A última oportunidade de Sócrates
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Esteves
O actual governo encontra-se no limiar absoluto da sobrevivência. José Sócrates joga no fio-da-navalha os seus últimos pingos de credibilidade. Não deixa, por isso, de constituir um sinal muito preocupante que as medidas apresentadas de racionalização da “máquina do Estado” se tenham resumido a um número insignificante de cinquenta entidades.
Estaria aqui a grande oportunidade para o governo, com coragem, demonstrar que estava determinado a fazer diferente. Num país com catorze mil entidades públicas, que incluem cerca de novecentas fundações e associações e mais de mil empresas públicas a anunciada intenção de reduzir cinquenta cheira, mais uma vez, a marketing falacioso e a propaganda.
Pormenores sórdidos como, por exemplo, o anúncio de extinção de coisas extintas – como por exemplo o velho Hospital de Cascais - ou a integração do Hospital Curry Cabral no Grupo Hospitalar Central (entidade sem autonomia jurídico-administrativa) faz-nos supor que o Ministro das Finanças se deixou contagiar pela “técnica” da sua colega da saúde perita em manobras de diversão.
Finalmente a não inclusão no relatório do orçamento de uma única palavra sequer sobre a renegociação dos contratos das PPP’s deixa-nos muitas dúvidas sobre a justiça social das medidas incluídas no OE 2011. Começa a ganhar muita consistência a ideia de que este governo quando colocado entre a espada e a parede escolhe os bancos e as motas-engil deste país.
Uma última sugestão dirigida à Fátima Campos Ferreira para que organize um grande debate nacional sobre PPP’s e convide algumas incontornáveis personalidades: Ferreira do Amaral, João Cravinho, Luís Filipe Pereira e já agora o inenarrável António Mendonça.
Estaria aqui a grande oportunidade para o governo, com coragem, demonstrar que estava determinado a fazer diferente. Num país com catorze mil entidades públicas, que incluem cerca de novecentas fundações e associações e mais de mil empresas públicas a anunciada intenção de reduzir cinquenta cheira, mais uma vez, a marketing falacioso e a propaganda.
Pormenores sórdidos como, por exemplo, o anúncio de extinção de coisas extintas – como por exemplo o velho Hospital de Cascais - ou a integração do Hospital Curry Cabral no Grupo Hospitalar Central (entidade sem autonomia jurídico-administrativa) faz-nos supor que o Ministro das Finanças se deixou contagiar pela “técnica” da sua colega da saúde perita em manobras de diversão.
Finalmente a não inclusão no relatório do orçamento de uma única palavra sequer sobre a renegociação dos contratos das PPP’s deixa-nos muitas dúvidas sobre a justiça social das medidas incluídas no OE 2011. Começa a ganhar muita consistência a ideia de que este governo quando colocado entre a espada e a parede escolhe os bancos e as motas-engil deste país.
Uma última sugestão dirigida à Fátima Campos Ferreira para que organize um grande debate nacional sobre PPP’s e convide algumas incontornáveis personalidades: Ferreira do Amaral, João Cravinho, Luís Filipe Pereira e já agora o inenarrável António Mendonça.
Esteves
Etiquetas: bater no fundo
1 Comments:
PPP´s em Saúde, com ou sem unidade de missão: a trapalhada orçamental...
Sobre as PPP's em Saúde o OE2011 mantem investimentos em cerca de 600 milhões de euros [H. V. F. Xira, H. Lisboa Oriental e H. Algarve]- OE2011, pág. 170 .
Mais de metade desta previsão de investimento vai - segundo o OE - para o H. Lisboa Oriental ["H Hospital de Todos-os-Santos"].
Entretanto, em Set 2010, foi contraido um empréstimo, junto ao BEI, de 300 milhões de euros, sendo a estimativa do custo total do edifício de 600 milhões de euros...
Acresce, ainda, estarem previstos concursos em 2010 dos novos HH's Vila Nova de Gaia/Espinho e HH's Póvoa do Varzim/Vila do Conde, que não constam como investimento para 2011...
Bem, ao que parece, neste OE2011, o problema de investimento em PPP's na Saúde, está sub-dimensionado, ou se quisermos "desorçamentado", o que poderá significar, na prática, que alguns projectos podem entrar em hibernação.
Nestes casos, incluem-se, nitidamente, os novos HH's Vila Nova de Gaia/Espinho e HH's Póvoa do Varzim/Vila do Conde, que estando previsto abrir concursos ainda em 2010, deixam de figurar no quadro de investimentos para 2011...
Por outro lado, o grande investimento em PPP's Saúde, i.e., o novo H. de Todos-os-Santos não seria possível adiar [ou fasear] com uma mais profunda e mais ousada reorganização da rede hospitalar da região de Lisboa que se ficou pelo agrupamento do Centro Hospital de Lisboa Central, E.P.E., o Hospital Curry Cabral, E.P.E. e a Maternidade Alfredo da Costa?
PPP´s - continuam sem rumo... mas ao que parece "orçamentalmente" envergonhadas.
Gato escondido com rabo de fora...
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