Novo HH de Braga PPP
A ministra da Saúde, Ana Jorge, esteve hoje em Braga na cerimónia de assinatura da minuta de contrato entre o Estado e a José de Mello Saúde, para a construção e gestão clínica do novo Hospital Universitário de Braga PPP link
É sempre oportuno lembrar que o grupo vencedor, a Escala Braga (que integra a JMS), apresentou a concurso uma proposta inicial de 1.019 milhões de euros, 14.1% abaixo do Custo Público Comparável (1.186 milhões de euros). Na 2.ª fase do concurso baixou para 794 milhões de euros, menos 225 milhões, ou seja, 22% abaixo do CPC.
O que não impediu que o projecto fosse adjudicado.
CC, reconheceu, já depois de ter saído do MS, em entrevista ao DE, que esta situação o trazia angustiado.
Reservemos a angustia para os contribuintes que terão de desembolsar 794 milhões de euros (fora o resto) para a José de Mello Saúde.
“Acreditamos firmemente que os projectos hospitalares (subentende-se: a JMS) têm a ganhar com a junção da iniciativa privada com a regulação pública”. Lembrou-se de dizer na circunstância (termo futebolês à Ribeiro Cristóvão) Salvador de Mello.
SM, lá terá as suas razões .
É sempre oportuno lembrar que o grupo vencedor, a Escala Braga (que integra a JMS), apresentou a concurso uma proposta inicial de 1.019 milhões de euros, 14.1% abaixo do Custo Público Comparável (1.186 milhões de euros). Na 2.ª fase do concurso baixou para 794 milhões de euros, menos 225 milhões, ou seja, 22% abaixo do CPC.
O que não impediu que o projecto fosse adjudicado.
CC, reconheceu, já depois de ter saído do MS, em entrevista ao DE, que esta situação o trazia angustiado.
Reservemos a angustia para os contribuintes que terão de desembolsar 794 milhões de euros (fora o resto) para a José de Mello Saúde.
“Acreditamos firmemente que os projectos hospitalares (subentende-se: a JMS) têm a ganhar com a junção da iniciativa privada com a regulação pública”. Lembrou-se de dizer na circunstância (termo futebolês à Ribeiro Cristóvão) Salvador de Mello.
SM, lá terá as suas razões .
Segue-se a tentativa de obtenção de visto do TC.
Etiquetas: PPP Hospital de Braga
7 Comments:
Amadorismo
É reconhecida a dificuldade do Estado em supervisionar/fiscalizar contratos que estabelece com entidades privadas. Melhor preparadas e dispondo de instrumentos de controlo de maior sofisticação.
Esta dificuldade aumenta face à complexidade/duração dos novos contratos PPP e à impreparação/inexperiência dos fiscalizadores nomeados pelo Estado .
Quais os critérios utilizados pelo Ministério da Saúde na selecção dos responsáveis pela fiscalização dos contratos dos novos hospitais PPP?
Esta é uma das minhas maiores inquietações, relativamente à execução destes contratos.
Mas esse é, exactamente, o sentido do apelo inerente ao conceito empresarial de "junção da iniciativa privada com a regulação pública".
A regulação pública sendo uma figura de retórica permite todo o tipo de "deslizamentos":
Centro Cultural de Belém, Ponte Europa (Coimbra), Casa da Música (Porto), ...para não falar na área das comunicações rodoviárias.
«Em Braga, o investimento dos privados será maior, porque abarca a construção. E terá um modelo de gestão diferente.»
Poderá ser diferente. Mas que evidências a senhora ministra tem que será melhor?
O certo é que corremos o risco de ser igual ou mesmo pior.
Por outro lado, que garantias a senhora ministra nos dá sobre a fiscalização do contrato.
Enfim... às terças e quintas temos a defesa do serviço público: Segundas, quartas e sextas vivam as PPPs!
L´HÔPITAL, COMME UNE ENTREPRISE...
Pendant le discours sur la réglementation, la déréglementation continue. En France, les parlementaires peaufinent la réforme de l’hôpital. Officiellement, il s’agit de mieux répartir les moyens, de rapprocher les médecins des malades. Dans les faits, le nombre de soignants (médecins, infirmières, anesthésistes…) dans le secteur public se restreint, tandis que l’impératif de profit dans les hôpitaux et que la rémunération de certains médecins hospitaliers va dépendre du nombre d’actes rentables.
Mme Roseline Bachelot, ministre de la santé, promet qu’il n’y aura plus aucune fermeture d’hôpital, mais n’exclut pas une « baisse de la masse salariale ». Qu’en termes choisis ces choses-là sont dites… D’ores et déjà, la suppression de 20 000 à 30 000 emplois de soignants (médecins, infirmiers, aides-soignants…) est programmée dans les hôpitaux publics : 400 à Nantes, 650 à Nancy, 550 au havre, 2000 dans la région marseillaise… Pas une grande ville n’y échappe.
Les directeurs des hôpitaux publics seront nommés par les directeurs généraux des Agences régionales de santé (ARS), eux-mêmes désignés par le gouvernement. Un directeur sur mesure, qui n’a pas vocation à définir et mettre en œuvre un projet médical, mais à gérer l’hôpital selon des critères financiers – dont on voit partout l’efficacité… Et si ses résultats financiers ne sont pas assez probants, il peut être révoqué à tout moment par ce « préfet sanitaire » qu’est le directeur général de l’ARS.
Alors que le service public de santé est sérieusement attaqué, le gouvernement ne ménage pas sa peine pour offrir au privé des pans entiers de l’hôpital. On connaît le scandale des lits privés au sein même du public. On va « vendre à la découpe des missions de service publics », note le professeur André Grimaldi – lesquelles seront assumées par le privé avec des fonds publics. Les cliniques ont déjà fait acte de candidature pour les stages des internes – ce qui leur permettrait d’écrémer les talents… Avec d’autres praticiens, André Grimaldi a lancé une pétition pour la défense de l’hôpital public, signée par plus de neuf cents professionnels, dont trois cents professeurs de médecine et près d’une cinquantaine de cadres infirmiers, ainsi que des usagers.
Quant à l’autre volet de la loi, il porte sur certains déserts médicaux et la volonté de pousser à l’implantation de soignants dans certaines zones (banlieue, cantons ruraux…). L’idée de créer des maisons de santé (avec plusieurs médecins, des spécialistes…) est évidemment positive. Sanctionner ceux qui s’implantent dans des zones déjà surmédicalisées et favoriser les autres semblent de bonnes pistes. Mais il est pour le moins difficile de fermer les hôpitaux et autres centres de soins dans les petites et moyennes villes et de demander aux jeunes médecins d’aller occuper la place !
Martine Bulard
Le Monde diplomatique
mardi 10 février 2009
A Direita, no Poder, a "aproveitar" a crise:
D’ores et déjà, la suppression de 20 000 à 30 000 emplois de soignants (médecins, infirmiers, aides-soignants…) est programmée dans les hôpitaux publics : 400 à Nantes, 650 à Nancy, 550 au havre, 2000 dans la région marseillaise… Pas une grande ville n’y échappe.
...
e, esta previsão de futuro?
"Alors que le service public de santé est sérieusement attaqué, le gouvernement ne ménage pas sa peine pour offrir au privé des pans entiers de l’hôpital..."
Para ler, pensar e actualizar!
Realmente as declarações da Ana Jorge, quanto ao modelo de gestão do Hospital de Braga PPP são de uma candura perversa.
Entre a gestão do grupo Mello do Amadora Sintra que a senhora ministra tão bem conheceu e a do novo Hospital de Braga PPP, venha o diabo escolha.
O que mudou é que Ana Jorge, agora é Ministra da Saúde.
As bolsas caíram 5%. O petróleo recuou para mínimos de três semanas. As obrigações do Tesouro desceram para o valor mais baixo em dois meses. Foi esta a reacção dos mercados ao plano de Obama.
DE 10.02.09
Será que vai acontecer a Obama o mesmo que a Scolari. Cair em desgraça nos primeiros meses.
Hoje, em conferência de imprensa promovida pelo BES, Ricardo Salgado, anunciou um aumento de capital do banco, que este ano apresentou pesada dimunuição dos habituais lucros faraónicos (...não estamos a falar de prejuízos!).
Na mesma conferência de Imprensa, a Engª. Isabel Vaz, anunciou novos hospitais e readaptação de outros já existentes [ Porto (novo), Arrábida, Cliria (Aveiro)] e a ampliação das instalações do Hospital da Luz (Lisboa) que, segundo as declarações da própria, está com uma ocupação plena...o que teria levado o BESaúde, para colmatar essa situação, a proceder à recente aquisição de 2 lotes contiguos.
Bem. No meio de uma crise económica de dimensões ainda indefinidas, na senda de uma crise social de contornos não previsíveis, na sequência de diminuições mais do que significativas dos habituais lucros, a intensificação da "aposta" do BES no sector privado da Saúde, tem de encerrar uma estratégia.
Essa aposta, a estratégia que estará a ser desenhada, só pode ser o prenúncio de um ataque em força do poder financeiro ao SNS.
Resta saber:
A) como estamos de conivências políticas (de bastidor) para consumar o assassinato político-social, do SNS?
B) Se, em contrapartida, o MS tem um plano estratégico de resposta e capacidades técnicas e humanas, disponíveis ou mobilizáveis, para esta, já, inevitável batalha pela defesa do SNS?
C) Ou, se a destruição do SNS, passa pelas PPP's (com gestão privada), não-investimento na inovação, recurso às contractualizações externas (outsourcing) e o enfraquecimento das estruturas existentes?
Será que as afirmações de Rui Portugal não eram inocentes, mas antes um mero deslize?
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