Das ideias às realizações concretas
É como ACF e outros afirmam no texto anúncio do Manifesto sobre política de saúde: “o acesso de todos a serviços de saúde de qualidade é um desígnio civilizacional de primeira grandeza”. Se esta é a grande ideia, ou objectivo concreto sobre o qual ninguém hesitará, já será mais difícil “entender os caminhos que vão das ideias às realizações concretas”, como também dizem.link
É que a opção apresentada entre “(1) aceitar o desafio de modernizar o SNS ou (2) assumir abertamente perante os portugueses uma alternativa explícita ao SNS” tem muito que se lhe diga.
Primeiro, poderá dizer-se que os termos da opção não se contrapõem, porque a alternativa explícita ao SNS pode ser não mais que a modernização do SNS. Assim o entenderam ACC, que não se propunha destruir o SNS mas para quem a necessidade de modernização era inquestionável, e também JS que durante três anos o sustentou, com muitas vozes concordantes, embora com discordâncias bem conhecidas que os acusaram daquele propósito de destruição.
Depois, a regra básica da definição, que aqui parece infringida, é que ela seja mais definida do que o definido, ou seja, que traga um ganho de evidência. E a verdade é que modernizar pode ter abrangência muito variável, desde os meros aspectos formais até ao entendimento de ACC, muito mais objectivo.
No entanto, faço justiça a ACF e aos restantes que o acompanham na assinatura do Manifesto. Afinal, conseguem descodificar os programas expostos e não deixam em dúvida o que entendem por SNS nem o objectivo visado:
- não lhes basta que o Estado garanta a toda a população, pela gratuitidade para o utente, o acesso aos cuidados de saúde (universalidade do SNS);
- não lhes basta que esse acesso se estenda a todos os cuidados (generalidade do SNS);
- nem se contentam com a inexistência de pagamento pelos cuidados recebidos (gratuitidade);
- ficam preocupados porque “os serviços públicos na Saúde (passariam a) ter um papel progressivamente residual” e lamentam não poderem invocar que ninguém anuncie a extinção do SNS.
Ora, o que não entendo são as razões da preocupação expressada.
Não a entendo no plano da legalidade porque a Constituição da República, além das responsabilidades atribuídas ao Estado, através do SNS, expressamente prevê a existência de medicina privada, reservando para o Estado a responsabilidade de “Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde, por forma a assegurar, nas instituições de saúde públicas e privadas, adequados padrões de eficiência e de qualidade;” (CRP, art.º 64.º, n.º 3, alínea d). E já esqueço a Lei de Bases da Saúde que também expressamente prevê um sector público, um sector social e um sector privado.
Para entender, não me ajuda socorrer-me da doutrina que realça que a gestão pública está, naturalmente, indicada para as funções core, enquanto que, na produção de bens de mérito, como são a saúde e a educação, é adequado distinguir as políticas (que são competência do Estado) e a actividade de gestão que deve, predominantemente, fazer-se com recurso aos instrumentos da gestão privada.
Mas também a não entendo no plano das probabilidades. Vários países, bem situados no ranking dos Serviços de Saúde, não fizeram a opção SNS. Sobretudo não a entendo se o Estado assumir a responsabilidade que a citada disposição constitucional lhe atribui e que o Estado nunca assumiu, nem por este Governo nem pelos que o precederam, diga-se em abono da verdade. Se o financiamento se fizer em termos de equidade (o que significa pagar o que for feito, considerando os variados factores geradores da despesa, entre eles os derivados da imposição de cobertura de toda a população e de responsabilidades não generalizadas, como a formação dos profissionais), se no Estado permanecer o poder regulador que lhe permite exigir o respeito rigoroso do interesse geral, o que impediria o sector público de dispor, no mínimo, de condições concorrenciais com os restantes sectores? Só por inércia ou imobilismo retrógrado o sector público, favorecido pelo investimento inicial do Estado, seria reduzido a “um papel progressivamente residual”. Evidentemente tudo seria diferente se, depondo as armas, o Estado e o sector público, renunciassem a fazer o que é da sua competência e dever dos seus agentes, qualquer que seja o nível a que se situem.
Neste caso, na perspectiva de despesa que só ameaça crescer, como é inevitável por razões demográficas e outras, com o endividamento inelutável imposto pela crise, sem o anúncio de medidas de disciplina e de contenção denunciadoras de outra mentalidade profissional (como seria a exigência de exclusividade aos profissionais, separando finalmente as águas) como estranhar que, com razão ou sem ela, o contribuinte diga: não, obrigado, desse SNS já temos há mais de 30 anos?
Aidenos
É que a opção apresentada entre “(1) aceitar o desafio de modernizar o SNS ou (2) assumir abertamente perante os portugueses uma alternativa explícita ao SNS” tem muito que se lhe diga.
Primeiro, poderá dizer-se que os termos da opção não se contrapõem, porque a alternativa explícita ao SNS pode ser não mais que a modernização do SNS. Assim o entenderam ACC, que não se propunha destruir o SNS mas para quem a necessidade de modernização era inquestionável, e também JS que durante três anos o sustentou, com muitas vozes concordantes, embora com discordâncias bem conhecidas que os acusaram daquele propósito de destruição.
Depois, a regra básica da definição, que aqui parece infringida, é que ela seja mais definida do que o definido, ou seja, que traga um ganho de evidência. E a verdade é que modernizar pode ter abrangência muito variável, desde os meros aspectos formais até ao entendimento de ACC, muito mais objectivo.
No entanto, faço justiça a ACF e aos restantes que o acompanham na assinatura do Manifesto. Afinal, conseguem descodificar os programas expostos e não deixam em dúvida o que entendem por SNS nem o objectivo visado:
- não lhes basta que o Estado garanta a toda a população, pela gratuitidade para o utente, o acesso aos cuidados de saúde (universalidade do SNS);
- não lhes basta que esse acesso se estenda a todos os cuidados (generalidade do SNS);
- nem se contentam com a inexistência de pagamento pelos cuidados recebidos (gratuitidade);
- ficam preocupados porque “os serviços públicos na Saúde (passariam a) ter um papel progressivamente residual” e lamentam não poderem invocar que ninguém anuncie a extinção do SNS.
Ora, o que não entendo são as razões da preocupação expressada.
Não a entendo no plano da legalidade porque a Constituição da República, além das responsabilidades atribuídas ao Estado, através do SNS, expressamente prevê a existência de medicina privada, reservando para o Estado a responsabilidade de “Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde, por forma a assegurar, nas instituições de saúde públicas e privadas, adequados padrões de eficiência e de qualidade;” (CRP, art.º 64.º, n.º 3, alínea d). E já esqueço a Lei de Bases da Saúde que também expressamente prevê um sector público, um sector social e um sector privado.
Para entender, não me ajuda socorrer-me da doutrina que realça que a gestão pública está, naturalmente, indicada para as funções core, enquanto que, na produção de bens de mérito, como são a saúde e a educação, é adequado distinguir as políticas (que são competência do Estado) e a actividade de gestão que deve, predominantemente, fazer-se com recurso aos instrumentos da gestão privada.
Mas também a não entendo no plano das probabilidades. Vários países, bem situados no ranking dos Serviços de Saúde, não fizeram a opção SNS. Sobretudo não a entendo se o Estado assumir a responsabilidade que a citada disposição constitucional lhe atribui e que o Estado nunca assumiu, nem por este Governo nem pelos que o precederam, diga-se em abono da verdade. Se o financiamento se fizer em termos de equidade (o que significa pagar o que for feito, considerando os variados factores geradores da despesa, entre eles os derivados da imposição de cobertura de toda a população e de responsabilidades não generalizadas, como a formação dos profissionais), se no Estado permanecer o poder regulador que lhe permite exigir o respeito rigoroso do interesse geral, o que impediria o sector público de dispor, no mínimo, de condições concorrenciais com os restantes sectores? Só por inércia ou imobilismo retrógrado o sector público, favorecido pelo investimento inicial do Estado, seria reduzido a “um papel progressivamente residual”. Evidentemente tudo seria diferente se, depondo as armas, o Estado e o sector público, renunciassem a fazer o que é da sua competência e dever dos seus agentes, qualquer que seja o nível a que se situem.
Neste caso, na perspectiva de despesa que só ameaça crescer, como é inevitável por razões demográficas e outras, com o endividamento inelutável imposto pela crise, sem o anúncio de medidas de disciplina e de contenção denunciadoras de outra mentalidade profissional (como seria a exigência de exclusividade aos profissionais, separando finalmente as águas) como estranhar que, com razão ou sem ela, o contribuinte diga: não, obrigado, desse SNS já temos há mais de 30 anos?
Aidenos
P.S.
A minha preferência continua a ser pelo SNS reformado, i.e., capaz de responder com equidade e qualidade e em tempo oportuno às necessidades de toda a população que por ele optar.
A minha preferência continua a ser pelo SNS reformado, i.e., capaz de responder com equidade e qualidade e em tempo oportuno às necessidades de toda a população que por ele optar.
Etiquetas: Aidenós
6 Comments:
. Fernando Lima é assessor de Cavaco Silva desde o início dos seus mandatos como PM. Uma relação que tem, pelo menos, 24 anos. Como se verifica na autobiografia do PR, é o seu assessor mais próximo e homem da sua total confiança.
2. Admitamos portanto não ser razoável pensar em Fernando Lima como um atirador furtivo que se decidiu insurgir contra o amigo de décadas. Se Fernando Lima falou com Luciano Alvarez, jornalista do Público, num encontro num café em Lisboa, Cavaco sabia. Cavaco queria. Cavaco ordenou.
3. José Manuel Fernandes confirmou, ontem, ao fim da tarde, a autenticidade do mail publicado pelo DN. Contrariando o que tinha dito ontem de manhã, em que acusava o mail de estar deturpado em partes, e contrariado Luciano Alvarez que alegava nem conhecer o mail! Nesse mail, é dito expressamente que Fernando Lima estava autorizado pelo PR a contar a história das alegadas suspeitas de escutas ao Público. Considerando os pontos (1) e (2) isto parece óbvio. Fernando Lima não o faria sem Cavaco saber.
4. A primeira conclusão é portanto que Fernando Lima revelou ao Público as alegadas suspeitas do PR com a conivência de Aníbal Cavaco Silva.
5. Admitindo, sem conceder, que o PR tivesse essas suspeitas, há, desde logo, aqui um erro grave de conduta. Suspeitas de um PR não se divulgam por jornais: o PR pode fazer comunicados ao país; pode pedir às autoridades que investiguem; pode pedir explicações ao Governo. Não fez nada disso. Cavaco usou uma relação do seu assessor com um orgão de informação para plantar uma notícia! É este o comportamento institucional que se espera de um PR?
6. José Manuel Fernandes agitou, ontem pela manhã, a bandeira do Público estar a ser espiado pelo SIS, em função da notícia do DN. Sucede que José M Fernandes sabe, porque o provedor do Público o revelou Domingo passado!, que Francisco Louçã denunciou Fernando Lima em entrevista há duas semanas. Admitindo que os disparates do director do Público ainda não são compatíveis com ele pensar que o Serviço de Informações e Segurança andaria a trabalhar para o líder do BE, a tese da espionagem do SIS cai por terra.
7. É aliás ridículo supor que uma intervenção do SIS seria necessária. Uma cópia impressa do mail pode facilmente circular para fora do jornal.
8. Ontem, pelas 22h, José Manuel Fernandes admitiu à SIC N que nada, mas nada, levavam a indiciar violação do sistema informático do Público. Afinal, o SIS já não teve nada a ver com o assunto. O que iliba o PM e o Governo. Porque não noticiou isto a estação amiga de Queluz, hoje, às 13h, mantendo a suspeita infundada sobre o Governo? Porque insistiu MFL neste caso, quando JMF já tinha deslocado o seu alvo do SIS e do Governo para o DN? Porque não destaca isto o Público, na sua edição de hoje?
9. Onde pára Tolentino Nóbrega, o jornalista que o Público encarregou de investigar o caso onde ele se terá passado: na Madeira. E terá concluído, segundo o provedor, que o representante do Governo nada fez que indiciasse estar a vigiar a visita de Cavaco ao arquipélago em 2008? Porque não é dada voz no Público, nem agora nem na peça de Agosto, que noticiou as alegadas escutas, ao jornalista que investigou o caso e conclui não ter este fundamentos?
10. Porque não reagiu o Público por sua iniciativa às declarações de Louçã? Porque não respondeu o Público? Porque não noticiou? Porque não respondeu JMF quando eu próprio o interpelei directamente sobre as declarações de Louçã e o silêncio do Público no twitter, aqui?
11. O Público preferiu não noticiar a investigação do jornalista na Madeira, nem as declarações de Louçã. Deu apenas a versão de Fernando Lima. Que era a de Cavaco. A isto chama-se servir uma causa. Não se chama jornalismo.
12. E finalmente, se Cavaco não fala, está interessado em perpetuar o clima de suspeitas? E porquê? A uma semana das eleições quem quer o moderador e árbitro, alegadamente independente, favorecer?
O silêncio de Cavaco é mais revelador que mil palavras...
Carlos Santos, SIMplex
Ao que isto chegou?
Com o PR, Cavaco Silva. mergulhado nesta lama até ao pescoço.
O caso das escutas de Belém suscita a mais preocupante das perguntas: terá este jornal uma agenda política oculta? link
A historia da "espionagem" do Governo sobre Belém foi forjada pelo assessor do Presidente da República Fernando Lima, que a "plantou" no Públicolink
Depois da vitória nas legislativas o PS deve investir na candidatura de Manuel Alegre para Belém.
Gostava de ouvir os detractores do trabalho médico em exclusividade no SNS comentar esta notícia.
Gostava de ouvir Ana Jorge comentar esta notícia após ter negociado com os Sindicatos as 35 horas como regime normal de trabalho médico.
Gostava de perceber como muitos dos que dizem defender o SNS público não percebem que sem trabalho médico em DE o SNS tem os dias contados.
Número de médicos em exclusivo no privado dispara
O Serviço Nacional de Saúde está com falta de médicos e muitos estão a chegar à idade da reforma. Mas os privados já absorvem uma fatia relevante dos recursos médicos. As principais unidades já têm mais de 700 clinicos a trabalhar a tempo inteiro
O número de médicos que abandonou o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para ir trabalhar para o sector privado disparou nos últimos anos. Só as principais unidades dos três maiores grupos privados do País empregam hoje mais de 700 médicos a tempo inteiro, apurou o DN, um número que tem crescido "sobretudo nos últimos cinco anos", conta Isabel Vaz, presidente da Espírito Santo Saúde.
"Há uma clara tendência de crescimento", acrescenta. Os dois maiores hospitais, Luz e Arrábida, empregam "cerca de 800 médicos. Calculamos que 70% ([cerca de 560] dos que lá trabalham estão em exclusivo". As outras unidades da ESS, mais pequenas, têm metade dos médicos em exclusividade. Na Luz, que já tem dois anos, a filosofia já era essa; na Arrábida, por outro lado, "apenas 10% a 20% dos médicos estavam no quadro há cinco anos", ressalva.
Na José de Mello Saúde a situação repete-se. Em 2001, a Cuf Descobertas tinha apenas três médicos vinculados. "Hoje temos 62 em exclusivo", refere. No grupo trabalham já 110 médicos a tempo inteiro, correspondentes a 30% do total, segundo José Carlos Lopes Martins, administrador do grupo. O grupo tem actualmente mais um hospital e quatro clínicas, que têm mais 48 médicos no quadro.
Nos Hospitais Privados de Portugal (HPP), a relação é a mesma. "Já temos 800 médicos a trabalhar connosco, quando tínhamos cerca de 450 há ano e meio. A maioria continua a trabalhar noutro sítio, especialmente no SNS. Mas os casos de exclusividade são cada vez mais", diz o administrador José Miguel Boquinhas. De 15 passaram para 62 médicos no quadro.
Os três grupos têm um fatia de 65% a 75% da facturação total do sector privado. Em 2008, os resultados dos três ascenderam a 527 milhões de euros em 2008. E as previsões são de novo de subida. Logo, de mais contratações numa altura em que todos os especialistas reconhecem haver falta de médicos no SNS (ver texto ao lado).
Isabel Vaz tem uma vasta experiência em contratações. Por isso é a primeira a desmistificar a importância do vencimento. "O salário não é nem de perto nem de longe o mais importante. Um médico raramente decide ficar connosco pela questão monetária", refere.
Apesar de ser o factor habitualmente mais referido, Isabel Vaz enumera outros mais relevantes: "perguntam-nos quais os profissionais que lá trabalham, as condições do bloco, as tecnologias e equipamentos disponíveis, tipos de cirurgia que fazemos, se temos uma boa medicina interna e equipa de enfermagem", avança.
A responsável da ESS e José Carlos Lopes Martins, do grupo Mello, partilham as mesmas opiniões quanto à medicina privada. "Em cada uma das especialidades, a tecnologia disponível é a do estado da arte. Por vezes até temos equipamentos que não existem no público", diz Lopes Martins.
O número de casos que lá chegam já permite realizar as mesmas técnicas (ou quase) que no público e a "organização das equipas" é estimulante. Isabel Vaz fala também em qualidade de vida: "Os médicos querem trabalhar apenas num sítio e acabam por escolher cada vez mais ficar no privado. E aqui têm boas condições e estruturas sofisticadas", conclui.
DIANA MENDES - DN
Num documento cuja genuinidade ninguém contesta link e que ninguém desmentiu, relata-se que um eminente assessor de Belém disse que foi a mando do próprio Presidente que tentou (e conseguiu!) vender ao "Público" a inconcebível história da "espionagem" do Governo sobre a Presidência da República (que nenhum facto veio consubstanciar).
Ora, vários dias depois da divulgação dessa gravíssima declaração, ninguém até agora interrompeu o ruidoso silêncio de Cavaco Silva para lhe fazer esta elementar pergunta: é verdadeira a imputação do assessor?
É o "respeitinho" ou a "asfixia democrática" que justifica a inibição dos jornalistas? Se algo de semelhante se passasse com Sócrates, quem é que duvida de que a pergunta seria feita tantas vezes quantas as necessárias para obter um esclarecimento cabal da situação?
Vital Moreira, Causa Nossa
Depois da vitória nas próximas eleições, é indispensável o PS fazer uma avaliação da actuação do PR, Aníbal Cavaco Silva, nesta legislatura. E ter a coragem de apresentar um candidato próprio às próximas eleições presidenciais.
Tarde e mal
«Presidente da República afastou Fernando Lima do cargo de responsável pela assessoria para a Comunicação Social, que passará a ser desempenhado por José Carlos Vieira.» link
JP 21.09.09
Muito tarde para o PR se limpar.
CAVACO GATE
O Presidente da República afastou Fernando Lima do cargo de responsável pela assessoria para a Comunicação Social, que passará a ser desempenhado por José Carlos Vieira.
As falsas suspeitas de escutas lançadas por Fernando Lima via Público, por ordem de Cavaco Silva de acordo com o email de Luciano Alvarez e de acordo com comunicado do próprio jornal, deram um resultado, o despedimento do assessor.Que actuou sob ordens do "patrão".Que o fez ao mesmo temo que os cavaquistas afastavam Luís Felipe Menezes da liderança do PSD e colocavam no seu lugar Manuela Ferreira Leite (intentando a partir dai derrubar o Governo).Depois do SIS ter confirmado nada ter feito.Depois da "secreta" militar ter dito nada ter feito.Depois da PGR ter informado nada ter recebido do próprio presidente.Depois do próprio Público ter violado a correspondência electrónico dos seus jornalistas numa insana caça às bruxas. Depois de José Manuel Fernandes futuro-ex-director do Público e futuro assessor de Durão Barroso ter chamado mentiroso ao próprio Provedor dos Leitores do Público.
Posto isto é pífio o resultado, Cavaco sacrifica um amigo e leal funcionário de longa data para tentar tapar aquilo que se tranformou num Cavaco Gate.Não chega.
É muito pequena a peneira deste bode expiatório para tapar tamanho sol desta VERDADE pestilenta...
Paulo Ferreira, SIMplex
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