Preconceitos neo-liberais
... «Desde que chegou ao Ministério da Saúde, Ana Jorge tem repetido até à exaustão que a principal prioridade é restabelecer a confiança dos cidadãos no SNS.
Pelo caminho foram vários os ataques ao sector privado, começando pelo fim da gestão privada no Amadora Sintra, passando pela retirada da componente de gestão clínica nos concursos para os novos hospitais e criticando directamente o ministro das Finanças … »
DE n.º 4432, 25.07.08, pagina 10
Ana Jorge, tem toda a legitimidade para traçar o novo rumo da política de saúde deste Governo. Estabelecer novas prioridades.
Pelo caminho foram vários os ataques ao sector privado, começando pelo fim da gestão privada no Amadora Sintra, passando pela retirada da componente de gestão clínica nos concursos para os novos hospitais e criticando directamente o ministro das Finanças … »
DE n.º 4432, 25.07.08, pagina 10
Ana Jorge, tem toda a legitimidade para traçar o novo rumo da política de saúde deste Governo. Estabelecer novas prioridades.
Investir no SNS é uma das apostas fundamentais da ministra da saúde.
Segundo MB, para defender o SNS, Ana Jorge passou a desferir ataques sucessivos ao sector privado da saúde.
Segundo MB, para defender o SNS, Ana Jorge passou a desferir ataques sucessivos ao sector privado da saúde.
Ataques? Porquê ataques ?!
Medidas de governação, segundo me parece, em função de objectivos previamente definidos.
Como refere o Pensador, são estas grilhetas de preconceitos neo-liberais sobre o papel do Estado no sistema de saúde que, por vezes, toldam a desejável independência de certos trabalhos jornalísticos. Por mais talentosos que sejam.
Medidas de governação, segundo me parece, em função de objectivos previamente definidos.
Como refere o Pensador, são estas grilhetas de preconceitos neo-liberais sobre o papel do Estado no sistema de saúde que, por vezes, toldam a desejável independência de certos trabalhos jornalísticos. Por mais talentosos que sejam.
Etiquetas: Politica de Saúde
2 Comments:
As medidas tomadas por Ana Jorge não devem ser entendidas por ataques ao sector privado mas sim como um contra-ataque em defesa do Serviço Público que dia após dia se vai desmoronando. Segundo a Constituição da República compete ao Estado, através do SNS, garantir a todos os portugueses cuidados de saúde em condições de equidade, é pois função dos governos garantir os meios que permitam cumprir este preceito da lei máxima da Nação. E é isso que os grupos económicos privados têm vindo a pôr em causa no sector hospitalar procurando, através de um investimento maciço, criar o facto consumado e substituir-se ao SNS nessa função. Ou seja, de um papel de complementaridade que se lhes reconhece, pretendem passar ao de principal prestador podendo assim ditar as regras pelas quais a nossa Saúde se deve governar.
Para conseguir este objectivo nada melhor que, através da cartilha neo-liberal, proclamar a inépcia da gestão pública e as virtudes da privada bem como a inelutável incapacidade do Estado em gerir o bem público. O problema é que quando os hospitais do SNS não conseguem dar resposta ás necessidades das populações, como vem sucedendo cada vez mais com a saída de médicos para o sector privado, é esse mesmo Estado e a quem o governa que todos responsabilizamos pelos males da saúde que nos vão afligindo.
Os grupos privados da saúde tremem quando ouvem falar em exclusividade dos médicos porque sabem que os seus objectivos serão contrariados se os serviços públicos resolverem as dificuldades e constrangimentos que limitam a sua eficiência. Ou seja, recusam ao Estado utilizar regras e mecanismos que eles próprios aplicam nas suas instituições. Ou será que são os profissionais que ditam o regime de trabalho em que pretendem exercer nos hospitais privados?
Há muito a fazer pelo rigor e isenção do nosso jornalismo.
Longe da campanha de JMS e do Jornal Público contra o primeiro ministro José Sócrates, o DE padece, no entanto, destes preconceitos neo-liberais, bem demonstrado por esta mensagem subliminar dos ditos ataques da ministra da saúde.
É uma forma de apresentar os "esforçados investidores privados" como vítimas de desigual tratamento por parte do poder político na "guerra" de reposicionamento dos sectores público/privado da Saúde.
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