Avaliação dos CA´s
Caro tambemquero quando diz: ..."O que parece resultar efectivamente desta crise é a ousadia crescente dos nossos liberais de pacotilha"... encontra uma das razões porque a legislatura acaba e avaliação de CA's dos HH´s nem vê-la. Já viu a maçada que seria tantos "compagnons de route" postos em causa... É que o BPN já foi chão que deu uvas e os HPP's já não aguentam mais. Teríamos um problema de empregabilidade muito perturbador...
Zé povinho
Etiquetas: HH avaliação
3 Comments:
Entra hoje em vigor a comparticipação a 100% de medicamentos genéricos para pensionistas com rendimentos inferiores ao salário mínimo nacional.
A medida, que irá custar cerca de 35 milhões de euros ao Estado, vai beneficiar cerca de um milhão de pensionistas, de acordo com o Ministério da Saúde. Uma medida de apoio social às pessoas que consomem mais medicamentos e a quem é mais difícil suportar as despesas.
DN 01.06.09
Uma excelente medida. A carecer de acompanhamento do MS.
Susceptível de dinamizar o mercado de genéricos caso os médicos a ela adiram.
Vamos ver se 35 milhões chegam.
Se isto fosse um país a sério...
Avaliação dos CA's dos HH´s ?
Isso é que era bom!
E as nomeações de favor?
Os compadres e correligionários ficavam a arder?!...
Numa recente entrevista à TVI 24, o Professor António Câmara, “patrão” da YDreams, explicava à entrevistadora porque razão se considerava um empreendedor, mas não um gestor.
Sou um empreendedor, dizia AC, porque tenho ideias e sei pô-las em prática. Não sou gestor porque não tenho formação, nem a prática de gestor.
Assim pensava também o Professor Coriolano Ferreira, que, num artigo sobre a gestão hospitalar, manifestava a sua admiração pela enorme apetência que tantas pessoas, com a mais diversa formação, sentiam pela gestão hospitalar.
CF sabia que para gerir hospitais era preciso formação e prática. Por isso batalhou para criar um Curso de Administração Hospitalar e uma Carreira de Administração.
Em 1988 entendeu-se que os administradores hospitalares eram os grandes responsáveis pela ineficiência dos hospitais.
Abriu-se, então, a possibilidade legal de recrutar, para o cargo de Administrador Delegado, “gestores de reconhecido mérito, vinculados ou não à função pública e com currículo adequado às funções a exercer.” (nº1 art. 9.º do Decreto Regulamentar n.º 3/88.)
Era óbvio que não valia a pena mudar os peixes sem mudar a água. Bastava ter lido Drucker para perceber que assim seria. Passo a citar o grande Mestre:
“Pessoas com o melhor espírito empresarial e inovador comportam-se como o pior dos burocratas oportunistas, ou dos políticos famintos do poder, seis meses depois de terem assumido a direcção de uma instituição de serviços públicos, particularmente se se tratar de um organismo estatal.”
Os resultados foram ainda piores porque nos critérios de escolha dos gestores se substituiu o “currículo adequado” pelo “cartão ajustado”.
O PS, então na oposição, reclamou dos critérios de escolha. Uma vez no Governo, fez exactamente o mesmo.
Um argumento, às vezes invocado, para justificar o recrutamento com base partidária é o da maior confiança que este oferecerá no cumprimento das decisões do governo.
Argumento pueril, que não colhe, nem no futebol.
Parece que Luís Filipe Vieira quer contratar Jorge de Jesus. Consta que Jorge de Jesus é do Sporting, desde pequeno. Mas será por Jorge de Jesus ser sportinguista que Luís Filipe Vieira vai desistir de o contratar?
O Benfica sabe que, contratando aquele treinador, ele tudo fará para triunfar. Jorge Jesus, por sua vez, também sabe que, se vier a ser contratado, será escrutinado pela SAD, pelos jogadores e pelos adeptos.
No futebol o julgamento dum treinador é simples, mas pode ser muito injusto.
A avaliação da performance do CA dum hospital é muito complexa, mas pode ser razoavelmente justa. Basta ter instrumentos de avaliação que correspondam à complexidade do hospital.
Os Ministros da Saúde estão muito condicionados na escolha dos gestores hospitalares. Um bom instrumento de avaliação ser-lhes-ia muito útil.
Desde logo, porque a sua existência seria dissuasora de algumas candidaturas. Depois, porque a sua aplicação, consistente, iria remeter as escolhas para o campo da meritocracia.
Os primeiros beneficiados seriam os próprios Ministros. Afinal, quem os julga é o País e não o “aparelho” do partido.
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