quarta-feira, janeiro 7

Despesa com Medicamentos


Segundo informação do site do Infarmed, actualizada hoje (06.01.08), o encargo do SNS com medicamentos dispensados em farmácias oficina (jan-nov/08), totalizou 1.349.074.009 euros. Com uma taxa de variação homóloga de 5,0%, ou seja, 2,1 pontos superior à meta de crescimento estabelecida para o ano de 2008 (2,9%). Realmente surpreendente se tivermos em atenção a taxa de crescimento do Mercado Total de 1,5%, referente ao mesmo período.
Quase certa é, pois, a derrapagem da despesa com a comparticipação de medicamentos referente ao exercício de 2008.
Talvez para evitar mais emoções fortes, o infarmed não actualizou ainda a informação referente à despesa hospitalar com medicamentos (Set 2008).

Etiquetas:

4 Comments:

Blogger PhysiaTriste said...

"A ministra da Saúde anunciou, esta quarta-feira, a criação de um novo Serviço Básico de Urgências em Algueirão/Mem-Martins, que deverá começar a funcionar no primeiro trimestre de 2009. O objectivo desta iniciativa é criar uma descompressão dos serviços de urgência do Hospital Amadora/Sintra."
Como seria comentada esta decisão caso a gestão do HFF ainda fosse privada...

5:23 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Até Novembro, a despesa tinha subido 5%. A previsão era de 2,9%.

Os gastos do Estado em comparticipações de medicamentos comprados nas farmácias estão a subir bem acima do previsto. De acordo com o relatório sobre a evolução da despesa em Novembro, que o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento publicou ontem no seu ‘site', os gastos com as comparticipações até ao penúltimo mês de 2008 aumentaram 5% face aos primeiros 11 meses de 2007. Assim, existe uma derrapagem de 2,1 pontos percentuais face àquilo que o Governo tinha estimado gastar. Nos primeiros onze meses do ano passado, o Estado gastou quase 1.350 milhões de euros em medicamentos. Apesar de o relatório ter também de mostrar os gastos com medicamentos nos hospitais, a última informação disponível é ainda a de Setembro, que aponta para um gasto de 370 milhões de euros, o que revela uma subida de 5%, quando o limite previsto no Orçamento era 3,9%. A subida de 5% até Novembro é, ainda assim, um resultado menos negativo que o verificado em Outubro, quando os gastos estavam a subir 5,6%, e em Setembro (6,2%). Para o secretário de Estado da Saúde, o mais importante é a trajectória: "O valor continua claramente acima do objectivo, mas desde Setembro que a trajectória é descendente, o que é positivo e por isso, no final do ano, a ameaça de derrapagem que existia em Setembro está claramente controlada", diz Francisco Ramos
DE 08.01.09

O MB poderia ter referido: fonte SaudeSA e site infarmed.

5:15 da tarde  
Blogger Tavisto said...

Um discurso bipolar



O teor da entrevista do Presidente do Conselho de Administração do Hospital S.João ao Jornal de Notícias de 4 de Jan. e os ecos que se lhe seguiram nos meios de comunicação social, com tomadas de posição diversas das organizações profissionais, levaram-me à conversa com um colega próximo a trabalhar naquela Instituição.
Ao que me disse, as declarações caíram como autêntica bomba na comunidade hospitalar gerando indignação geral. É que, pelo Natal, o CA tinha enviado a todos os trabalhadores uma missiva agradecendo o seu contributo pelos excelentes resultados conseguidos no ano de 2008. Em cópia que me foi enviada pode ler-se que durante o ano transacto foram atendidos mais doentes no SU, recuperadas listas de espera de consultas e cirurgia, realizados mais exames de diagnóstico e tratados mais doentes de internamento. Perante estes resultados, o CA refere “este aumento de produção obrigou-nos a uma renegociação do contrato-programa, felizmente bem sucedida, tendo como consequência que, em vez dos 12 milhões de euros de défice previsto, consigamos encerrar o ano em equilíbrio económico. Facto tão mais meritório num ano em que não nos foi atribuído qualquer subsídio de convergência”. Perante estes resultados o CA reconhece mesmo que “subestimámos a capacidade de resposta e, porventura, o profissionalismo da nossa comunidade hospitalar”.
Face a este discurso bipolar entre Natal e Ano Novo, é caso para pensar que ou saiu a fava do bolo-rei ao Dr. António Ferreira ou então o champanhe do “Reveillon” era de fraca qualidade. É que fez precisamente o oposto do que faria um qualquer gestor de um hospital privado. Para o exterior, envia uma imagem apocalíptica da Instituição (absentismo, improdutividade, desconfiança) internamente, de grande regozijo pelos resultados alcançados.
Com atitudes deste género não admira que “inimigos” assumidos do SNS público, como é o caso de PKM, persistam no discurso catastrofista de tudo quanto seja gestão pública. É que se este ilustre pensador nem na eficácia da lei anti-tabágica acredita, acreditaria certamente mais na eficácia da lei de má memória que obrigava ao uso de licença de porte de isqueiro, como convencê-lo que é possível reformar o Hospital Público com estratégias de discurso como a empreendida pelo PCA do H.S.João?

Nota: Por problemas técnicos, envio o comentário ao "fumar mata" para esta rúbrica.

4:57 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Continuamos a degladir-nos, anualmente, com as despesas com medicamentos.
Deparamo-nos - sempre - com dificuldades no seu controlo, embora o SES FR pense que a trajectória das evolução da despesa no final do ano entrou em rota de normalização, embora ainda acima dos objectivos fixados.
Os deslizamentos habituais na Administração e Empresas Públicas.

Enquanto isso se passa, as Ciências da Saúde acabam de anunciar avanços qualitativos significativos, na área da manipulação dos "erros" genéticos e da erradicação de neoplasias familiares.

" MENINA INGLESA NASCE SEM GENE DEFEITUOSO DO CANCRO DA MAMA".
- por Andrea Cunha Freitas e Catarina Gomes Público, edição de hoje, 10 Janeiro 2009.

Este é um tema com que os portugueses, há pouco tempo, foram confrontados, não na área da Saude, mas terreno agrícola.
Refiro-me ao caso da destruição do campo de milho transgénico (OGM).

Na área da saúde levantam-se problemas éticos e de avaliação dos riscos.
Os problemas éticos nada têm a ver com a obsoleta posição da Igreja que começa no uso da pílula e acaba na Procriação Medicamente Assistida, mas a possibilidade de manipulação do genoma de seres vivos com fins eugênicos, ou seja, a de depuração da espécie...
A última tentativa - sem recurso a engenharia genética - foi o holocaustro.
Julgo que o Mundo não permitirá a sua repetição seja qual for a metodologia tentada.
Mais uma vez na liça o recorrente tema da regulação e da fiscalização a ser feita por orgnismos científicos idóneos e credenciados.

Os produtos oriundos de tecnologias de modificação genética já existem, há algum tempo, no armamentário terapêutico actualmente disponível. São as tais terapêuticas "inovadoras". Podemos referenciar nomeadamente:
A insulina.
Os interferons.
As interleucinas.
Algumas proteínas do sangue: albumina e fator VIII.
Alguns tipos de activadores das defesas orgânicas para o tratamento de tumores, como o "Tumor Necrosis Factor" (TNF alfa), etc.

O Dr. Paul Serhal (e a sua equipa) do Hospital University College of London, ao "desfazer" a alteração genética do BRCA1, na prática eliminado possibilidade da criança vir a contrair na idade adulta um carcinoma da mama (que persegue a sua família há 3 gerações) fez-me lembrar a célebre frase de Neil Armstrong, em 1969, quando pisava, pela primeira vez, a superficie lunar:
"É um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a humanidade".

3:03 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home