sexta-feira, junho 12

Gestão Hospitalar

E o Cristiano Ronaldo
O Ministério da Saúde decidiu reforçar em 100 milhões de euros, o Fundo para o Pagamento de Dívidas da Saúde (FPDS). link
Segundo Francisco Ramos (FR), o reforço visa essencialmente responder a novos pedidos de empréstimos dos hospitais e também permitir que os que solicitaram o resgate dos montantes aplicados no Fundo possam receber de volta o seu dinheiro.

A verdade é que, na última semana, Artur Vaz (AV) queixou-se à Lusa que se o dinheiro aplicado no fundo não fosse devolvido o HFF deixaria de ter capacidade de fazer qualquer investimento a partir de Setembro.

Quem parece não ter gostado do reforço foi o presidente da APAH, Pedro Lopes (PL), para quem injectar dinheiro no sistema não resolve o problema de fundo, pois o que é preciso é saber o que se está a passar em relação aos hospitais.
link

Vamos supor que era PL a queixar-se aos jornais de falta de dinheiro.
a) – FR anunciaria o reforço do fundo na semana seguinte;
b) – FR ordenaria uma investigação rigorosa para apurar o que se passava nos hospitais.
c) – PL era demitido .

Nota: A proximidade de eleições aumentaria sempre as probabilidades em relação à primeira premissa. Mal por mal, votaria na terceira. O MS pouparia cem milhões de euros. Mais do que o Real Madrid pagou pelo Cristiano Ronaldo. E o problema de fundo dos hospitais continuaria por se saber.

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3 Comments:

Blogger Joaopedro said...

Excelente post.
O Xavier cheio de humor para fazer frente à crise.

O FR ainda podia encomendar meia dúzia de estudos para avaliar o problema de fundo dos HHs e sobrava-lhe dinheiro.

Mas já se sabe, o grande problema dos HHs são os Administradores Hospitalares.

12:41 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Chegámos a temer...

Artur Vaz, presidente do conselho de administração do Hospital de Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), há seis meses transformado em EPE, queixou-se de que, a partir de Setembro próximo, o hospital deixa de ter possibilidade de fazer qualquer investimento, se entretanto não receber o capital estatutário a que tem direito, 76 milhões de euros. Fê-lo em entrevista à Lusa, forma tão pouco curial de comunicar com a tutela que suscitou a nossa perplexidade, somente atenuada pelo facto de sabermos que, nos tempos que correm, os presidentes dos conselhos de administração dos hospitais EPE já se habituaram a falar sozinhos; chegámos a temer que as declarações de Artur Vaz proviessem do desespero, mas não. A ministra da Saúde reagiu apropriadamente, sendo pois de esperar que o diálogo impere e as entrevistas fiquem reservadas para estados de alma.

J.P.O.

Tempo de Medicina, 15.06.09

5:10 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Só uma "avaliação rigorosa do desempenho dos conselhos de administração dos hospitais, que está por fazer," permitirá fazer face ao eterno problema das dívidas dos hospitais, que "continua a agravar-se", defendeu ontem, em declarações ao PÚBLICO, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares. Pedro Lopes reagia ao anúncio do secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, de que o fundo para pagar as dívidas será reforçado, este mês, com mais 100 milhões de euros. link

JP 12.06.09

2:55 da manhã  

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