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9 Comments:
Com o “episódio TVI” a culminar uma série de sucessivos incidentes e acidentes de percurso, os portugueses começam a ter a noção que as próximas Eleições Legislativas, não se discutirá nada de relevante para o futuro do País.
O próximo acto eleitoral será uma mera chicana política.
O necessário esclarecimento dos cidadãos tornou-se numa tarefa irrelevante (...daí a desvalorização pelo PSD do programa eleitoral e dos comícios), fastidiosa, assente em detalhes inconclusivos e marginais, com notório abuso do sensacionalismo barato, o sistemático recurso a minudências e uma profícua repetição de manobras capciosas.
Neste ínterim, o eleitorado vai ter de escolher entre a imagem de Manuela (qualquer uma delas!) e José Sócrates.
Será uma espécie de desfile de espécimes políticos. Mesmo para esse situação a passerelle é demasiado estreita...
Continuarão os atropelos até esgotarem a nossa pachorra.
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A todos os títulos intrigante este caso. Se em política o que parece é, então tudo indica que alguém ligado ao governo tratou de manobrar para que MMG fosse afastada do TJ das sextas. Mas, em boa verdade, pelo momento e pela forma em que se dá o afastamento, tal só vem lançar nuvens negras sobre Sócrates e beneficiar a oposição, MFL em particular. Da fama de perseguir quem se lhe opõe, Sócrates não se livra, ainda por cima há antecedentes recentes como seja o do afastamento de Lobo Antunes da Comissão Nacional de Ética.
Sobre este assunto corroboro da tese de Miguel Esteves Cardoso “Boa, Juan Luís” hoje exposta na breve crónica que mantém no Jornal Público. A decisão terá vindo de Espanha e quem a tomou esteve-se nas tintas para o momento em que iria ocorrer e o estardalhaço que ia causar. Para Sócrates terá sido como quem beneficia de uma cunha ao retardador, quando se obtém o que se desejava não só o lugar já não interessa como passou a ser indesejado.
Naturalmente Eduardo Moniz continua a ter forte influência na TVI e continua a manobrar de fora. Afinal a MMG é sua mulher.
Caro Hospitaisepe:
O intrigante é que Eduardo Moniz hoje a trabalhar na da OnGoing Media, como vice-presidente, beneficiou indirectamente da crise financeira que afecta a Prisa.
É ver a evolução na Bolsa das cotações da OnGoing, desde a suspensão do Jornal Nacional de 6ª.F da TVI e o afastamento de MMG.
Por outro lado, Nuno Vasconcellos, presidente da Ongoing, manifestou interesse em comprar os 30% da TVI à Prisa. O negócio está suspenso mas mantem-se em perspectiva.
Esta confusa situação poderá ser, tão somente, uma manobra bolsista.
A valorização da Ongoing e a queda da Prisa, são coincidências que vêm muito a propósito...
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Infelizmente, várias outras pessoas sofreram as manobras de silenciamento de quem tivesse ideias opostas a Sócrates e ao seu governo.
Vários foram sendo, discretamente, eliminados e afastados dos espaços de opinião. Sobretudo os que tivessem alguma competência técnica para discutir os assuntos. Os mecanismos de afastamento e retaliação são diversos e deixam poucos vestigios..
Vocês neste blogue é que, cegos pelo preconceito, recusam ver o tipo de carácter que temos a primeiro-ministro. Por exemplo, alguém notou a forma ameaçadora como Sócrates falou para Judite de Sousa no debate com Jerónimo de Sousa sobre este tema?
A liberdade de expressão está em perigo! Acordem!
Vejam, por exemplo, este artigo, publicado por um ex-amigo vosso:
“O nome e instituições das pessoas implicadas no caso não pode ser revelado por motivos legais e, sobretudo, políticos. Mas é um caso que lembra os processos de antes de 1974.
Imaginemos que após a publicação de uma reportagem sobre um tema de interesse geral em que são citados um número de especialistas técnicos de diversas áreas do conhecimento, um alto responsável da administração pública, sentindo que as opiniões expressas não são da conveniência do actual governo, decide iniciar um processo de silenciamento desses especialistas.
Utilizando uma artimanha tipica da esperteza saloia adquirida na sua ascenção na hierarquia da administração pública, o Avelino (nome ficticio do gestor público em questão) faz uma série de telefonemas para os “chefes” dos especialistas citados na reportagem. Durante essa conversa utiiza a sua relação próxima com o ministro da tutela para lhes fazer notar que os seus subordinados não deviam andar livremente a opinar sobre o tema pois geram uma visão diferente daquela que ele próprio, e o ministro, necessita impor e é muito inconveniente para o actual governo em periodo de eleições..."
(continua)
(continuado)
"Por outro lado, lembra-os que o seu posto de trabalho depende da nomeação política do ministro da tutela e esta situação incomoda e pode colocar em causa a sua continuidade no posto no pós-eleições. De seguida, alguns dos “chefes”, sentindo-se amedrontados, chamam os seus técnicos subordinados e pedem-lhes, ou ordenam-lhes, que não façam mais declarações sobre o tema em questão.
Poucos dias depois, o mesmo jornalista querendo produzir uma outra reportagem sobre a evolução do tema fica um pouco surpreendido quando os mesmos especialistas recusam prestar declarações por “falta de tempo”. O jornalista fica praticamente forçado a recorrer ao único agente sempre pronto a prestar declarações: o representante do Governo.
Denuncio aqui esse processo! Faço-o num dos poucos jornais nacionais que ainda permite denunciar os abusos do actual poder. Denuncio até ao limite que as circunstâncias permitem e o anonimato dos envolvidos exige. Provar este episódio só seria possivel recorrendo a métodos de investigação que não foram envolvidos. Portanto, a sua identidade fica exclusivamente do conhecimento dos envolvidos (incluindo o próprio jornalista).
Porém, o episódio reforça a minha convicção positiva em relação ao valor da Demcoracia e, sobretudo, do valor da alternância dos partidos do poder.
A minha posição é priveligiada. Embora também tenha sido visado nos esforçços manipuladores do dito alto responsável, vivo fora de Portugal e não tenho dependências de favores e nomeações politicas. Mas tenho uma obrigação ética para com os colegas que, no contexto das organizações públicas onde trabalham se sentiram, de facto, ameaçados na sua segurança profissional e violados na sua liberdade intelectual. O meu privilégio obriga-me a fazer esta denuncia por eles.
Pode até ser o último artigo que o actual Poder me permite publicar. Pode ter um efeito nulo na defesa da Liberdade de expressão em Portugal. Pode até nem chegar à atenção dos que podem contrariar esta actual tendência de castração discreta das opiniões e análises livres. Pode até prejudicar ainda mais a minha relação com os que actualmente detêm o Poder no meu país. Mas alguns efeitos positivos terá esta denuncia: a minha consciência e o meu sono tranquilo.
As tentativas de controlar a disseminação da diversidade de opções e alternativas decorrentes da procura incessante do conhecimento associado ás ciências da modernidade estiveram na base da sustentação dos espiritos da Revolução Francesa. Os altos responsáveis da administração pública nacional que o querem negar são agentes do chamado “medievalismo pós-moderno” um conceito desenvolvido por Umberto Eco num dos seus magnificos ensaios analiticos.
Valha-nos a memória de Eça de Queirós e os sinais de esperança e liberdade que nos chegam actualmente dos EUA e de vários pontos da União Europeia. Portugal está envolto em plástico cinzento.”
(Fonte: DE 9 de Junho de 2009).
O autor foi “afastado” poucas semanas depois deste artigo ser publicado. O que mudou desde que o DE foi comprado por investidores portugueses...
O PKM foi afastado do DE?
Desconhecia tal facto de todo.
Esta história está muito mal contada.
Trata-se de mais um dos seus habituais truques e dramatismos.
Lembram-se da encenação que ele fez quando saiu do grupo da sustentabilidade ?
Pelos vistos ninguém deu por isso.
Se PKM estava à espera de um "acontecimento" semelhante ao sucedido quando abandonou a comissão de estudo da sustentabilidade do SNS, os cálculos saíram-lhe furados.
Talvez esta paragem seja benéfica se o professor aproveitar para aprofundar as suas reflexões sobre a Saúde não esquecendo o marketing.
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