sexta-feira, setembro 26

Medicamentos mais caros

São os que sobem mais.
Um estudo recentemente publicado nos EUA
link conclui que o grupo de medicamentos inovadores, produzidos por laboratórios de biotecnologia, utilizados em tratamentos do cancro, por exemplo, são os que apresentam taxas médias de crescimento de preços (armazenista) anuais mais elevadas (8,7%, em 2007, três vezes superior à taxa de inflação) .
Por sua vez, a taxa de crescimento dos genéricos, referente ao mesmo período, caiu 9,6%.

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2 Comments:

Blogger xavier said...

Quer isto dizer que a nova tecnologia, os medicamentos mais caros, mais inacessíveis vão ficando, ano após ano, mais caros e portanto mais inacessíveis.

Razão tm o NICE

6:24 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Caro Xavier:

Às vezes...sim!

A indústria farmacêutica é capaz de mobilizar um conjunto de grandes investimentos na promoção de medicamentos inovadores.
Além disso tenta confundir (enrolar) três parâmetros diferentes, mas que estão próximos, uns dos outros:
- nova intervenção farmacológica,
- inovação tecnológica
- e, avanço terapêutico.


Claro que a inovação é cara e dispendiosa por vários motivos: a investigação básica e a clínica. A adicionar aos custos que estas duas etapas duram > 10 anos, onde é necessário manter uma despesa continua, elevada.
E, há, ainda, os insucessos (não tão raros como isso) que tornam tudo mais oneroso.
Finalmente, os genéricos que, limitando, o tempo de comercialização exclusiva, ou concessionada a outro laboratório, também "ajudam" na construção do preço de mercado.

O NICE tem uma imagem "dura" e inflexível na verificação da evidência, nomeadamente, na avaliação da "evidência científica disponível". Os oncologistas (e não só) não querem ouvir falar no NICE - que "reina" na decisão da introdução de medicamentos inovadores no RU. Os AH's acham-no o máximo e, p. exº., MD é (era)um frequentador habitual das reuniões.

Mas toda a gente sabe que o NICE não é nenhuma "fera". Com geito até vem beber água à mão...
Temos o caso banal do zanamivir, medicamento para a profilaxia do Influenzavirus A e B (a vulgar "gripe"), comercializado pela GlaxoSmithKline e que mereceu o parecer desfavorável do National Institute for Clinical Excellence.

Esta informção negativa durou pouco tempo, acabando por ser revertida.
A indústria tem muito poder e a sua pressão no aparelho governamental, tem muito impacto.
Uma delas - que terá funcionado neste caso - é a amaeaça de "deslocalização" das unidades de investigação, pesquisa e fabrico.
Como deve saber a "sede-mãe" desta companhia (GlaxoSmithKline) fica Brentford Middlesex, no Reino Unido... no meio de um aprazível bosque, emvolvido por extenso espaço verde relvado, com lagos artificiais, onde desde há muitos anos já era proibido fumar (quer no edifício, quer dentro dos limites do espaço envolvente). Very british....

PS - Não tenho "pena" da Indústria Farmacêutica que, como todos sabemos, se governa bem.
E, para que conste, não tenho qualquer tipo de interesses relacionados com a IF.

11:51 da tarde  

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