Muito mau...
E o António Borges só diz baboseiras...
O ex-ministro da Saúde do PSD, o médico Paulo Mendo, considera que o programa eleitoral do partido no sector da saúde é "muito mau e muito curto", à semelhança do programa eleitoral do PS.
E defende que o vice-presidente do PSD António Borges "só diz baboseiras" no final da entrevista que anteontem deu ao jornal i.. "Não é possível que um grande economista não saiba que Portugal gasta muito menos na saúde, em termos absolutos, do que outros países [menos cerca de 40 por cento per capita ] e é dos que têm melhores índices sanitários".
Um dos subscritores do manifesto em defesa do Serviço Nacional da Saúde (SNS) que tem estado a circular pelo país, Paulo Mendo não entende sobretudo por que razão é que o programa eleitoral do PSD não faz qualquer referência ao SNS, "um enorme sucesso do Portugal democrático". E lamenta que a questão central - "os políticos devem dizer como vão financiar a saúde" - tenha sido "metida debaixo do tapete" pelos dois principais partidos.
O ministro da Saúde do último Governo de Cavaco Silva esclarece, porém, que tem "muitas discordâncias em relação à política de saúde, não do PSD," mas daquela que "começou com Luís Filipe Pereira", em 2002.
"O que é estranho é que a seguir veio um ministro do PS que continuou com esta política", critica. "Toda a política do dr. Correia de Campos foi de descaracterização completa do SNS e de entrega da saúde aos privados", defende. E não está incomodado com o que o PSD pensa das suas afirmações: "O partido sabe o que eu penso e eu faço as críticas que quiser". Ontem, em declarações à TSF, o médico acrescentou que o programa do Bloco de Esquerda é o único que apresenta uma "certa minúcia e uma lógica interna", apesar de alguns aspectos de que discorda.
E defende que o vice-presidente do PSD António Borges "só diz baboseiras" no final da entrevista que anteontem deu ao jornal i.. "Não é possível que um grande economista não saiba que Portugal gasta muito menos na saúde, em termos absolutos, do que outros países [menos cerca de 40 por cento per capita ] e é dos que têm melhores índices sanitários".
Um dos subscritores do manifesto em defesa do Serviço Nacional da Saúde (SNS) que tem estado a circular pelo país, Paulo Mendo não entende sobretudo por que razão é que o programa eleitoral do PSD não faz qualquer referência ao SNS, "um enorme sucesso do Portugal democrático". E lamenta que a questão central - "os políticos devem dizer como vão financiar a saúde" - tenha sido "metida debaixo do tapete" pelos dois principais partidos.
O ministro da Saúde do último Governo de Cavaco Silva esclarece, porém, que tem "muitas discordâncias em relação à política de saúde, não do PSD," mas daquela que "começou com Luís Filipe Pereira", em 2002.
"O que é estranho é que a seguir veio um ministro do PS que continuou com esta política", critica. "Toda a política do dr. Correia de Campos foi de descaracterização completa do SNS e de entrega da saúde aos privados", defende. E não está incomodado com o que o PSD pensa das suas afirmações: "O partido sabe o que eu penso e eu faço as críticas que quiser". Ontem, em declarações à TSF, o médico acrescentou que o programa do Bloco de Esquerda é o único que apresenta uma "certa minúcia e uma lógica interna", apesar de alguns aspectos de que discorda.
JP 23.09.09
Etiquetas: Legislativas 09
2 Comments:
O problema é que não se compreende porque razões Paulo Mendo continua no PSD.
A verdade é que o mesmo poderiamos afirmar em relação a políticos que "habitam" outros partidos...
Enfim, acreditemos que estas eleições concorram para melhor "arrumar" os cidadãos no, já largo e confuso, espectro partidário.
A democracia tornava-se mais transparente, mais límpida. Numa palavra o clima democrático, beneficiaria.
O que seria "Muito Bom!"
Não deve ser nada agradável para Paulo Mendo, com as responsabilidades políticas que teve na área da saúde desde 75, ver o seu Partido meter o SNS na betesga e abraçar uma filosofia neoliberal nesta área social. Vejo aliás que outros comungam da opinião que a filosofia privatizadora do SNS teve uma lógica de bloco central, tendo em LFP e CC os seus principais executantes, ainda que com diferenças na área dos cuidados primários.
Estamos hoje à porta de eleições para um novo Governo e uma das principais condicionantes do sucesso do SNS, a política de recursos humanos, está num impasse. Os técnicos de diagnóstico cumpriram hoje um dia de greve por não terem ainda as suas carreiras definidas; os enfermeiros transformaram a greve em manifestação protestando por discordarem da grelha salarial; os médicos, se bem que em bom entendimento com o MS, transitam para a nova legislatura sem terem ainda discutido salários. Entretanto noticia-se que o défice público já vai em 7% (o que não atemoriza os gestores públicos que continuam a atribuir-se prémios de produtividade que escandalizariam o presidente de um qualquer Emirato) dando para perceber do espaço de manobra salarial do próximo governo.
Foi nisto que deram as políticas para a Saúde dos últimos governos e uma reforma da administração pública que foi deixando para o fim as negociações mais complexas. Se havia momento em que se impunha clareza na definição de políticas e objectivos para o SNS era este e tal foi evitado pelos dois maiores partidos. Quando se apresentam programas curtos e generalistas, ou se pretende esconder objectivos ou deixar tudo em aberto para se poder ir governando de acordo com as conveniências
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