domingo, janeiro 3

2009 um Ano para Esquecer ...

Caros Amigos chegamos ao fim de 2009 num quadro de completa desilusão. Muitos de nós acreditaram, em 2005, num projecto mobilizador de transformação da sociedade e de modernização do país. Parecia evidente que o PS sob a direcção de JS tinha condições para fazer o país avançar libertando-se da teia dos interesses e rompendo com as capturas corporativas.
Também na Saúde tal pareceu possível. Puro engano.
O primeiro sinal foi-nos dado pela saída intempestiva de ACC. A partir daí foi ganhando espaço o tacticismo puro. Chegou-se ao ponto de desbaratar uma maioria absoluta em nome da determinação e do afrontamento aos interesses corporativos dos professores. Não escondendo o temor pela perda potencial do poder JS, entretanto enredado em sucessivos e insuportáveis casos, foi recuando até se fechar, isolado do país e das pessoas, na redoma protectora do seu núcleo duro. Este por sua vez há muito que perdeu a noção do país real. Há demasiado tempo que se acolitaram no aconchego dos gabinetes tendo perdido o contacto com o povo.
O “novo” governo espelha a agonia de um líder que há muito perdeu o país e começa a perder o partido. JS convenceu-se que era inesgotável o filão do faz-de-conta e das manobras de diversão tendo optado por substituir a estratégia e a determinação pelo jogo político dos “esquemas” e das aparências. Convenceu-se que podia dominar o país através do seu núcleo duro e desistiu da acção política nos diferentes ministérios. Intuiu que o efeito AJ, pré-pandémico, poderia ter réplicas de sucesso noutros ministérios.
O resultado está à vista na confrangedora maneira como Isabel Alçada tenta desempenhar o papel de secretária particular de JS para os assuntos de Educação (tal como já tinha sido ensaiado com AJ) e na perturbadora inconsistência política da equipa ministerial.
Quanto à Saúde nada de novo. Confirma-se o desastre.
Buraco orçamental como nunca visto. Avaliação dos CA´s nem pensar. FR nunca o quis aplicar porque iria tocar muita gente que lhe é próxima. É mais fácil queimar dinheiro em despesa corrente que deveria antes ser utilizado em reestruturação e em investimento. Com o desplante de se fazer passar a ideia de que 70 milhões representam alguma coisa em 1000 milhões. Curiosamente são aqueles que nunca quiseram avaliação que são agora brindados com este prémio de (mau) desempenho.
Os próximos meses acentuarão a deriva da política de plástico baseada em sucessivas e permanentes manobras de diversão. Na reforma dos HH’s aparecerá um grupo de “peritos” escolhidos a dedo para não levantar ondas nem acabar com nenhum tipo de preocupação de AJ. Manter-se-á a pequena política. O primum non nocere dos amigos e dos conhecidos. Fazer umas coisas para dar a crer que se tem uma estratégia. Um PIO aqui outro ali. Uma carrinha de cuidados continuados aqui uma USF acoli. Se a coisa se complicar pode ser sempre anunciada uma nova Faculdade de Medicina no Garcia de Orta para formar duas dúzias de médicos. Se o Tribunal de Contas voltar a pôr o dedo na ferida na “grande bouffe” do SUCH SOMOS as assessorias encarregar-se-ão de espalhar aos quatro ventos que o TC é uma força de bloqueio que faz evitar poupar muitos milhões que comprometem a sustentabilidade do SNS (omitindo o facto de estar há anos apenas e só a derreter milhões).

O ano de 2009 foi um ano da maior desilusão. O país precisa de um ciclo político novo com gente nova, séria e decente.
UM grande 2010 para o Xavier e para todos os amigos do SaúdeSA .

SNS

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15 Comments:

Blogger Clara said...

A ministra da Saúde manifestou-se “insatisfeita” com a adesão das grávidas à vacina da gripe A e voltou a apelar a uma maior participação. JP 31.12.09

Por sua vez, a directora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, defendeu que o nível de alerta pandémico para a gripe A (H1N1) deve manter-se link
Por outro lado, os cientistas voltam agora a sua atenção para o H9N2 link

Quer isto dizer que a Ana Jorge vai manter-se extremamente ocupada no próximo ano.

6:25 da tarde  
Blogger tambemquero said...

divulgamos as nossas escolhas
para os factos e personalidades do ano que terminou

Facto positivo
Assinatura do acordo de carreiras

Depois de um período de total desregulação do trabalho dos médicos, criticada quer por estes profissionais quer pelos administradores hospitalares, os sindicatos médicos e o Governo chegam a acordo sobre as novas carreiras médicas. Este facto permite agora que qualquer clínico, independentemente do local onde trabalha e da sua relação jurídica de emprego, fique enquadrado por uma carreira que o «obriga» a progredir tecnicamente.
O acordo, assinado no dia 3 de Junho, quase um ano após o início das negociações, é para os sindicatos uma vitória das estruturas que representam e significa, para todos os intervenientes, o reconhecimento do património histórico das carreiras médicas.
Convém lembrar, no entanto, que faltam definir matérias como as posições remuneratórias e o sistema de avaliação dos profissionais.

Personalidade positiva
Ana Jorge, ministra da Saúde


Em 2009 é reconduzida como titular da pasta da Saúde, depois de ter dado provas na difícil tarefa de substituir o seu determinado mas intempestivo antecessor. Ana Jorge transmite uma imagem de ponderação, de diálogo, de concretização (não descansou enquanto o acordo das carreiras não foi assinado), mas também de actuação baseada em critérios científicos. Amparada num muito profissional director-geral da Saúde, Ana Jorge conduziu a questão da pandemia de gripe A (H1N1) com tacto, rigor, transparência e realismo. As actualizações diárias que chegou a fazer dos números de infectados com gripe A foram polémicas no sector, no entanto percebeu-se que não se destinavam a fomentar o alarme social, mas antes a mimetizar aquilo que sabe que funciona na prática clínica: dizer a verdade para conseguir a colaboração. Neste caso, o objectivo era ganhar tempo e retardar a «onda» da pandemia no País.
Depois das eleições foi das personalidades do Governo consideradas inamovíveis, e com a confirmação de um novo mandato ouviram-se, como quando sucedeu a Correia de Campos, novamente vozes unânimes na concordância quanto à escolha.

Personalidade negativa
João Cordeiro, presidente da ANF

Já há muito tempo que o senhor cujo rosto se confunde com a Associação Nacional das Farmácias (ANF) destila veneno e convoca antipatias no sector. Foram várias as situações em que João Cordeiro esteve envolvido, mas a que sobressai é mesmo a campanha da ANF, em Abril, para os farmacêuticos substituírem medicamentos de marca por genéricos, mesmo nos casos em que o médico não o autorize, passando por cima da autoridade técnica e científica que os médicos têm na prescrição de fármacos. Tudo isto usando o argumento da crise e do que os doentes iriam poupar comprando esses medicamentos, obviamente, recomendados pelos farmacêuticos. Convém, no entanto, lembrar que a ANF «tem por missão a defesa dos interesses morais, profissionais e económicos dos proprietários de farmácia», conforme consta do seu site, e não a defesa da situação financeira da população. Cada um, concede-se, tem de tratar do seu negócio, mas quando tal se faz à custa de argumentos falaciosos é... «golpe baixo».

TM 01.01.2010

A condizer com o facto positivo do ano - Assinatura do acordo de carreiras médicas - a personalidade positiva do ano só poderia ser: Ana Jorge.

Branco é, galinha o põe.

1:10 da manhã  
Blogger DrFeelGood said...

Ana Jorge transmite uma imagem de ponderação, de diálogo, de concretização (não descansou enquanto o acordo das carreiras não foi assinado), mas também de actuação baseada em critérios científicos. Amparada num muito profissional director-geral da Saúde, Ana Jorge conduziu a questão da pandemia de gripe A (H1N1) com tacto, rigor, transparência e realismo. As actualizações diárias que chegou a fazer dos números de infectados com gripe A foram polémicas no sector, no entanto percebeu-se que não se destinavam a fomentar o alarme social, mas antes a mimetizar aquilo que sabe que funciona na prática clínica: dizer a verdade para conseguir a colaboração. Neste caso, o objectivo era ganhar tempo e retardar a «onda» da pandemia no País.
TM


Este texto é de bradar aos céus!
O escriba de serviço não podia amanteigar mais a prosa.
De tanto se esforçar saiu uma caricatura do ambiente de confraria e bajulação que se actualmente se vive na área da governação da saúde.
Digno de uns quaisquer ficheiros da saúde.
Ao que isto chegou.

2:48 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

O meu desejo para 2010 era que a senhora ministra da saúde fizesse um esforço para cair na real.
E tentasse enfrentar os verdadeiros problemas da saúde.

Não gostámos da sua intervenção contra o Tribunal de Contas a despropósito da trapalhada da Central de Compras do SOMOS.
Não gostamos do seu silêncio sobre a derrapagem das contas da saúde.
Das dividas monstruosas por pagar.
Do desperdicio e falta de qualidade das PPPs.
Não gostamos de a ver diariamente na TV a comentar o faz de conta de uma pandemia que se desvanece.

Em 2010 vamos ter, segundo o que foi anunciado, a reforma dos hospitais e a preocupação sobre os profissionais que abandonam o sector público como núcleo fundamental de actuação política.
Estamos cá para ver.
Enquanto este Governo se for aguentando.

3:11 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Vara volta para o maior banco privado português mas sem funções de administrador. Vai ser consultor sem função especifica.

Segundo a RTP Armando Vara manterá a remuneração e irá trabalhar em projectos pontuais na área do imobiliário.link

Victor Constâncio, segundo foi noticiado, ter-se-ia oposto ao regresso de AV.
O que mudou entretanto...
Será que o pai natal tem alguma coisa a ver com isto?

6:47 da tarde  
Blogger Hospitaisepe said...

As dificuldades orçamentais não devem travar as reformas na Saúde, consideram os especialistas contactados pela Lusa, para quem a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve ser a prioridade para o próximo ano.

"Para 2010, a primeira prioridade é garantir a sustentabilidade do SNS e a sua vitalidade", afirmou à Lusa o presidente do Hospital de Santa Maria, Adalberto Campos Fernandes.

"Para isso, num quadro de restrição orçamental como aquele que estamos a viver, é necessário intervir nos modelos de organização, de gestão e de avaliação, desde os dirigentes até aos diferentes profissionais que exercem a sua actividade no SNS, tudo isso visando mais qualidade, mais sucesso e mais eficiência", acrescentou.

O gestor considera que a falta de dinheiro não vai travar as reformas, defendendo mesmo que esse factor deve constituir "um impulso" para o seu aprofundamento.

"É nos momentos de grande dificuldade, de grande crise, que se devem encontrar soluções novas, que tem de se fazer o mesmo ou até mais com menos meios", sublinhou.

O economista e especialista em Saúde Jorge Simões defende também que as prioridades para o sector passam pela gestão financeiramente sustentável da Saúde e a consolidação das reformas.

Jorge Simões afirma que a "ameaça imediata" que paira sobre o SNS é a crise económica e financeira que o país atravessa, e por isso há uma enorme prioridade que é colocada à actual liderança do Ministério da Saúde, que é "controlar o défice orçamental e o crescimento da despesa da saúde", afirmou.

O responsável destaca ainda como preocupações futuras a consolidação das reformas recentes.

"Concretamente, dos cuidados primários, dos cuidados continuados e a da melhoria dos acesso aos cuidados de saúde", afirmou.

Os dois especialistas não têm dúvidas que a existência do SNS é positiva e fundamental.

Jorge Simões diz que o percurso do SNS nos últimos 30 anos "tem dado às pessoas resultados muito positivos, segurança e confiança" e que é "obrigação" dos decisores políticos e dos profissionais de saúde melhorar os níveis de confiança e de segurança no SNS.

Adalberto Campos Fernandes considera que o SNS é "um elemento de coesão social", sendo necessário que seja "eficiente, equitativo e próximo das pessoas".

Para isso, defende, é necessário "intervir nos modelos de organização, de gestão e de avaliação" para garantir "mais qualidade, mais sucesso e mais eficiência".

DN 01.01.09

O melhor que li este ano sobre Saúde.

6:55 da tarde  
Blogger Antunes said...

Felizmente temos gente conhecedora, clarividente, de bom senso, capaz de apontar soluções acertadas para os problemas da Saúde.
Infelizmente, existem inúmeros jogos de interesses, susceptíveis de atirar as boas soluções para a valeta.

2:15 da manhã  
Blogger Tavisto said...

Na verdade 70 milhões de euros são uma gota de água no oceano da dívida dos nossos hospitais que é, ao que consta, de 1000 milhões. Se estivéssemos na disposição de nos quotizar para pagar a divida, independentemente da idade ou rendimento de cada um, daria aproximadamente 100 euros por português residente.
Tal como o País se vai endividando ao exterior de forma irresponsável (aproximadamente 25 euros por português/dia), o SNS fá-lo perante os fornecedores. Assim, da mesma forma que vamos hipotecando o nosso futuro como nação soberana e desenvolvida, comprometemos o SNS como garante de universalidade, equidade e gratuitidade dos serviços de saúde.
Nestas circunstâncias, nem o futuro do país nem o do SNS se afiguram risonhos. Percebe-se pois o tom de desalento com que, sob a etiqueta SNS, este blogue encerra o ano findo e passa o testemunho a um 2010 ainda menos promissor.
Quando se afirma, O País precisa de um ciclo político novo com gente nova, séria e decente. Pergunta-se, onde está essa gente capaz de modificar este panorama desolador? Nos actuais partidos ou fora deles? Será o nosso um problema da qualidade dos governandos ou dos governados? Ou um problema de regime?
Tenho para mim que o principal problema reside um pouco em cada um de nós. É evidente que as politicas contam e muito, mas sem uma sociedade civil exigente é difícil melhorar a qualidade dessas mesmas políticas e mudar o estado da Nação. E, há que reconhecer, temos uma sociedade civil amorfa e resignada, que convive facilmente com a corrupção, o nepotismo, a mentira e a falta de carácter de quem a governa ou administra a justiça. Não vale a pena citar nomes ou processos mediáticos, mas se as situações que ocorreram entre nós nos últimos anos tivessem ocorrido noutros países as consequências teriam sido seguramente outras.
É-me pois difícil encontrar palavras de ânimo perante o actual estado da Nação, ainda por cima com os agentes políticos, Presidente da República, Governo e Oposição, a comportarem-se como elefante em loja de porcelana. Neste ambiente desolador, direi apenas que cada um assuma as suas responsabilidades procurando, no seu dia-a-dia, fazer melhor pensando mais no País que nos próprios interesses individuais ou de grupo.

1:05 da tarde  
Blogger boticario said...

A Política e os Palhaços…

O TM considerou como facto positivo a assinatura do acordo de carreiras.

Análise extraordinária! (Parte I)

Será que os médicos reformados (precocemente) deixarão de constituir empresas para continuar a prestar os mesmos serviços, por valores muito superiores, ao mesmo SNS de onde saíram? Será que deixarão de ir engrossar, no sector privado, o crescente e reluzente mercado das convenções pagas pelo Estado e agora também nutridas pelo nosso revigorado SIGIC com dinheiro fresco dos diferentes PIO´s? Será que os jovens médicos trocarão principescos salários nos privados e nas PPP’s a troco de um qualquer contrato individual de trabalho, um carro topo de gama com combustível e um pacote de seguros? E estarão nestes casos, os jovens médicos, muito preocupados com a questão das carreiras?
Será que o SNS aguentará passar a pagar (aos que ficam) o mesmo trabalho por mais dinheiro não discriminando nem produtividade, nem eficiência, nem qualidade? Será que o SNS não estourará de vez quando o efeito dominó deste (histórico?!) acordo se fizer sobre o conjunto das restantes carreiras?

O TM considera igualmente que AJ “Amparada num muito profissional director-geral da Saúde, Ana Jorge conduziu a questão da pandemia de gripe A (H1N1) com tacto, rigor, transparência e realismo. As actualizações diárias que chegou a fazer dos números de infectados com gripe A foram polémicas no sector, no entanto percebeu-se que não se destinavam a fomentar o alarme social”

Análise extraordinária! (Parte II)

Será que o processo da gripe resistiria a uma análise independente de resultados? De que valeu o alarme social? Qual a vantagem comparativa de Portugal ter sido o país da Europa com a estratégia de comunicação mais alarmista? Qual o efeito útil das centenas de milhões de Euros gastos? Porque razão tal estratégia nem o grupo de risco mais vulnerável (as grávidas) conseguiu convencer? Porque razão o plano de vacinação se revelou um absoluto fracasso? Porque razão o laboratório não foi obrigado a cumprir os prazos de entrega contratualmente definidos? Porque razão passaram à frente funcionários de partidos e só agora (atabalhoadamente) se chamam as crianças? Porque razão não se comparam (seriamente) as taxas de mortalidade do H1N1 com a gripe sazonal? Porque não se diz (agora) diariamente à população a realidade da inexistência pandémica? Porque razão não é explicada a trapalhada logística de distribuição das vacinas? Porque não se avaliam os custos desta precipitada operação (planos de contingência, instalações, recursos humanos, medicamentos, etc)?

Percebe-se que o TM considere como negativa a personalidade do ano o Dr. João Cordeiro. Com efeito num Ministério onde as questões políticas passaram para último lugar em detrimento das questões clínicas a sustentabilidade não conta. Não contam por isso as (boas) propostas de JC para racionalizar o uso do medicamento que vão direitinhas à última linha das contas de exploração das farmacêuticas. A quem vive suportado no negócio da IF interessa muito mais o descalabro financeiro à custa (novamente) da liberdade da IF. É muito mais interessante que o Ministério não se preocupe com os encargos com medicamentos nem com a respectiva regulação. O descalabro financeiro em 2009, na área do medicamento, explica estas análises. Podemos todos ficar descansados que a seguir o TM continuará a glorificar este caminho ao mesmo tempo que dirá que os mil milhões que faltam para pagar às farmacêuticas se devem não ao crescimento dos preços, não há desregulação do sector, não ao oportunismo da IF, nem sequer à bondade da senhora Ministra ou à clarividência do senhor Director-Geral mas, seguramente, ao bando de incompetentes gestores que infesta, de norte a sul, a realidade hospitalar pública do país.

A política de saúde, em Portugal, no ano de 2009 ficou, fortemente, marcada pelo episódio do palhaço. Pena que o tenha sido (a exemplo desta crónica) marcada sobretudo pelos palhaços pobres (de espírito)…

1:19 da tarde  
Blogger Antunes said...

Estado vai subsidiar quem quiser deixar de fumar?

«Deixar de fumar com a ajuda de fármacos ou de profissionais de saúde recebendo apoio financeiro para o efeito é o que prevê um estudo pedido pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).» link

Não haverá outras prioridades ?...
São a externalidades. A prevenção de doenças graves como o cancro, estúpido. Poder-me-ão responder.

11:29 da tarde  
Blogger Tavisto said...

Council of Europe will investigate and debate on "Faked Pandemics"

In order to promote their patented drugs and vaccines against flu, pharmaceutical companies influenced scientists and official agencies, responsible for public health standards to alarm governments worldwide and make them squander tight health resources for inefficient vaccine strategies and needlessly expose millions of healthy people to the risk of an unknown amount of side-effects of insufficiently tested vaccines.
The "birds-flu"-campaign (2005/06) combined with the "swine-flu"-campaign seem to have caused a great deal of damage not only to some vaccinated patients and to public health-budgets, but to the credibility and accountability of important international health-agencies.
The Council of Europe and its member-states should ask for immediate investigations and consequences on their national levels as well as on the international level.
The definition of an alarming pandemic must not be under the influence of drug-sellers.


Tabled by
Dr. Wolfgang Wodarg (Soc. Germany)
(already signed and supported by a sufficient number of menbers of the Parliamentary Assembly of the Council of Europe)


Adensam-se as suspeitas de que teremos sido todos enganados quanto ao risco do H1N1.
Mais uma "arma de destruição macissa" inventada por inconfessáveis interesses.

8:22 da tarde  
Blogger Clara said...

“Não há verdadeira redução da despesa sem privatização de serviços”

O ex-ministro da Economia diz o que pensa que tem de ser feito para corrigir o défice público, incluindo a privatização de escolas e hospitais

JP: Mas cortar onde?
Daniel Bessa: Não há verdadeira redução da despesa que não passe pela privatização de alguns serviços. Porque as outras alternativas é mandar funcionários públicos embora ou reduzir nominalmente os salários. Os países que enfrentaram esta questão de frente com bons resultados fizeram-no privatizando.
JP 04.01.10

O Estado Social que pague a crise.

8:54 da manhã  
Blogger boticario said...

Em tempo de chuva é importante sacudir a água…

Lisboa, 04 Jan (Lusa) - A ministra da Saúde, Ana Jorge, considera que um aumento do Orçamento para o Serviço Nacional de Saúde não é o principal factor para melhorar a organização e a prestação de cuidados de saúde. Em entrevista à agência Lusa, Ana Jorge sublinhou que as principais questões da Saúde passam mais por "alterações do modelo organizativo do que pela necessidade de um grande orçamento". A ministra defende, contudo, que "é preciso continuar o que foi feito no anterior Governo, e que talvez o aparecimento da gripe tenha perturbado um bocadinho, que é a exigência junto dos órgãos de gestão de rigor na gestão".
…/…
Ao mesmo tempo que o Conselho da Europa decide avançar para uma investigação e abrir um debate sobre a "Faked Pandemics" entre nós começa lesto o (previsível) processo de alijar de responsabilidades. Pelos vistos as precipitações, as decisões mal-ponderadas, os gastos mal medidos em vacinas e medicamentos, os custos com informação e propaganda não são da responsabilidade de ninguém. Parece até que para além de inimputáveis ainda levaram a um descuido na exigência junto dos órgãos de gestão. Estes, por sua, vez apesar de merecerem a continuada confiança da tutela não são totalmente confiáveis já que qualquer surto gripal faz comprometer a qualidade da sua gestão. É claro que já se sabia (tal como referido no post anterior) que o descontrolo dos custos com medicamentos e com pessoal nada tem que ver com falta de acção política nas respectivas áreas, antes pelo contrário. Lá teremos, como quase certo, o TM a crucificar os gestores, a pedir cabeças e a saudar a cientificidade da tutela. No entretanto, mesmo quando toda a gente já percebeu que a pandemia é a maior mistificação dos tempos modernos continuaremos a ter a RTP 1 a “vender o produto”, diariamente no telejornal, fazendo render, até ao limite, este fait divers.

10:08 da manhã  
Blogger sns said...

O sentido da oportunidade

Privatizar depressa, de preferência a bom preço evocando a urgência motivada pela crise. É difícil maior sentido de "oportunidade". O portfolio de "trabalhos" de Daniel Bessa nos últimos anos tornou-o refém do "mercado da saúde" e um dos seus mais diligentes servidores. É claro sempre com uma "pitada" de preocupação social enunciada pela preocupação de salvaguardar o emprego dos funcionários públicos. A tristeza de tudo isto é que estamos perante um ex-ministro de um governo com uma das maiores responsabilidades no estado a que isto chegou…

10:22 da manhã  
Blogger Tavisto said...

Recomendo a leitura na íntegra da entrevista ao Daniel Bessa para se perceber as contradições ou melhor dito, a falta de rigor intelectual do entrevistado.

O ex-ministro da economia de António Guterres, actual presidente da COTEC (Associação que tem como missão promover o aumento da competitividade das empresas localizadas em Portugal, através do desenvolvimento e difusão de uma cultura e de uma prática de inovação, bem como do conhecimento residente no país, segundo consta do site, vem propor a privatização de escolas e hospitais como forma de controlar o deficit. Porém, antes desta tirada à Milton Friedman, lá foi dizendo que os pólos de competitividade estão encravados porque ninguém se chega à frente com o dinheiro e diz mais “O associativismo empresarial envolve-se muitas vezes nestes programas como uma forma de se financiar”. E qual a solução? O Estado que entre com a massa porque Portugal tem financiamento. Ou seja, se for para entrar com dinheiro para os privados as contas públicas já não são uma prioridade!
Temos pois que o nosso reputado economista quer entregar a área social do País nas mãos de um empresariado, que, naquilo que lhe compete fazer e para o qual deveria estar vocacionado, não arrisca um tostão só arrancando com o dinheiro dos contribuintes à frente. Esquece-se que a actual crise económica, principal responsável pelo vertiginoso agravamento das contas públicas, resultou de uma crise financeira mundial provocada pelo sector financeiro privado. Não por excessivo peso do Estado mas pela razão precisamente oposta, e que, não fora a intervenção dos estados com o dinheiro dos contribuintes, assistir-se-ia à bancarrota generalizada.
Quando personalidades conotadas com a área socialista apresentam soluções deste tipo para resolver os graves problemas do País, é caso para dizer. Ora batatas!

6:24 da tarde  

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