domingo, agosto 10

HH, despesa medicamentos

Verificámos aqui recentemente que a despesa do SNS com medicamentos do 1.º semestre, está a crescer acima dos limites estabelecidos para o corrente ano (2,9% para as farmácias e 3,9% para os HHs).
Segundo o relatório do Infarmed “Consumo de Medicamentos em meio Hospitalar”,
link o crescimento da despesa hospitalar com medicamentos (4,6%) excedeu em 0,7% (jan-Mai) o referido limite (3,9%).

HHs, novas substâncias aprovadas

Como é do conhecimento geral a introdução de novos medicamentos de consumo exclusivo hospitalar está actualmente sujeita a avaliação prévia destinada a determinar o valor terapêutico acrescentado em relação às alternativas terapêuticas disponíveis . link
Desde a entrada em funcionamento deste sistema foram aprovadas cinco novas substâncias: Raltegravir (Isentress), Dasatinib (Sprycel), Darunavir (Prezista), Sitaxentano (Thelin) e Ranibizumab (Lucentis).
link

De acordo com o referido relatório, tendo em atenção a distribuição do consumo por áreas terapêuticas, a Oncologia e Infecciologia são as que têm, como habitualmente, maior influência no crescimento da despesa hospitalar com medicamentos, apresentando variações homólogas de 10,7% e 7,5% .

Quanto aos HHs, o Hospital de S. Marcos–Braga, apresenta a maior variação homóloga (83,2%), contribuindo em 39,7% para o total do crescimento (universo de 60 hospitais do SNS, os quais representam cerca de 66% da despesa total com medicamentos em meio hospitalar). O referido relatório não esclarece, porém, as razões deste inusitado crescimento.
De salientar o esforço de 22 hospitais (1/3 do universo seleccionado) que apresentam variações homólogas negativas, algumas delas significativas : H.Distrital da Figueira da Foz, EPE (-22,0%), Hospital Dr. Francisco Zagalo-Ovar ( -28,1%), H. Distrital de São João da Madeira (-25,9%), Centro Hospitalar do Nordeste, E.P.E.(-16,5%) , IPO, Porto, EPE (-18,3%), Hospital Santo André, E.P.E. - Leiria (-14,4%), Hospital de Santa Maria Maior, E.P.E.- Barcelos (-11,9%).

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3 Comments:

Blogger Clara said...

As referidas novas substâncias, autorizadas pelo Infarmed, não figuram ainda na lista das vinte mais (com maior peso na despesa): lopinavir+ritonavir(7.815.898 euros), trastuzumab (7.775.677 euros) e Emtricitabina + tenofovir (6.459.990 euros), á cabeça.

O Dasatinib figura na lista dos medicamentos órfãos com 320.962 euros.
O ranibizumab (184.275 euros) e o Darunavir (47.334 euros) figuram na lista das AUE dado que o processo de autorização é muito recente (março e Maio 2007)

O Raltegravir, o que foi mais recentemente autorizado, (Jul 2008)deverá fazer parte da lista dos vinte mais dentro em breve, dada a enorme expectativa acerca das capacidades terapêuticas deste farmaco.

3:22 da tarde  
Blogger Hospitaisepe said...

A avaliação prévia centralizada a par da criação de protocolos e da utilização de genéricos são medidas de racionalização indispensáveis.
A aquisição centralizada através de negociação é outra medida fundamental para conseguir um controlo eficaz da despesa hospitalar com medicamentos.
Se o MS não consegue controlar a despesa dos hospitais, pese embora seja o local de entrada da nova tecnologia, dificilmente poderá levar a cabo o controlo da despesa com medicamentos prescritos pelos CSP .

3:46 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

De acordo com o anúncio da ministra da Saúde em entrevista ao expresso, a venda de medicamentos em dose individual (DI) vai mesmo avançar. Neste sentido o MS terá já elaborado e enviado aos parceiros sociais um projecto de portaria para consulta. De acordo com este projecto a unidose deverá aplicar-se somente a algumas classes de medicamentos como os antibióticos, anti-histamínicos e anti-inflamatórios.
Em princípio, esta modalidade só estará disponível nas farmácias dos hospitais com venda de medicamentos ao público.

Ultrapassado o problema da reembalagem da DI, este sistema de distribuição poderá constituir uma medida eficaz para a redução da despesa com medicamentos.

8:15 da tarde  

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