A mesma luta?
A segunda fase de testes do modelo de avaliação dos conselhos de administração dos hospitais-empresas, prevista para o segundo semestre de 2008, não avançou. Para José Alberto Marques, presidente do conselho de administração do CHTS, «o modelo é positivo para a melhoria do desempenho», mas é simultaneamente «complexo e exaustivo em algumas áreas».TM 12.01.09
À semelhança do que tem acontecido com os professores, será que vamos também assistir a sucessivas simplificações deste modelo de avaliação ? E à tentativa dos Administradores Hospitalares em adiar sine dia a sua entrada em funcionamento!link
3 Comments:
São processos naturalmente muito diferentes.
A vontade de serem avaliados é idêntica. Ou seja, nenhuma.
Depois há que inventar e atribuir todos os defeitos ao modelo.
Que naturalmente vai entrar numa fase de simplificação. Até à sua inutilidade total.
Ele há cada administrador?
Mas afinal quem é a entidade responsável pela escolha dos Administradores?
Pelos vistos "os interesses" instituídos apontam para que fique tudo na mesma!
Admirado ficaria eu se o “gestor” do CHVS defendesse o projecto de avaliação que foi sujeito a um primeiro teste nalguns hospitais.
Um instrumentozinho simples, que sirva uma avaliação de “faz de conta” é o que convém.
Sim, porque nós, em Portugal, somos todos a favor da avaliação. Desde que os resultados da mesma comprovem a nossa indesmentível excelência.
Terá já pensado o senhor “gestor” que o Hospital é um sistema complexo (grande variedade de elementos e forte interacção entre os seus elementos) e que um sistema complexo não pode ser “pilotado” por um sistema de gestão simples.
Há mesmo uma lei na cibernética, que se chama a Lei da Variedade Requerida que exprime e quantifica o facto dum sistema físico, muito rico em possibilidades não poder ser controlado por um sistema de gestão pobre ou simplista.
Ora se o sistema de gestão hospitalar é complexo como poderá o sistema de avaliação ser simples?
A avaliação não se mede apenas a partir de indicadores de performance.
O regime de quasi-monopólio do Hospital Público Português tem permitido, por exemplo, ignorar as preferências do “cliente”, muito embora se repita constantemente o chavão - “o doente no centro do sistema”.
Vem a propósito dar o exemplo de como a SAS olha para os seus clientes:
“Se alguém perguntar aos nossos clientes sobre a SAS - Scandinavian Airline System, eles não falarão de nossos aviões, ou de nossos escritórios, ou de como gerimos nossos investimentos de capital. Ao invés disto, contarão apenas sua experiência com o pessoal da SAS.
A SAS não é só uma colecção de bens materiais mas, além disso, e de modo mais importante, a qualidade do contacto entre um cliente em particular e os empregados da SAS que servem directamente o cliente (ou, como os chamamos, a nossa “linha de frente”).
No ano passado, cada um dos nossos 10 milhões de clientes entrou em contacto com aproximadamente cinco empregados da SAS, e este contacto durou uma média de quinze segundos de cada vez.
Desta forma, a SAS é “criada” 50 milhões de vezes por ano nas mentes de nossos clientes, quinze segundos cada vez. Estes 50 milhões de “momentos da verdade” são os que basicamente determinam se a SAS será bem sucedida ou falhará como empresa.
“Um momento da verdade é precisamente aquele instante em que o cliente entra em contacto com qualquer sector do seu negócio e, com base nesse contacto, forma uma opinião sobre a qualidade do serviço e, possivelmente, da qualidade do produto”
Que importância é que os Hospitais EPE dão aos “momentos de verdade”?
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