segunda-feira, julho 13

RSE, só em 2012


RSE: Manuel Pizarro garantiu no «e-Saúde 2009» que o Registo de Saúde Electrónico (RSE) só para 2012. link
Quase certo, é MP, nessa data, não ser secretário de estado da saúde nem fazer parte do governo.
Sobre o timing deste projecto, MP repetiu a lengalenga referida ao TM «O registo clínico electrónico é um processo, não é algo de miraculoso que apareça no dia seguinte, considerando como “meta alcançável e ambiciosa” que, no espaço de três anos, haja em Portugal um sistema nacional de registo da informação clínica»

RNU: O expurgo do registo nacional de utentes (RNU), segundo Manuel Pizarro, só estará concluído no final de 2010.
AOS PAPÉIS: Só então as entidades do Ministério da Saúde poderão saber ao certo quantos utentes não têm médico de família .
SOLUÇÃO: Com este cenário havia que fazer algo. Uma festa de arromba prá animar a malta sai sempre bem.

DOCUMENTAÇÃO e-Saúde 2009: (because we love PDF Files):
link

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4 Comments:

Blogger tambemquero said...

Ò dr. Manuel Pizarro devia acompanhar o debate que se desentola no UK sobre esta matéria:
"Google or Microsoft could hold NHS patient records say Tories"
link

1:58 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

Há quantos anos se fala na criação do RSE?
Tratando-se de um processo complexo e, admito, demorado, quantos anos precisa para a sua implementação?
Certamente os anos que o senhor secretário de estado entender.
O certo é que estes anos todos de demora têm custado ao estado largos milhares de euros.

Quando se diz que Portugal é líder nas tecnologias de informação da saúde,no contexto da União Europeia, está-se a tentar comparar Portugal com que países?
Além de atraso, falta-nos também humildade para levarmos por diante com êxito os necessários projectos estruturantes.

3:52 da tarde  
Blogger Unknown said...

Na realidade o que a Google está a fazer é uma coisa semelhante ao Personal Health Record que é uma coisa bem diferente do EHR (tradução para Inglês de Registo de Saúde Electrónico) o que levanta uma série de outras questões como a confidencialidade e segurança dos dados assim como o uso indevido que pode ser dado aos mesmos por parte duma entidade(Google) sem qualquer vínculo a obrigações deontológicas, pelo menos comparado ao de qualquer profissional de saúde digno desse nome. Portanto tal é provavelmente algo de eticamente duvidoso.

Quanto à criação do RSE, como fazê-lo se vários dos passos para a sua criação parecem estar a ser negligenciados/ignorados/subvalorizados?
- Como assegurar a segurança dos dados?
- Como criar o RSE se as instituições do SNS e sector privado ainda têm tantos problemas de interoperabilidade mesmo dentro das próprias instituições quanto mais a nível nacional?
- Se grande parte das instituições não têm sequer os seus registos digitalizados/informatizados, como poderemos agregar a informação num RSE? Não ficará "coxo"?
- Como serão codificados os dados? Que nomenclatura usar?
Pretende usar-se ICD-9? Está praticamente obsoleto. ICD-10? Já existe desde 1992 e não há forma de imperar sabe-se lá porquê...

Uma medida aparentemente excelente, a criação do RSE, tem de ser claramente um dos pontos chave da política de saúde dos anos vindouros. Os benefícios são por demais conhecidos( eliminação da redundância, repositório de dados com fins clínicos, epidemiológicos e etc etc etc etc etc)para que isto não seja encarado como primordial e acima de tudo uma medida essencial para garantir a sustentabilidade do sistema assim como a melhoria dos cuidados de saúde.

Bem mais importante do que discutir assuntos menores seria falar de medidas definitivamente estruturantes como esta, espero que qualquer que seja o partido que vá governar Portugal, este assunto não fique na gaveta.

4:26 da tarde  
Blogger 007 said...

A pandemia e a atracção populista pelo alarmismo
Ao aparecer tantas vezes para comentar um ou outro caso da gripe provocada pelo vírus H1N1 a ministra da saúde corre o risco do efeito boomerang fatal em política. Cria alarme social (injustificado). Introduz uma factor pertubador na ordem económica e social de proporções incalculáveis. Sobrecarrega, desnecessariamente, os serviços. Gera procura baseada no "ruído" e não nos factos. Empola a questão conferindo-lhe relevância política. Dá sinais contraditórios à população (o que faria se fosse o Ébola). Não fora as eleições em Setembro não deixaria espaço para nenhum tipo de recuo (punha o PM a falar?). Ainda por cima o que há para dizer são banalidades (lavar mãos, proteger espirro, etc). As banalidades repetidas perdem sentido. Cria expectativas de encerramento de escolas, empresas prenunciando o caos social. Desajuda a confiança na recuperação económica. Isto tudo por uma gripe cuja mortalidade é inferior à da gripe sazonal. Não percebe que este é, tipicamente, assunto de Director-Geral. Ministros tratam de listas de espera, utentes sem médico de família, reforma das urgências, sustentabilidade do SNS entre muitas outras coisas (politicamente) relevantes.

6:34 da tarde  

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