quarta-feira, setembro 15

SNS, 31 anos

Uma mentira muitas vezes repetida torna-se verdade. É com o espírito contido nesta frase de má memória que o presidente da APHP procura inculcar nos portugueses a ideia da falência do SNS. A verdade dos números, aqui bem documentada, desmente por completo os dados forjados por Teófilo Leite com o intuito de impor um modelo privado alternativo tão ao gosto de Passos Coelho e seus prosélitos.

São conhecidas as contrariedades que o SNS atravessa devido às dificuldades orçamentais, acentuadas pela presente crise financeira e, há que dizê-lo, por erros de gestão, desvios de percurso e má utilização de recursos humanos e materiais.
Muitas vezes, algumas de forma impiedosa, os que assiduamente escrevem neste espaço têm sido críticos em relação à política de Saúde do actual Governo e dos responsáveis pela pasta da Saúde nos últimos anos. Porém, a preocupação e orientação geral das críticas vai no sentido da melhoria do modelo de Serviço Público e não da sua adulteração ou substituição por um outro paradigma assistencial alicerçado numa ilusória competição público/privado. Recusa-se a segmentação dos portugueses no acesso à saúde em função dos rendimentos, pondo em causa os princípios da equidade e gratuitidade tendencial do actual sistema constitucional.

Citando o poeta, tal como o mundo o SNS é composto de mudança assumindo sempre novas qualidades. É, nesta perspectiva progressiva, que neste dia me associo à festa de aniversário do SNS - O serviço público que melhores provas tem dado de bem servir os portugueses em tempos de democracia.

tavisto

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