O grande negócio da Banca Portuguesa
À custa das dificuldades do Estado e das famílias link
Segundo o prof. Jacinto Numes, um antigo governador do Banco de Portugal, a divida da banca portuguesa ao Banco Central Europeu (BCE) deverá corresponder a 30% do PIB, ou seja, a cerca de 50.000 milhões €.
E o grande negócio actual da banca a operar em Portugal é o seguinte: financia-se junto do BCE pagando uma taxa de juro de apenas 1%, e depois empresta aos portugueses e ao Estado esse dinheiro cobrando uma taxa de juro muito mais elevada. De acordo com dados vindos a publico (Expresso de 25.9.2010), os empréstimos da banca a operar em Portugal ao Estado português totalizavam 10.530 milhões € no fim do mês de Julho de 2010. Sabendo que o governo de Sócrates está a pagar uma taxa de juros que varia entre 4,5% (empréstimos a 4 anos) e 6,4% (empréstimos a 10 anos), e admitindo uma taxa média de juros de 5,45%, a banca cobraria por empréstimos daquele valor só ao Estado 574 milhões € e pagaria ao BCE apenas 105 milhões € , ou seja, “encaixava” só com os empréstimos ao Estado 468 milhões €. E ainda ficam cerca de 39.500 milhões € obtidos junto do BCE a uma taxa de juro de 1% para emprestar às famílias e empresas cobrando de juro muito mais (só o “spread” exigido por muitos bancos é superior à taxa de juro que a banca a operar em Portugal paga ao BCE pelos financiamentos que obtém junto deste banco).
É esta banca, que quando em dificuldades se aproveitou do Estado e dos contribuintes, mas que agora não hesita em se aproveitar das dificuldades do Estado e das famílias, escondendo-se atrás da manta dos mercados, para impor taxas de juros que chegam a ser 6 vezes superiores às que paga ao BCE.
Segundo o prof. Jacinto Numes, um antigo governador do Banco de Portugal, a divida da banca portuguesa ao Banco Central Europeu (BCE) deverá corresponder a 30% do PIB, ou seja, a cerca de 50.000 milhões €.
E o grande negócio actual da banca a operar em Portugal é o seguinte: financia-se junto do BCE pagando uma taxa de juro de apenas 1%, e depois empresta aos portugueses e ao Estado esse dinheiro cobrando uma taxa de juro muito mais elevada. De acordo com dados vindos a publico (Expresso de 25.9.2010), os empréstimos da banca a operar em Portugal ao Estado português totalizavam 10.530 milhões € no fim do mês de Julho de 2010. Sabendo que o governo de Sócrates está a pagar uma taxa de juros que varia entre 4,5% (empréstimos a 4 anos) e 6,4% (empréstimos a 10 anos), e admitindo uma taxa média de juros de 5,45%, a banca cobraria por empréstimos daquele valor só ao Estado 574 milhões € e pagaria ao BCE apenas 105 milhões € , ou seja, “encaixava” só com os empréstimos ao Estado 468 milhões €. E ainda ficam cerca de 39.500 milhões € obtidos junto do BCE a uma taxa de juro de 1% para emprestar às famílias e empresas cobrando de juro muito mais (só o “spread” exigido por muitos bancos é superior à taxa de juro que a banca a operar em Portugal paga ao BCE pelos financiamentos que obtém junto deste banco).
É esta banca, que quando em dificuldades se aproveitou do Estado e dos contribuintes, mas que agora não hesita em se aproveitar das dificuldades do Estado e das famílias, escondendo-se atrás da manta dos mercados, para impor taxas de juros que chegam a ser 6 vezes superiores às que paga ao BCE.
eugénio rosa
Etiquetas: economia, Estado de Cócoras
1 Comments:
Até custa a crer! Um autêntico roubo institucional. A ser assim, é um escândalo enorme. Como é possível que o ministro das Finanças e o governador do banco de Portugal não estejam atentos a uma coisa destas?
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