RCE
Registo clínicos electrónicos, uma aposta inteligente do grupo para a Saúde de Obama para controlo de custos e melhoria da qualidade dos serviços.
Por que tardam medidas destas num País que está a comemorar 30 anos de SNS? Quem teve capacidade de inventar a via verde para a circulação viária e conceber um portátil de baixo custo, facilmente criaria um cartão de registo electrónico para a saúde. Quanto dinheiro não poderia assim ser poupado em medicação duplicada, análises clínicas, ecografias, TAC e RMN repetidas, por desorganização dos serviços e, há que dizê-lo, também por inconfessáveis interesses. Como esta medida poderia ajudar a minimizar a corrupçãozinha instalada, que Correia de Campos reconhece existir mas não julga suficiente para tirar o sono a um Ministro da Saúde.
Se em alternativa à introdução do ALERT (não fazendo juízos de valor) e à desactivação do IGIF, a opção tivesse sido a do investimento no desenvolvimento do SAM e da interactividade em rede entre hospitais e centros de saúde do SNS, apoiado por um cartão electrónico do utente, quanto racionalidade e melhoria de qualidade não se poderia ter verificado num curto espaço de tempo?
Mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu nem se prevê que venha a suceder. Nos hospitais, falo do que conheço, os profissionais são obrigados a trabalhar em dois sistemas com filosofias distintas, o que não estimula a opção pelo registo electrónico. São pois muitos os casos de médicos que continuam a fazer o registo em papel só utilizando o electrónico quando obrigados ou por falta de alternativa. A ligação entre hospitais e centros de saúde faz-se, de forma impessoal, através de um programa (ALERT P1), com informação que circula tipo bola de pingue-pongue, entre os dois níveis de cuidados até estarem todos os requisitos de aceitação para marcação de consulta concluídos.
Tenhamos esperança, pode ser que do até aqui sistema de saúde mais liberal do mundo ocidental venham boas práticas no interesse dos doentes e contribuintes. Confiemos que, do País que nos contaminou com produtos financeiros tóxicos, possa agora vir o exemplo para melhorar o nosso SNS em termos do desenvolvimento de registos clínicos electrónicos.
tá visto
Por que tardam medidas destas num País que está a comemorar 30 anos de SNS? Quem teve capacidade de inventar a via verde para a circulação viária e conceber um portátil de baixo custo, facilmente criaria um cartão de registo electrónico para a saúde. Quanto dinheiro não poderia assim ser poupado em medicação duplicada, análises clínicas, ecografias, TAC e RMN repetidas, por desorganização dos serviços e, há que dizê-lo, também por inconfessáveis interesses. Como esta medida poderia ajudar a minimizar a corrupçãozinha instalada, que Correia de Campos reconhece existir mas não julga suficiente para tirar o sono a um Ministro da Saúde.
Se em alternativa à introdução do ALERT (não fazendo juízos de valor) e à desactivação do IGIF, a opção tivesse sido a do investimento no desenvolvimento do SAM e da interactividade em rede entre hospitais e centros de saúde do SNS, apoiado por um cartão electrónico do utente, quanto racionalidade e melhoria de qualidade não se poderia ter verificado num curto espaço de tempo?
Mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu nem se prevê que venha a suceder. Nos hospitais, falo do que conheço, os profissionais são obrigados a trabalhar em dois sistemas com filosofias distintas, o que não estimula a opção pelo registo electrónico. São pois muitos os casos de médicos que continuam a fazer o registo em papel só utilizando o electrónico quando obrigados ou por falta de alternativa. A ligação entre hospitais e centros de saúde faz-se, de forma impessoal, através de um programa (ALERT P1), com informação que circula tipo bola de pingue-pongue, entre os dois níveis de cuidados até estarem todos os requisitos de aceitação para marcação de consulta concluídos.
Tenhamos esperança, pode ser que do até aqui sistema de saúde mais liberal do mundo ocidental venham boas práticas no interesse dos doentes e contribuintes. Confiemos que, do País que nos contaminou com produtos financeiros tóxicos, possa agora vir o exemplo para melhorar o nosso SNS em termos do desenvolvimento de registos clínicos electrónicos.
tá visto
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2 Comments:
Caro Tá visto
O post que connosco o Xavier partilhou referia que o Presidente Obama, tinha incluído no "pacote de estímulo" para a economia, "a atribuição de incentivos para os utilizadores de registos clínicos electrónicos (EHR – electronic health records), a partir de 2011".
e a sua expansão até 2016, através de mecanismos incentivos/coimas. Por cá apesar das dificuldades com a largura de banda, as esitações nas escolhas das aplicações/registos clínicos electrónicos, reclamações de concursos, etc., estamos muito à frente dos EUA, nos últimos 4 anos fizeram-se progressos enormes, hoje a grande maioria dos médicos de família e enfermeiros dispõem de registos clínicos electrónicos, prescrevem electrónicamente, e dispomos ainda de aplicações no mercado desenvolvidas entre nós para cuidados de saúde primários. No que se refere à aplicação Alert P1, não percebo o que é que ela tem de impessoal.É que resolvidos os problemas de interface com as outras aplicações (tardiamente resolvidos pela entropia do sistema), pela primeira vez o médico de família, tem a a oportunidade de referenciar clínicamente, de acordo com pressupostos anteriormente negociados, e enviar o seu pedido ao médico triador, escolhido pelo responsável do serviço que oferece a consulta. Claro que existem disconformidades, para além das técnicas, largura de banda, as outras remetem para as dificuldades entre níveis de cuidados, alicerçadas na falta de diálogo, na posição de supremacia dos médicos hospitalares sobre os de primeira linha, na gestão interna das consultas de primeira vez, capturadas a partir do Hospital, raramente os CS conseguem ter acesso a mais do que 30% de 1.ªs consultas dos Hospitais. No que se refere aos hospitais, para além de boas práticas conhecidas do Hospital Santo António, Hospital do Espírito Santo - Évora, da Figueira Digital, quisessem as lideranças médicas tomar em mãos o Registo Clínico Electrónico e outro galo cantaria. E o que dizer da informatização da esmagadora dos Serviços de Urgência, e do manancial de informação clínica para apoio à gestão e à governação clínica. É claro que podemos fazer melhor e mais depressa,que podemos ter sistemas de registos clínicos integrados, mas no que se refere aos RCE não nos precisamos de baixar ao que vem lá do lá do Atlântico. Basta olhar para os progressos de internacionalização que a Alert Sciences tem feito pelo mundo fora.
Drug Makers Fight Stimulus Provision"
"Lobbying War Ensues Over Digital Data"
The first was a recent Wall Street Journal headline and the second headline comes from the Washington Post. Both refer to what were supposed to be two already agreed on health care reform ideas--comparative research about which treatments work best and the creation of a nationwide system of medical records.
The lesson here is that in health care nothing is easy, simple, or widely agreed to.
The stimulus bill will include about $20 billion for computerized medical records. The problem is privacy. Business interests want more ability to use health care data to market their products and identify people who can be treated more effectively--data mining for example. Privacy interests want tighter control of that data. Can a doctor or a hospital make money selling people's medical data? Could data ultimately be used to discriminate against people? Can drug companies pay doctors to send a letter to certain patients touting medications? Where does a system of information that could be used to alert patients to new treatments and used to track trends in health care effectiveness become at cross purposes with privacy?
This is not a new debate--a health information technology bill has been bottled up in the Congress for years over these kinds of issues.
Comparative research--which drugs or medical devices work the best--makes a lot of sense. That is especially true in the wake of decades of research that continues to point to wide overuse of technology as the primary cost driver in our health care system.
So you would think this one was a no-brainer. But wait. In the WSJ story, "The drug industry is mobilizing to gut a provision in the stimulus bill that would spend $1 billion on research comparing medical treatments, portraying it as the first step to government rationing." And you know, these guys never lose.
The rub for the drug and device industry is that this kind of research could actually be able to call balls and strikes--which treatments don't work well and therefore should have their use subordinated to those that work better. Already, in the Senate version the industry has been successful in getting language that added the word "clinical" which has the effect of having any studies avoid "bang for the buck" kinds of conclusions.
One billion dollars for comparative research but we aren't allowed to know which drug or device gives us the best return for our money?
And, these were supposed to be the easy parts of health care reform. I am again reminded of all the reports in recent months about how different the 2009 version of health care reform will be with the special interests really ready to cooperate.
Let me say it again, there is no consensus about just what any meaningful, or probably meaningless, health care reform bill will look like.
Can't wait for the main feature.
RL
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