Despesa com medicamentos
O Conselho de Ministros aprovou, finalmente, hoje, um pacote de medidas importantes, destinado a reduzir os encargos do SNS com medicamentos (250 milhões de euros/ano). link
1.ª Redução em 6% do preço de todos os Medicamentos a partir de 1 Out 2010.
2.ª Obrigatoriedade de Prescrição Electrónica a partir de 1 de Março de 2011
3.ª Redução da comparticipação dos medicamentos (Escalões A,B,C,D), comparticipados a 100% a idosos de baixos recursos, para 95%.
4.ª Alteração da percentagem de comparticipação do escalão mais alto (Escalão A) de 95% para 90%.
5.ª Cálculo do Preço de Referência através da Média do Preço de Venda ao Público dos cinco medicamentos mais baratos do mesmo grupo homogéneo.
6.ª Descida de escalão dos Antiácidos, antiulcerosos e anti-inflamatórios não esteróides, do Escalão B (69%) para o Escalão C (37%); Antidepressores simples para administração oral e intramuscular mantêm-se no Escalão C, mas deixa de ser possível invocar o regime especial que permitia, em determinadas circunstâncias, a comparticipação pelo Escalão B (69%).
Isidoro
Isidoro
Etiquetas: Medicamento, s.n.s
5 Comments:
Cortar na despesa com medicamentos
O Governo anunciou ontem uma descida de 6%no preço dos medicamentos a partir de Outubro. A ministra da Saúde divulgou em simultâneo uma descida na comparticipação dos medicamentos com o objectivo de evitar situações de fraude e abuso.
Também com esse fim, mas também o de disponibilizar mais e melhor informação aos utentes, vai ser obrigatória, a partir de 1 de Março do próximo ano, a prescrição electrónica em todos os medicamentos comparticipados pelo Estado. Com estas medidas, diz Ana Jorge, o País vai poupar 250 milhões por ano, sendo que este ano a poupança ficará pelos 62,5 milhões. O problema é que existem diferentes formas de olhar para uma mesma questão, consoante o ângulo por que é encarada. As contas da indústria farmacêutica revelam uma realidade bemdiferente da que foi apresentada pelo Governo, porque metade dos portugueses consome anti-inflamatórios, antidepressivos ou antiácidos e a comparticipação desses medicamentos vai descer mais de 6%. Assim, o custo final para o doente vai subir, nalguns casos 87% e no caso extremo de um anti-ulceroso 182%. Este éumsinal evidente que as medidas de contenção anunciadas em Junho não estão a dar os resultados esperados e que esta é uma das primeiras medidas do novo leque que o Governovai terde adoptar para reduzir a despesa pública e cumprir o défice de 7,3% com que se comprometeu para o final do ano.Um sinal também de que poderá não haver um novo pacote formal de medidas de austeridade, mas sim um conjunto de normas avulsas.
DE 17.09.10
Bastou um recado de Teixeira dos Santos ...
Ana Jorge espevitou e aí a temos a fazer pela vida.
Mas o que andou a senhora ministra a fazer este tempo todo?...
A senhora ministra não teve lata de incluir neste pacote a distribuição em unidose.
Os idosos de baixos recursos é que se vão lixar.
Ainda vamos ver o Sócrates a deitar lágrimas de corcodilo em directo pelos velhotes.
Qual o objectivo principal destas medidas?
A maior parte das medidas que tomámos tem como objectivo racionalizar a prescrição e a administração de medicamentos. Houve um abuso muito claro do regime especial, porque havia um incentivo económico errado que não era adequado à saúde pública e ao SNS.
Óscar Gaspar, DE 17.09.10
PSD diz que mudança na política do medicamento é “aumento de impostos encapotado”
O PSD acusa o Governo de fazer “um aumento de impostos encapotado” através das mudanças na política do medicamento aprovadas na quinta-feira. Segundo o vice presidente do grupo parlamentar social democrata, Luís Menezes, “uma análise inicial aponta para um aumento dos encargos dos portugueses em relação a cerca de metade dos medicamentos”. O PSD já pediu a ida da ministra Ana Jorge ao Parlamento para explicar o impacto nas novas medidas.
DE 18.09.10
PS e PSD: Farinha do mesmo saco
PSD quer reduzir as despesas sociais, nomeadamente a despesa da Saúde.
Na altura em que o Governo faz sair um conjunto de medidas, aparentemente eficazes, para reduzir em muitos milhões a despesa do Estado com mediamentos, o partido do liberal de pacotilha PPC, diz tratar-se de aumentos de impostos (encapotado).
É caso para dizer: preso por ter cão e...
Eu aho é que o partido de Sócrates iniciou o que poderemos chamar de manobras de antecipação à política de saúde arrasa SNS do PSD.
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