Fórum Saúde e/ou a oportunidade perdida…
art work JMF
e-Pá!
O Fórum da Saúde teve lugar, este fim de semana, no Porto. Foi uma assembleia conciliar onde se juntaram os fiéis, os já convertidos e os habitués dos eventos políticos.
Tudo gente que se revê no SNS e que transformou a reunião numa arma de arremesso contra o ataque ao Estado Social que representa a posposta de revisão constitucional de PPC, resta ainda saber se do PSD.
Perorou-se com demasiada ligeireza sobre o SNS e o tom [genérico] foi a política social. Nesse campo, numa reunião em que se envolveram actuais responsáveis [JS, AJ, etc…] e ex-responsáveis [AA, CC, etc,], foram muitos os votos de longa saúde ao SNS, os protestos de alto reconhecimento ao seu papel na coesão social, as juras de fidelidade, etc.
Nenhum dos actuais responsáveis fez declarações políticas claras, concisas e transparentes sobre o futuro do SNS, nomeadamente, em relação aos esforços que serão necessários para assegurar a sua sustentabilidade [financeira].
Ninguém esclareceu – os cidadãos – sobre a crucial importância das políticas sociais [logo, da saúde] como um primordial factor integrador no âmbito nacional que urge valorizar a todo o custo [incluindo na componente orçamental]. Ninguém teve a ousadia de confessar que sem SNS o Estado deixará de ter uma política de saúde, digna desse nome.
Políticos, gestores e simples cidadãos estavam lá. Mas o mundo financeiro que – pelo andar da carruagem - tudo decidirá em termos de sustentabilidade [financeira] esteve arredio. Está ocupado na preparação do próximo orçamento.
Hoje as profissões de fé de Ana Jorge de nada valem se não estiver ao seu lado Teixeira dos Santos a abanar afirmativamente a cabeça. Esse ilustre ausente, que já rezou alguma esconjuras sobre o orçamento da saúde 2011, não se deu ao incómodo de descolar-se ao Fórum a fim de esclarecê-las.
O explícito reconhecimento da necessidade de mobilizar recursos [de toda a ordem] e agilizar instrumentos operativos que aumentem a eficácia do SNS [empowerment] esteve de costas voltadas ao curso [e decurso] desta magna reunião.
O Fórum foi antes de tudo uma colectiva catarse política para os já convictos [para uma assembleia de fiéis] como se todos estivessem a palrar frente ao espelho [narcisicamente ouvindo o eco da sua voz]. Foi, também, a tribuna de ataque a um conjunto de insidiosas manobras de esvaziamento do Estado Social que, como já nos apercebemos, não se limitam à abstrusa proposta de revisão constitucional de PPC e PTP. O contrário será verdadeiro. O questionamento ao Estado Social existe porque, na sombra, movem-se embuçados mentores. Esta pugna pelo “emagrecimento” do Estado, não é filha de pai incógnito. Filia-se na Direita e em alguns sectores do Centro Direita. Não será preciso realizar testes de ADN.
A privatização de uma parte [para começar] da rede pública de prestação de cuidados de Saúde nunca foi explicitamente equacionada. Aparece sob o signo da reforma, da modernização da gestão, do pragmatismo, enfim, da etérea e volúvel eficiência. Chavões que vão bombardear os ouvidos dos cidadãos e que o Fórum – se tivesse decorrido como um espaço aberto à discussão - deveria ter desmontado…
É que quem não estava esclarecido, após o Fórum, continuou na mesma. Mas, se calhar, era isso mesmo que, no concreto, deveríamos estar à espera.
Tudo gente que se revê no SNS e que transformou a reunião numa arma de arremesso contra o ataque ao Estado Social que representa a posposta de revisão constitucional de PPC, resta ainda saber se do PSD.
Perorou-se com demasiada ligeireza sobre o SNS e o tom [genérico] foi a política social. Nesse campo, numa reunião em que se envolveram actuais responsáveis [JS, AJ, etc…] e ex-responsáveis [AA, CC, etc,], foram muitos os votos de longa saúde ao SNS, os protestos de alto reconhecimento ao seu papel na coesão social, as juras de fidelidade, etc.
Nenhum dos actuais responsáveis fez declarações políticas claras, concisas e transparentes sobre o futuro do SNS, nomeadamente, em relação aos esforços que serão necessários para assegurar a sua sustentabilidade [financeira].
Ninguém esclareceu – os cidadãos – sobre a crucial importância das políticas sociais [logo, da saúde] como um primordial factor integrador no âmbito nacional que urge valorizar a todo o custo [incluindo na componente orçamental]. Ninguém teve a ousadia de confessar que sem SNS o Estado deixará de ter uma política de saúde, digna desse nome.
Políticos, gestores e simples cidadãos estavam lá. Mas o mundo financeiro que – pelo andar da carruagem - tudo decidirá em termos de sustentabilidade [financeira] esteve arredio. Está ocupado na preparação do próximo orçamento.
Hoje as profissões de fé de Ana Jorge de nada valem se não estiver ao seu lado Teixeira dos Santos a abanar afirmativamente a cabeça. Esse ilustre ausente, que já rezou alguma esconjuras sobre o orçamento da saúde 2011, não se deu ao incómodo de descolar-se ao Fórum a fim de esclarecê-las.
O explícito reconhecimento da necessidade de mobilizar recursos [de toda a ordem] e agilizar instrumentos operativos que aumentem a eficácia do SNS [empowerment] esteve de costas voltadas ao curso [e decurso] desta magna reunião.
O Fórum foi antes de tudo uma colectiva catarse política para os já convictos [para uma assembleia de fiéis] como se todos estivessem a palrar frente ao espelho [narcisicamente ouvindo o eco da sua voz]. Foi, também, a tribuna de ataque a um conjunto de insidiosas manobras de esvaziamento do Estado Social que, como já nos apercebemos, não se limitam à abstrusa proposta de revisão constitucional de PPC e PTP. O contrário será verdadeiro. O questionamento ao Estado Social existe porque, na sombra, movem-se embuçados mentores. Esta pugna pelo “emagrecimento” do Estado, não é filha de pai incógnito. Filia-se na Direita e em alguns sectores do Centro Direita. Não será preciso realizar testes de ADN.
A privatização de uma parte [para começar] da rede pública de prestação de cuidados de Saúde nunca foi explicitamente equacionada. Aparece sob o signo da reforma, da modernização da gestão, do pragmatismo, enfim, da etérea e volúvel eficiência. Chavões que vão bombardear os ouvidos dos cidadãos e que o Fórum – se tivesse decorrido como um espaço aberto à discussão - deveria ter desmontado…
É que quem não estava esclarecido, após o Fórum, continuou na mesma. Mas, se calhar, era isso mesmo que, no concreto, deveríamos estar à espera.
e-Pá!
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