quarta-feira, fevereiro 23

Demythologizing the high costs

1,3 mil milhões de dólares, será o custo médio estimado, largamente divulgado pela Indústria farmacêutica, de desenvolvimento de uma nova molécula.
Este valor tem servido para justificar os preços elevados praticados em relação aos novos medicamentos e os prazos alargados das patentes. A fórmula utilizada pela Indústria farmacêutica para recuperar os "avultados" investimentos realizados.
Ora acontece que um estudo recente “Demythologizing the high costs of pharmaceutical research” de Rebecca Warburton e Donald W. Light (acesso, infelizmente, pago),
link pretende demonstrar que esta estimativa, muito inflaccionada, foi construída por economistas da Indústria com o objectivo de dar suporte às reivindicações das empresas do sector.

drfeelgood

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4 Comments:

Blogger A said...

Apenas uma das conclusões:

«Thus the mythic costs of
R&D are but one part of a larger, dysfunctional system that supports a wealthy, high-tech
industry, gives us mostly new medicines with few or no advantages (and serious adverse
reactions that have become a leading cause of hospitalization and death), and then persuades
doctors that we need these new medicines. It compromises science in the process, and
consumes a growing proportion of our money.»

Full text no link abaixo.

http://www.pharmamyths.net/files/Biosocieties_2011_Myths_of_High_Drug_Research_Costs.pdf

11:04 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Embora o empolamento os custos da investigação de novos fármacos possa ser uma reacção da IF ao tempo de duração das patentes, com custos adicionais para os utentes e para os sistemas públicos de comparticipação medicamentosa o facto é que, no futuro, com a proliferação de "medicamentos biológicos" e a redução do tempo de vida útil de um novo fármaco, a inovação nesta área, determinará um brutal acréscimo de custos, já que envolverá uma grande interdisciplinaridade e uma larga diversidade de meios finaceiros, fisicos e humanos.
Os actuais sistemas de I & D estarão, por essas e outras razões, numa fase de mudança. A avaliação retrospectiva é importante para compreender o trajecto, mas pouco influenciará o modelo futuro que será, obrigatoriamente, "inovador"...já que defendo que ela deverá sair do campus industrial para Unidades de Investigação, ligadas a Centros Tecnológicos de excelência [universitários], em princípio, não envolvidos na sua comercialização. Uma cada vez mais necessária "separação de águas"...
E, depois, as diversas fases de ensaios clínicos deverão ser apertadmente vigiadas e apartadas da influência da IF.
O recente "caso Mediator", pelas proporções que tomou em França, deverá ter consequencias a breve prazo na legislação europeia.

Enquanto a mudança espera por melhores dias [debelar da crise económica e financeira], vão surgindo aqui e acolá umas "endemias" e/ou "pandemias" para "alegrar" o mercado e consolidar os resultados da IF...

11:10 da manhã  
Blogger FAVA said...

excelente artigo vale a pena ler.
AFariaVaz

11:44 da manhã  
Blogger xavier said...

Agradeço ao AM a indicação do free link.

10:11 da tarde  

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