas de comércio e de taxas de forma a minimizar as restrições às importações ao mesmo tempo que se devem implementar políticas que limitem o impacto da subida do preço dos alimentos na inflação, ajudando a equilibrar a balança comercial dos países importadores.
JP 03.06.08
A EU depois de ter sido palco a agente despoletador de dois conflitos mundiais, acagassou-se e vive obcecada com o objectivo da estabilidade.
O problema é o raio da inflação que ameaça fazer em estilhaços a cobarde estabilidade da UE.
Depois escasseiam os políticos competentes capazes de dar a volta às situações mais complicadas.
Mesmo assim, tivemos que contribuir com o Zé manel que bem vistas as coisas não se tem portado mal. É fácil de imaginar como é o resto.
Está na altura de inventar um novo modo de vida.
Coisas positivas da crise:
a) o acesso às grandes cidades, a partir dos dormitórios dos arrabaldas, passou a ser mais fácil;
b) O pessoal aumentou exponencialmente os timings de exercício físico. Andar a pé passou a estar na moda, a estar "In";
c) Uma mega campanha de combate à obesidade está em marcha.
Atenção ao comércio de bandas gástricas depois de um início auspecios, vê-se também ameaçado por esta crise.
d) Prevê-se dentro de alguns anos o resurgimento do nosso meio fundo. Ou seja, estão na forja uma meia dúzia de Carlos Lopes.
e) Os campos de golfe deste nosso país à beira mar plantado, vão ser aproveitados para cultivo de cereais.
f) Vamos assistir ao desenvolvimento de companhias aereas com carreiras para Africa, Brasil e EU, asseguradas por Zepellins.
g) Livres do défice. Numa economia corroída pela inflação, com todos os países da UE a caminho da bancarrota, não faz sentido o pessoal tuga armar-se em menino de coro.
Vamos ter, finalmente, a confirmação que há mais vida para além do défice.
h) ... but not the least,o mais importante. O pessoal dos ferraris, porches, jaguares, etc, etc, vão deixar de estar na moda. As gajas vão passar a preferir os gajos com força nas canetas para pedalar as bikes. E não só.
Uma nova civilização maravilhoso se aproxima.
Securing price stability
The theme most likely to be repeated in the speeches is the importance of the bank's role in securing price stability – its main goal according to the EU treaties - which was also historically the raison d'etre of the bank's model, Germany's Bundesbank.
But there are two wrinkles in such a positive assessment. A majority of citizens in eurozone countries still associate the euro with rising prices, and monetary union is currently struggling with historic levels of inflation, although mainly for external reasons.
Despite a drop in the eurozone's annual inflation rate in April to 3.3 percent, down slightly from a record 3.6 percent in March, early figures for May released on Friday pointed to yet another bounce back to 3.6 percent, mainly due to rising oil prices. Frankfurt's goal is to keep annual inflation "below but close" to two percent.
Refusing to cap oil taxes
The issue is set to dominate today's eurogroup gathering. Eurozone chairperson, Luxembourg premier and finance minister Jean Claude Juncker, expressed worries over these trends in several media interviews over the weekend.
"That worries me a lot because it is those with the least resources who are the most heavily penalised by inflation which remains, in relative terms, at a very high level," he told France Inter radio.
But he rejected a proposal suggested by French President Nicolas Sarkozy for the EU to cap oil taxes in response to the rise in oil prices, arguing "the idea goes against the general spirit [of the EU]."
Mr Juncker was referring to a principle agreed by the bloc's finance ministers in 2005 that states that the EU should not introduce fiscal measures to counteract oil price hikes.
Still, he added, "I don't want to kill the debate. We will undoubtedly discuss France's proposals. That is what economic co-ordination in the euro zone is about."
Due to the remaining risks of further inflation increases and despite concerns over a slowing economy in the euro area, the ECB's governing council is expected to leave its main interest rates at four percent on Thursday (5 June).
euobserver.com 02.06.08
Enviar um comentário
<< Home