domingo, janeiro 9

Triturar hospitais

Ana Jorge pretende economizar 1,5 milhões de euros com a criação de novos centros hospitalares: link Centro Hospitalar de São João (Hospital de São João e Hospital Nossa Senhora da Conceição de Valongo); Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (Hospitais da Universidade de Coimbra, Centro Hospitalar de Coimbra e Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra); Centro Hospitalar do Baixo Vouga (Hospitais Infante D. Pedro, Hospital Visconde Salreu e Hospital Distrital de Águeda); Centro Hospitalar Tondela-Viseu (Hospital Cândido de Figueiredo, Hospital São Teotónio); Centro Hospitalar de Leiria-Pombal (Hospital de Santo André, Hospital Distrital de Pombal).

Não se conhecem estudos de impacto destas medidas, no entanto, segundo a equipa de Ana Jorge, com estas alterações do atendimento "pretende-se fazer convergir a melhoria da prestação de cuidados de saúde, a universalidade do acesso e o aumento da eficiência dos serviços”. Para conseguir este pleno bastará "reduzir a estrutura orgânica, administrativa e funcional das unidades envolvidas e a introdução de mecanismos para uma organização integrada e conjunta que tornem a gestão mais eficiente”.
Simples, fácil, implementação instantânea, pronto a economizar.
No final do ano cá estaremos para conferir as poupanças realizadas.

Notas: 1.º A máquina de propaganda da ministra ao ataque e em força; 2.º A tutela garante que o plano “constitui um projeto modernizador e ambicioso que materializa uma colaboração ...”. "Projecto ambicioso e inovador ..." Mais um. Têm sido todos. Propaganda pirosa; 3.º “Nunca mais se ouviu falar da muito apregoada reorganização (interna) dos hospitais e do grupo de trabalho com hospitais-piloto criado para o efeito". Caro PL Isto só dá para medidas avulsas. Esta governação parece uma retrosaria de medidas avulsas. 4.º Quando acabará este filme de terror?!...

drfeelgood

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4 Comments:

Blogger Tavisto said...

Se as coisas permanecerem como estão, não se procedendo a uma reforma profunda da vida interna dos hospitais, à semelhança do que se fez com os Cuidados de Saúde Primários, iremos de fusão em fusão até à criação do Centro Hospitalar Viana do Castelo-Faro. Talvez então se conclua que a ineficiência e o desperdício, afinal nada têm a ver com a dimensão da instituição ou com a cor política da administração.

10:58 da tarde  
Blogger e-pá! said...

DESMONTAR A TENDA...

Bem. Deixemo-nos de estórias [na verdade nem chegam a ser histórias].

O impacto imediato, para este ano fiscal, destas medidas - enquanto EPE's - é uma contracção dos recursos humanos que desempenham funções em diversos serviços nesses HH's.
E o "esquema" não deve andar longe disto: primeiro, umas mobilidades especiais e depois lá virão as dispensas. Entretanto, quando os serviços estiveram "incapazes" de garantir os cuidados de sáude, se o MS olhar para a ilharga, lá estará um novo Hospital [do BES, da HPP/CGD, dos Mellos]...e, neste momento, já tenho dúvidas do BPN/GPSaúde..., com contratualizações prontas para assinar.

O outro impacto, aquele que avalia os resultados, pura e simplesmente, não existe. Foi, vê-se ao longe, uma medida de "sufoco orçamental", cega, imposta por Teixeira dos Santos, possivelmente em troca de algum modelo de sobrevivência política...

Aliás o "justificativo" é, como não podia deixar de ser nestas decisões tomadas em cima do joelho, a ladainha tradicional: "pretende-se fazer convergir a melhoria da prestação de cuidados de saúde, a universalidade do acesso e o aumento da eficiência dos serviços”.
Quantas vezes já lemos e ouvimos esta cantilena? Para ser mais credível deveria integrar o conceito de "racionalização".
Desta vez escapou...

Não será, pois, "triturar hospitais" mas, antes, "desmontar a tenda".
O circo vai encerrar as portas! Não há mais equilibristas para o trapézio...

12:14 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Ana Jorge depois de ter metido as reformas de CC na gaveta vem agora à pressa atamancar de olhos fechados a rede de hospitais.
E aí temos o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (Hospitais da Universidade de Coimbra, Centro Hospitalar de Coimbra e Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra) a ameaçar estender-se, como refere o Tavisto, até Faro.
O FMI prestes a entrar encarregar-se-à de fazer a terraplanagem final.

2:43 da tarde  
Blogger saudepe said...

“Nunca mais se ouviu falar da muito apregoada reorganização (interna) dos hospitais e do grupo de trabalho com hospitais-piloto” criado para o efeito.

O PL desta vez acerta em cheio.
Levamos anos de anúncio destas medidas e...nada.
Agora é preciso cortar a direito sem norte. O blá blá "powerpoint" da equipa ministerial sobre convergência de ganhos de eficiência, melhoria do acesso e da qualidade insere-se no marketing habitual. Milagres só os de Fátima.

3:20 da tarde  

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