segunda-feira, dezembro 8

HH Amadora Sintra, fim duma PPP (2)


«Com todas as limitações de que uma análise desta natureza enferma, o tratamento feito aos elementos disponíveis parece indicar que o custo que o Estado suportou na contratação de produção ao Hospital Fernando da Fonseca é baixo quando comparado com o de outras instituições hospitalares públicas assimiláveis.» (in Avaliação da experiência de gestão privada do Hospital Fernando da Fonseca, pag. 69 (1995-2008).

Que dizer, então, do Hospital de Santa Maria EPE,com custos de contratação de produção mais baixos que HFF (custo p/doente padrão: HSM: 2.951; HFF: 3.019) ? A diferença para o HH de São Sebastião é abissal (HSS: 1.939; HFF: 3.019).
Será que eu estou a ler o relatório certo? link
Dado que os números do quadro acima são pouco perceptíveis: custo p/doente padrão: CHLO: 3.914; CHLC: 3.469; HSA: 3.435; HFF: 3.019; HSM: 2.951; HGO: 2.883; CHSetúbal: 2.497;
CHMTejo: 2.303; H.Santarém: 2.175; HSS: 1.939. (apurados c/ base nos dados da contratualização 2007)

saudepe

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5 Comments:

Blogger tambemquero said...

O CHLO foi o HH do quadro do post que ficou mais caro ao Estado.

1:00 da manhã  
Blogger saudepe said...

«O HFF surge, claramente, como o hospital de custo mais baixo no conjunto dos hospitais comparáveis. Se ignorarmos o Hospital de Santa Maria, pelas razões já referidas, de evidente diferença de escala, o hospital com custos mais baixos, o Hospital Garcia da Orta, teria um custo global por doente padrão contratado de 3.151 euros, 19,5% acima do custo a que o Estado contratou produção ao HFF. A produção contratada, em 2007, ao HFF, a custos globais de produção do Hospital Garcia da Orta, teria custado ao Estado mais 24 milhões de euros. A diferença seria ainda maior se o custo utilizado for o do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.» (fig. 35, pag. 72 do relatório)

Foi nestes 27 milhões que os meios de comunicação pegaram para compor as parangonas com que nos mimosearam . Sem qualquer análise sobre a formula de cálculo utilizada pelos autores para chegaram a este valor.

Aplicando o mesmo raciocínio, comparando o custo global por doente padrão contratado, concluiríamos de forma semelhante que o HFF custou ao Estado mais 36 milhões que o Hospital de São Sebastião.

10:27 da manhã  
Blogger saudepe said...

INVENTAR NÃO VALE!

Toda a análise posterior do estudo sobre a avaliação capacidade de criação de valor dos HHs é pura ficção, uma vez que o método utilizado não permite a comparação satisfatória entre HHs.
O valor da transferência contratada é o único que é possivel por agora comparar entre HHs.

E nesta comparação como se pode ver no quadro do post, a produção contratada do HFF fica mais cara ao Estado do que a do Hospital de Santa Maria. Um Hospital do SNS recentemente empresarializado.
Afinal, onde está a boa gestão?
Embora contrariado, vejo-me obrigado a tirar o chapéu ao Adalberto Campos Fernandes.

10:44 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Hospitais EPE devem 727 milhões de euros aos fornecedores

A dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aos fornecedores que está por pagar há mais de 90 dias ascende aos 908 milhões de euros, dos quais 727 dizem respeito aos Hospitais EPE.

Em declarações ao JN, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, admitiu que existe "um problema de liquidez nas unidades",sendo que "quatro ou cinco" EPE se encontram "em situação difícil e precisam de apoio." O hospital de Setúbal é o que inspira mais cuidados, com uma demora média de pagamento aos fornecedores de 727 dias, quando os contratos de fornecimento estabelecem 90 dias. Isto apesar de ter já beneficiado de um reforço de dez milhões de euros, obtidos com a venda de uma parcela do Hospital Curry Cabral.

No imediato, o Governo pretende "regularizar a dívida vencida" e "acabar com a imagem de que os hospitais são entidades que não pagam a tempo e horas", disse Francisco Ramos.

A regularização da dívida vencida será feita através do Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que foi criado em 2006 para o pagamento das dívidas às farmácias, não tendo desde então sido accionado. Na semana passada, um decreto-lei e uma portaria publicados em Diário da República vieram aumentar esse fundo em 600 milhões. O objectivo é conceder empréstimos aos hospitais EPE com dívidas aos fornecedores superiores a 90 dias. O Governo quer activar o fundo já esta semana e pagar todas as dívidas vencidas até ao dia 31 de Dezembro.
DE 08.12.08

12:58 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

Sobre este estudo seria bom recolher o parecer do Aidenós, Tonitosa e do Hermes, entre outros.
Seria muito útil termos uma percepção tão fiel quanto possível do real valor deste estudo.
Doam as conclusões a quem doerem.

4:05 da tarde  

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