terça-feira, outubro 12

Isabel Vaz

Um verdadeiro poço de energia… link

A Eng. Isabel Vaz representa, no contexto do sistema de saúde, um paradigma energético inigualável. Defende o seu “negócio” com raça, ambição e arrojado optimismo. Dir-se-ia que que está para o sector privado da saúde como o Eng. José Sócrates está para a economia e as finanças públicas do país. Não conhecem qualquer tipo de sombra ou de ameaça e recusam-se a admitir a mais ínfima réstea de falha ou de frustração. São seres predestinados a viver no sucesso. Perante o risco de insucesso não hesitam em desafiar a realidade ou, se necessário, até mesmo a nega-la. Deve ser um problema de “engenharia”…

Senão vejamos:
“As listas de espera globais do País vão aumentar”
O corte dos benefícios fiscais, a descida dos salários e a consequente retracção do consumo pode levar ao adiamento de cuidados de saúde considerados menos essenciais, diz Isabel Vaz. Crítica do que chama “cortes cegos”, a presidente da Espírito Santo Saúde (ESS), diz que com uma base de clientes fiéis, o sistema privado de Saúde não deverá, no entanto, ser dos mais afectados.

A previsível hecatombe que se vai abater sobre o rendimento dos portugueses não ousará prejudicar a “fidelidade” clientelar do sistema privado de Saúde. Com efeito este vive acima de todas as crises. A superior condução dos seus destinos, as margens generosas do negócio aliada à, praticamente infinita, capacidade de reter clientes garantirão que o sucesso, deste sector, permanecerá intocável. Crise, crise será apenas coisa que tocará os “pobrezinhos” (sem ADSE) escravos da utilização dessa desprezível coisa, ineficiente, despesista e fora de moda que dá pelo nome de SNS.

É claro que o DE nunca ousará investigar, a fundo, a verdadeira realidade do sector privado, em Portugal. Percebemos todos, muito bem, porquê…

Olinda

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1 Comments:

Blogger e-pá! said...

A Engª. Isabel Vaz e a rábula da carraça...

A fidelização de doentes - quer seja no sector público, no privado ou no social - passa muitas vezes pela utilização [abusiva] da técnica de "cativeiro".
As diferenças substanciais são muitas vezes semânticas. No sector público são doentes [ou utentes], no sector privado clientes e no sector social "pobrezinhos"...
De qualquer modo, colocar um doente, um cliente ou um "pobrezinho" em cativeiro é uma má prática médica.
Não liberta os doentes das suas angústias, multiplica [ou desdobra] consultas com consequente deturpação da produtividade, promove o income abusivo [por acumulação de custos de consumo], perturba os mecanismos de acessibilidade [a outros doentes] por ocupação supérflua dos profissionais de saúde e, finalmente, pode funcionar como mecanismo de defesa da actividade médica [um doente já diagnosticado colocado em "stand by" tem uma abordagem fácil e rápida...].

Não resisto a relatar, sucintamente, a velha histótia da carraça [tão conhecida no "mundo médico". Um jovem médico substituiu o seu pai [também médico] numa recondita aldeia. Perante um "velho" doente que apresentava um estado febril, mialgias, cefaleias, etc., examina-o e localiza num pavilhão auricular uma carraça. Retira-lhe a carraça e medica-o, resolvendo - de vez - o problema.
Quando o pai regressa relata-lhe o caso. O pai, ouve-o atentamente e assertivo, remata: Já tinha observado a carraça há muito tempo. Agora que a removeste, vais viver de quê...?

Esta pode ser - em termos figurativos - a rábula da fidelização da Engº. Isabel Vaz...

10:15 da manhã  

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