sexta-feira, dezembro 17

Pérolas literárias

na expressão de um pensamento político invulgar

A ministra da Saúde nega que o défice acumulado do Serviço Nacional de Saúde ascenda a dois mil milhões de euros ou mesmo a um valor aproximado. link

A ministra afirmou que a verdade "será dada", que o ministério tem de prestar contas "a cada passo", mas que a dívida, para ser consolidada, "terá de ser no final do ano". Ana Jorge argumentou que muita da dívida existente em determinado momento "muitas vezes é maior" porque "não estão feitas as contas, as facturações, os recebimentos e os pagamentos".

A ministra remeteu os dados sobre a dívida real para depois do fecho das contas no final do ano, mas frisou que o valor "não está próximo" dos dois mil milhões de euros. "Não chegámos lá", acrescentou, sublinhando o trabalho de "grande contenção" para "gerir bem" os dinheiros do sistema, com a introdução de "medidas correctivas".

"No fundo, tem a ver com os efeitos das medidas que foram introduzidas e também nas contas do valor acumulado de Janeiro ao fim de Novembro, comparativamente aos anos anteriores", referiu, defendendo que as medidas deram "o efeito esperado".

Dizendo que houve descida no valor acumulado, a ministra admitiu que, relativamente ao objectivo para 2010, é superior ao previsto, mas ainda assim "muito inferior àquilo que foi em determinada altura", sem as medidas correctivas.

"Esperamos que no final deste ano, este valor acumulado se aproxime mais daquilo que tinha sido o nosso objectivo", acrescentou.

A ministra da Saúde admitiu hoje que terá de ser a indústria farmacêutica a suportar os custos da reposição dos preços dos medicamentos nas embalagens, garantindo que não poderá ser o cidadão, nem o Estado.

A ministra lamentou, ainda, a aprovação no Parlamento da reintrodução dos preços dos medicamentos nas embalagens, lembrando que esta «não é nunca uma medida que vá beneficiar o utente, porque o que se coloca – o preço nas embalagens – numa próxima descida de preços que possa acontecer, esse problema de escoamento volta a acontecer». Ana Jorge adiantou que o preço que está na embalagem “raramente é o que o doente paga no acto da sua compra”.

Esteves

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3 Comments:

Blogger tambemquero said...

PSD acusa o Ministério da Saúde de estar a “adiar a verdade” sobre as contas.

O Ministério da Saúde não divulgou as contas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) relativas ao terceiro trimestre de 2010, adiando mais uma vez a revelação do real valor da derrapagem orçamental do SNS. A ministra Ana Jorge admitiu ontem que o défice acumulado para este ano é superior ao previsto, recusando-se, contudo, a dar valores.

De acordo com um despacho do Governo publicado em 2008, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), tutelada pelo Ministério da Saúde, deve publicar até ao final do mês de Novembro a execução económico-financeira do SNS relativa ao terceiro trimestre do ano, o que ainda não aconteceu. Esta é a primeira vez que a ACSS não cumpre o prazo de divulgação das contas.

DE 17.12.10

Vai ser o golpe final a justificar a entrada do FMI

3:21 da tarde  
Blogger Clara said...

As contas do SNS não são secretas, mas estão escondidas!

8:21 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

A questão das dívidas [do SNS] remete para as questões de tesouraria, sendo que as despesas que lhes dão origem estão devidamente contabilizadas para efeitos de défice .

Óscar Gaspar, JN 10.12.10

Como explicar a necessidade do MS esconder as contas do SNS até ao final do ano ?

Ou não está tudo contabilizado ou houve necessidade de pôr os técnicos a trabalhar na contabilidade criativa.

9:53 da tarde  

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