Queixas contra o SNS
Terão aumentado 14% entre 2008 e 2009. link link
Apesar de um aumento acima dos dois dígitos, como gostam de dizer os nossos economistas, a IGS considera que este aumento não significa que a qualidade tenha baixado. Bem, de facto pode não significar, outra possibilidade a considerar é que o grau de exigência dos utentes esteja a aumentar, o que seria excelente.
Seja qual for a causa ou conjunto de causas, conviria investigar, instituição a instituição, a origem e razões deste aumento. Não se faça aqui o que se fez com o deficit dos hospitais EPE, paga-se a factura e são todos culpados, logo inocentados.
Apesar de um aumento acima dos dois dígitos, como gostam de dizer os nossos economistas, a IGS considera que este aumento não significa que a qualidade tenha baixado. Bem, de facto pode não significar, outra possibilidade a considerar é que o grau de exigência dos utentes esteja a aumentar, o que seria excelente.
Seja qual for a causa ou conjunto de causas, conviria investigar, instituição a instituição, a origem e razões deste aumento. Não se faça aqui o que se fez com o deficit dos hospitais EPE, paga-se a factura e são todos culpados, logo inocentados.
tavisto
2 Comments:
O tempo de espera volta a ser o motivo mais invocado pelos utentes para a insatisfação, com 38 por cento a referirem a demora no atendimento. Os dados fazem parte de um relatório publicado ontem pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) que indica que os serviços de saúde registaram no ano passado cerca de 140 queixas por dia, 90 das quais sobre os hospitais - um aumento no número de reclamações de 13 por cento face a 2008 (46 mil queixas) e de mais de 30 por cento em relação a 2007 (menos de 40 mil reclamações). link
O Relatório do Gabinete do Utente indica também que quase metade das queixas nos hospitais que visam os profissionais é sobre médicos, o que significa que há mais de 40 portugueses por dia a apontar o dedo aos clínicos. Ainda assim, 88 por cento dos elogios que foram registados destinam-se precisamente aos hospitais e quando se especifica o profissional na maioria dos casos (30 por cento) é também o médico que é destacado. Por seu lado, nos centros de saúde as queixas dirigem-se principalmente à prestação dos cuidados, sendo que em 25 por cento dos casos o utente não tinha sequer médico assistente.
O inspector-geral das Actividades em Saúde, Fernando César Augusto, preferiu não comentar a subida registada este ano e remeteu explicações para o documento onde é referido que "o aumento das reclamações não traduz necessariamente uma diminuição da qualidade do funcionamento de alguns serviços, mas pode traduzir a forma como os Gabinetes do Utente/Cidadão têm incentivado e valorizado a participação do cidadão na melhoria do funcionamento dos serviços".
A opinião é partilhada pelo director-geral da Saúde, que entende que "há uma maior participação" e que "os cidadãos sabem os direitos que têm e isso é bom". Ainda assim, à margem da sessão pública de lançamento e apresentação da Sociedade Portuguesa para a Qualidade na Saúde, Francisco George sublinhou que as reclamações "nunca são ignoradas" mas reiterou que "a qualidade é uma questão muito mais vasta".
Já o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, em declarações ao PÚBLICO, ainda que tenha admitido que os cidadãos estão mais atentos aos seus direitos, colocou o dedo na ferida e explicou que se está perante um problema de falta de comunicação entre os cuidados primários e os cuidados hospitalares que leva a um "entupimento das urgências". O desinvestimento em recursos humanos foi outra razão apontada por Pedro Lopes. "No fundo, o que as pessoas estão a criticar é um problema de défice de organização que leva a que muita gente vá às urgências sem necessidade", insistiu.
JP 13.04.10
Principais conclusões: link
Aumento global das reclamações apresentadas nos estabelecimentos hospitalares e serviços afectos à prestação de cuidados de saúde primários, com excepção da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, derivada, provavelmente, da reorganização territorial, que implicou a transferência de serviços e estabelecimentos para a área de influência de outras ARS.
No total de 52.779 reclamações, cerca de 20% não foram registadas no Sistema de Gestão das Sugestões e Reclamações SIM-Cidadão. A maioria das quais (11%) referentes aos estabelecimentos hospitalares.
Os estabelecimentos hospitalares concentraram a maior parte das reclamações (62%), mas também dos elogios (88%).
O peso das relamações no total da actividade assistencial é de 1,66/1000 nos estabelecimentos hospitalares e 0,52/1000 nos cuidados de saúde primários.
A principal causa de reclamação é a prestação de cuidados de saúde (24.701 - 53,22%) e, no âmbito da prestação, o tempo de espera (14.291 - 32,15%). A nível dos cuidados primários, nas ARS Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, a maior percentagem de reclamações motivada pela prestação de cuidados de saúde está associada a situações de doentes sem cuidados e, no Algarve, ao tempo de espera.
A área alvo do maior número de reclamações nas instituições hospitalares foi o serviço de urgência (56%) e, nos centros de saúde, a área das consultas médicas (45%).
No que toca ao grupo profissional sobre o qual recaiu o maior número de reclamações e de elogios, o dos médicos surge em primeiro lugar em ambas as categorias, com 48% e 30% respectivamente.
As direcções/chefias (enquanto representantes das estruturas organizacionais) foram alvo de 24% das reclamações, seguidas pelos assistentes técnicos (11%) e enfermeiros (8%). No que toca a elogios, primeiro surgem os enfermeiros (24%), seguidos dos auxiliares de acção médica (17%), assistentes técnicos (12%) e direcções/chefias (9%).
Portal da Saúde
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