segunda-feira, março 7

Os (Negócios) da Saúde…

A APEG vai organizar (mais) um Congresso de carácter mais comercial do que científico. Desta feita sob o tema geral: “Falar Saúde”. Até aqui nada de novo. Nada contra o “empreenderorismo” e o “sentido de oportunidade”.

O que, verdadeiramente, surpreende num país em crise e em profunda recessão é a ousadia que de pedir 700 euros a título de fee de inscrição.
link Ou seja quem for “patrocinado” por um dos sponsors comerciais entra de borla caso contrário paga a módica quantia de 700 euros. Tudo isto no hospital de São João, com o patrocínio de sua excelência o PR e o quase certo desfile dos titulares políticos da saúde.

Isto num “Congresso” realizado em instalações públicas mas (provavelmente) com gastos públicos e lucros privados.
Para abrilhantar a “festa” lá está o cortejo do costume misturando gente credível com “empreendedores”…

A nota informativa, constante no site, sobre inscrições é elucidativa: link
Congresso, 24 e 25 de Março 2011, Hospital São João. Manifeste o seu interesse em participar. A organização poderá validar GRÁTIS um CONVITE para si.
O acesso ao Congresso está sujeita à posse de convite validado pela organização ou ao pagamento de um fee de € 700 (setecentos euros).

Setubalense

Etiquetas: ,

4 Comments:

Blogger Tavisto said...

Confesso que já não me lembrava do que era a APEG e, por distracção, não me apercebi do link que poderia fazer luz ao meu esquecimento. Recorri então ao Google que, contrariamente ao habitual, me deixou ainda mais baralhado ao apontar-me aos seguintes sites: Associação dos Procuradores do Estado de Goiás; Associação de Poetas e Escritores de Garça; Associacao Polo Empresarial Guarulhos.

Regressado ao Saúde SA, apercebi-me então do link que me conduziu ao site da APEGSAUDE no qual pude consultar o programa para o congresso sobre saúde a realizar no Hospital S.João. De entre os vários assuntos a tratar chamou-me à atenção um em particular:

Total Outsourcing
Todos ganham?

As parcerias dos novos hospitais, não serão um total outsourcing?
Faz sentido. Não farão sentido muito mais outsourcings? Parciais?
Não poderá a matriz produtiva na saúde ser cruzada, em lugar de ser vertical?
Na saúde os outsorcings são mal assumidos? Um dia amam-se e no outro odeiam-se? Não é o caso dos serviços de urgências?
Faria sentido um mercado claro de subcontratação, desde a logística à clínica?
Entendido por todos e às claras?
Ou a palavra subcontratação devia ser eliminada do dicionário saudável?
Tem o outsorcing alguma coisa a oferecer à saúde?
Mais eficiência, melhores preços? Mais qualidade?
As USFs são subcontratação escondida? E as convenções?

O palestrante irá ser Luis Ramada Pereira (Manager of Strategic Outsourcing IBM Portugal). Não conheço a pessoa, não fazendo a mínima ideia como terá chegado da informática pura e dura ao domínio dos temas da Saúde.
Gostaria de lhe dar o benefício da dúvida mas pelo arrazoado dos assuntos a tratar receio bem que não consiga fazer melhor que um qualquer procurador do estado de Góias, poeta de Garça ou empresário de Guarulhos.
Quem lá for que conte.

11:36 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Os organizadores do congresso da APEG - "Falar Saúde" - no texto de apresentação do evento questionam o seu próprio rumo:
Os organizadores do congresso da APEG - "Falar Saúde" - no texto de apresentação do evento questionam o seu próprio rumo:
"Como podemos ter uma Saúde de Excelência numa excelente Sociedade Saudável?"
Raramente tropeçamos com uma interrogação que revele um conjunto de redundâncias tão oco e vazio...
Apetece ripostar: “Senta-te no teu lugar e não te farão levantar”, (Miguel Cervantes).

Só que para esperar sentado custa 700 euros…

10:49 da manhã  
Blogger tambemquero said...

O Conselho Estratégico para os Cuidados de Saúde Primários entregou ao Ministério da Saúde uma proposta onde defende que a actualização periódica dos dados pessoais dos utentes dos centros de saúde passe a ser obrigatória para que possam manter o seu médico de família.
A ideia é que para a generalidade da população, com idade entre 15 e 64 anos, a actualização de dados seja feita com intervalos máximos de cinco anos, mas que seja anual para crianças até dois anos ou idosos com mais de 75 anos, segundo o Diário de Notícias de hoje que avançou a notícia, sob pena de perda do médico de família.

A actualização seria também obrigatória sempre que haja mudanças na situação da pessoa. O não respeito por estes procedimentos, implicado perda do médico de família, não retiraria contudo direito a receber cuidados médicos.

A proposta está a ser analisada centralmente e “a Administração Central dos Sistemas de Saúde está a rever o registo nacional do utente. Já enviámos a nossa proposta de gestão do registo e eles estão a aplicar propostas”, disse o coordenador daquele grupo, Vítor Ramos, àquele jornal. O documento final aguarda aprovação do secretário de Estado Manuel Pizarro.

JP 08.03.11

2:53 da tarde  
Blogger tambemquero said...

O habitual. Algumas figuras de cartaz. As figuras convidadas. E os convidados dos convidados.
Admira-me não ver entre os primeiros a engenheira Isabel Vaz, Pedro Pita Barros, Adalberto Campos Fernandes, Salvador de Mello, Hugo Meireles, Manuel Pizarro.

Quanto ao preço dos ingressos só os papalvos é que pagam. Afinal para que servem os laboratórios.

3:08 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home