Despesa com saúde
Despesas com saúde derrapam até 2060
Os bons resultados orçamentais com a reforma das pensões não têm paralelo na saúde, segundo o estudo da Comissão Europeia sobre os efeitos financeiros com o envelhecimento. As despesas orçamentais com saúde resultantes da progressiva inversão da pirâmide etária foram de 7,2%. do PIB em 2007 e deverão aumentar em 1,9 p.p. até 2060, a quarta maior derrapagem da UE a 27, atrás da República Checa, Malta e Eslováquia. Face ao estudo sobre os efeitos de envelhecimento realizado em 2006, a saúde derrapa quase quatro vezes mais. Fazendo as contas, só Reino Unido, França e Alemanha terão um fardo da velhice tão pesado no orçamento da saúde no final deste período.
Nas últimas décadas, a despesa pública com a saúde não parou de aumentar. De 1,5% do PIB em 1970 para 3,4% em 1980, estabilizou em 1990 (3,8%), saltou para 6,4% em 2000, superando agora os 7%, nota a CE. Mas peso deste gasto público no total da despesa (publica e privada) com a saúde está entre os mais baixos da UE, apenas a Grécia – entre os países de media e grande dimensão -, gasta menos dos 71% que Portugal despendeu em 2006.
Há várias consequências orçamentais do envelhecimento. Até 2060, o aumento da esperança média de vida (de 75,8 para 84,1 anos para os homens e de 82,4 para 88,8 para as mulheres) a par da permanência de uma taxa de natalidade (de 1,36 para 1,54) abaixo do patamar que permitiria a renovação da população (2,1), faz com que o número de idosos dependentes aumente. E o da população activa diminua: o numero de contribuintes para a Previdência vai cair 19% até 2006, estima Bruxelas. As despesas com a saúde aumentam, as das pensões também, enquanto (com variações marginais) as de educação diminuem (menos jovens) e os subsídios de desemprego também (menos população em idade activa). Em Portugal as ajudas ao desemprego vão cair dos actuais 1,2% do PIB para 0,8% enquanto a despesa com educação cairá de 4,6% para 4,3%.
Luís Rego em Bruxelas, DE 29.04.09
Os bons resultados orçamentais com a reforma das pensões não têm paralelo na saúde, segundo o estudo da Comissão Europeia sobre os efeitos financeiros com o envelhecimento. As despesas orçamentais com saúde resultantes da progressiva inversão da pirâmide etária foram de 7,2%. do PIB em 2007 e deverão aumentar em 1,9 p.p. até 2060, a quarta maior derrapagem da UE a 27, atrás da República Checa, Malta e Eslováquia. Face ao estudo sobre os efeitos de envelhecimento realizado em 2006, a saúde derrapa quase quatro vezes mais. Fazendo as contas, só Reino Unido, França e Alemanha terão um fardo da velhice tão pesado no orçamento da saúde no final deste período.
Nas últimas décadas, a despesa pública com a saúde não parou de aumentar. De 1,5% do PIB em 1970 para 3,4% em 1980, estabilizou em 1990 (3,8%), saltou para 6,4% em 2000, superando agora os 7%, nota a CE. Mas peso deste gasto público no total da despesa (publica e privada) com a saúde está entre os mais baixos da UE, apenas a Grécia – entre os países de media e grande dimensão -, gasta menos dos 71% que Portugal despendeu em 2006.
Há várias consequências orçamentais do envelhecimento. Até 2060, o aumento da esperança média de vida (de 75,8 para 84,1 anos para os homens e de 82,4 para 88,8 para as mulheres) a par da permanência de uma taxa de natalidade (de 1,36 para 1,54) abaixo do patamar que permitiria a renovação da população (2,1), faz com que o número de idosos dependentes aumente. E o da população activa diminua: o numero de contribuintes para a Previdência vai cair 19% até 2006, estima Bruxelas. As despesas com a saúde aumentam, as das pensões também, enquanto (com variações marginais) as de educação diminuem (menos jovens) e os subsídios de desemprego também (menos população em idade activa). Em Portugal as ajudas ao desemprego vão cair dos actuais 1,2% do PIB para 0,8% enquanto a despesa com educação cairá de 4,6% para 4,3%.
Luís Rego em Bruxelas, DE 29.04.09
"2009 Ageing Communication: a renewed strategy for tackling Europe’s demographic challenge" link
"The 2009 Ageing Report:Underlying Assumptions and Projection Methodologies" for the EU-27 member States (2007-2060) link
Sobre esta matéria no saudesa: "Os Idosos contam quanto ?" link ; "Os Idosos contam muito ?" link
"The 2009 Ageing Report:Underlying Assumptions and Projection Methodologies" for the EU-27 member States (2007-2060) link
Sobre esta matéria no saudesa: "Os Idosos contam quanto ?" link ; "Os Idosos contam muito ?" link
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