quinta-feira, setembro 23

Contas de sumir

foto DE
O mesmo ministro (das Finanças) que estrangula o sector público administrativo e empresarial do Estado, o mesmo ministro (das Finanças) que desorçamenta escandalosamente e estrangula o sector da saúde, o mesmo ministro (das Finanças) que suporta projectos de obras megalómanas com sobrecustos obscenos, o mesmo ministro (das Finanças) que mantém no OE 1,6 mil milhões de euros para estudos, pareceres e consultadorias, o mesmo ministro (das Finanças) que sustenta project finance e PPP’s ruinosos para as próximas gerações, o mesmo ministro (das Finanças) que é incapaz de controlar o endividamento, o mesmo ministro (das Finanças) que deixa à deriva a despesa corrente primária do Estado, o mesmo ministro (das Finanças) que deu o seu beneplácito ao demagógico festim das “generosas” cedências nas carreiras da Educação e da Saúde, o mesmo ministro (das Finanças) que pactuou com a irresponsável medida da gratuitidade de medicamentos (antes das eleições), o mesmo ministro (das Finanças) que desancou o descontrolo da colega da Saúde, o mesmo ministro (das Finanças) que tem as instituições num quadro extremo de descapitalização e sufoco financeiro...vem, agora, com a mesma olímpica irresponsabilidade, transferir para as Instituições mais umas centenas de milhões de encargos com essa excêntrica idiossincrasia que dá pelo nome de ADSE.

Tibúrcio

Etiquetas: ,

1 Comments:

Blogger e-pá! said...

O ínevitável colapso das "políticas de fachada"...

De facto - para um período de profunda crise - um oportuno e longo rosário de inconformidades.
Uma exemplar imagem do incontrolável laxismo a par de uma política de "laissez faire"...

Se houvesse dinheiro poderíamos pensar que se tratavam de subrepticias transferências de rubricas orçamentais para, nesta época incendiária, acudir a fogos postos...

Na verdade, assistimos a uma total quebra de liquidez nas tesourarias das instituições públicas, perante um endividamento descontrolado [não estou só a falar da dívida pública externa mas, também, de honrar a tempo e a horas as dívidas internas - os "calotes"].
Nesta descalbro de descontrolo orçamental assistimos a um despudorado sacudir do capote de todas das áreas públicas para o além. Incluindo as que dizem respeito às prestações sociais.

Concordo que é preciso acabar com os escandalosos custos orçamentados relativos a estudos, pareceres, assessorias & consultadorias.

Mas prioritário na área da Saúde - se quisermos prevenir o futuro - é rever e re-equacionar toda a política de PPP's que, a breve trecho, vão sentar-se à mesa do OGE.
Porque, estou em crer, a velha lógica do sistema, hipotecar o futuro para apresentar obra feita [já!], vai deixar de dar votos...
A crise tem acabado com algumas irracionalidades e deverá acabar com muitas outras...
Uma delas será as onerosas "políticas de fachada".

3:06 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home